Sumário
No dia 5 de novembro de 2019, o desastre ambiental provocado pelo rompimento da barragem de rejeitos da Vale/BHP/Samarco em Bento Rodrigues, distrito de Mariana, completou 4 anos. Para debater o panorama atual do assunto e relembrar a necessidade de reparação dos danos causados, foi realizado entre os dias 6 e 9 de novembro o 4º Seminário Integrado do Rio Doce.
Como conclusão de todas as discussões realizadas no evento, os participantes lançaram uma carta em nome da cidade de Governador Valadares, com o título “Faz Quatro Anos”. A carta destaca as omissões das empresas e do Estado, faz alertas à população e à comunidade acadêmica, e deixa 12 recomendações para as políticas de enfrentamento do desastre e para o direcionamento das pesquisas científicas sobre o tema.
O evento reuniu estudantes, pesquisadores, membros do poder público e representantes da sociedade civil. Durante os três dias, foram debatidas e analisadas diferentes perspectivas do crime ambiental que atingiu o Rio Doce, e as considerações mais importantes foram escolhidas para compor a carta.
Dentre as considerações listadas, a carta ressalta que parte das falhas da Fundação Renova no atendimento às demandas dos atingidos vêm da falta de conhecimento e contato com as diferentes condições de vida que integram a região do Vale do Rio Doce. O documento também ressalta a importância da participação dos atingidos nos processos de discussão e negociação, assim como na criação e aprovação das propostas.
Para a comunidade, em especial aqueles que foram de alguma forma afetados pelo rompimento da barragem em Mariana, a carta ressalta a necessidade de fiscalizar pesquisas e dados, no intuito de evitar a divulgação de estatísticas falsas que possam ser prejudiciais aos direitos dos atingidos.
O Seminário Integrado do Rio Doce foi criado em 2016 com o objetivo de discutir e buscar soluções para o desastre ocorrido em Mariana em 2015, que atingiu de forma irreparável a Bacia Hidrográfica do Rio Doce. O evento acontece anualmente em Governador Valadares, que foi uma das cidades mais afetadas, devido à contaminação da água. A Univale faz parte da comissão organizadora do seminário, e em 2019 foi sede das palestras e discussões.
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