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Entre 29 de abril e 3 de maio (de segunda a sexta-feira), os cursos de Design Gráfico, Jornalismo, e Publicidade e Propaganda da UNIVALE realizaram a Semana Acadêmica, com o tema Comunicação e Transversalidades. Em rodas de conversa, palestras, visitas técnicas e oficinas, alunos e professores dos cursos de Comunicação receberam convidados para dialogar com temáticas como meio ambiente, questões étnico-raciais, acessibilidade, empreendedorismo e a desconstrução de preconceitos como machismo, racismo e LGBTfobia.

Ao longo da semana, as discussões se concentraram em como a Comunicação interage com esses temas e como o Design, o Jornalismo e a Publicidade podem evitar estereótipos e clichês. Coordenador dos cursos de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda, o professor Bob Villela pondera que esses temas foram ignorados por muito tempo, mas agora essas discussões fazem parte da vida em sociedade.

“As transversalidades que a gente aborda nesse contexto do evento são aquelas as quais a sociedade, por muito tempo, virou as costas. Mas hoje não dá mais, ainda bem. E aí a intenção é, por meio das oficinas, das palestras e de toda a interação entre os alunos e os convidados, a gente mostrar como que, na atuação deles, eles têm sido influenciados, ou eles tentam ser influenciadores também na promoção desses temas. A elevação desses temas é inadiável para todos nós”, avaliou Bob.

Semana Acadêmica da Comunicação 2024

Participação dos estudantes na Semana da Comunicação

A Semana Acadêmica foi organizada de forma conjunta pelos cursos e pelos estudantes que integram o Diretório Acadêmico de Comunicação (Dacom), e o docente considera que os alunos conseguiram compreender a conexão dos temas e entre as áreas relacionadas aos cursos. Bob elogia a participação discente nos eventos e na organização. “Eles trabalharam a divulgação, foram peças fundamentais e parceiros de verdade. É muito bonito ver alunos como protagonistas, empreendendo e se compreendendo na realização de um evento”, disse.

O presidente do Dacom, Cauã Salviano, admite que inicialmente teve resistência ao tema, mas ao longo da semana reconheceu que as experiências com a transversalidade servem como fonte de aprendizado.

“Uma visão multidisciplinar nos permite agregar à nossa profissão, aprendendo com experiências que não são necessariamente da nossa área. Eu, por exemplo, sou aluno de Publicidade e Propaganda, mas desenvolvi uma série de insights com a palestra do repórter Carlos Eduardo Alvim sobre como contar histórias, situação essa que me incentivou até a escrever um texto a respeito. As transversalidades não são sobre nosso lugar de conforto, as áreas que necessariamente gostamos e somos apaixonados, mas sobre aprender com aqueles caminhos que, embora não sejam nosso destino, podem cruzar nossa experiência e servir de fontes de aprendizado”, afirmou o presidente do Dacom.

Veja mais imagens da Semana Acadêmica:

Os egressos do curso de Jornalismo recém-formados pela Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE), Arthur Honorato de Almeida e Kissyla Fernanda Pereira dos Santos Pires, têm pesquisas apresentadas no 46º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – INTERCOM, sob a orientação da professora Me. Deborah Vieira. Além da participação dos alunos da UNIVALE, o evento conta com a participação do professor Dr. Franco Dani Araújo e Pinto na comissão organizadora.

Os egressos do curso participaram com seus trabalhos em duas categorias no Intercom Júnior, sendo elas Jornalismo e Comunicação Audiovisual. Arthur Honorato apresentou o trabalho intitulado “Orientalismo na Imprensa Brasileira: O Brasil de Fato e suas influências na construção de novas narrativas acerca do conflito de Israel e Palestina”, no qual é o autor principal. O jornalista também participou apresentando a pesquisa da egressa Kissyla Pires, a qual é coautor, com o título “As Helenas de Maneco: um estudo semiótico da representação feminina em telenovelas”. Após as apresentações, as pesquisas farão parte dos anais da edição do evento, disponíveis para leitura.

Prof. Dr. Franco Dani e o egresso de Jornalismo, Arthur Honorato

jornalismo intercom

O INTERCOM Nacional é um dos maiores congressos de comunicação do país e, neste ano, acontece na PUC Minas em Belo Horizonte, reunindo estudantes, pesquisadores e professores de diferentes Instituições de Ensino Superior e cursos da área. Neste ano, o congresso acontece de forma híbrida: o formato remoto foi realizado entre os dias 29 a 31 de agosto, e o evento presencial ocorre entre os dias 5 e 8 de setembro de 2023.

Serviço
Que: Egressos do curso de Jornalismo participam do INTERCOM Nacional
Quando: De 5 a 8 de setembro de 2023
Onde: PUC Minas, Belo Horizonte-MG

Mais informações:
Programação completa: https://www.portalintercom.org.br/eventos1/congresso-nacional/programacao-nacional-2023
Cronograma de apresentações: https://www.portalintercom.org.br/uploads/wysiwyg/programacao-presencial-intercom-junior-2023-final.pdf

Apresentação no Popfilia destacou a representatividade do amor entre pessoas negras na produção audiovisual

O Simpósio Popfilia é organizado pelo Grupo de Pesquisa em Comunicação, Música e Cultura Pop (Grupop), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e debate a produção acadêmica sobre cultura pop. Integrantes do Grupo de Estudos Antena, dos cursos de Comunicação da UNIVALE, participaram com apresentação de um trabalho nesta segunda edição do Simpósio, realizado de forma híbrida entre os dias 28 e 30 deste mês, com o tema “Que filia é essa que nos habita?” e que neste ano se dedicou ao pensamento da autora e ativista norte-americana Bell Hooks, falecida em 2021.

A produção “O Amor No Streaming: uma análise da animação Entergalactic” é de autoria da egressa do curso de Jornalismo e colaboradora da UNIVALE, Natalia Lima Amaral, e da estudante do 3º período de Design Gráfico, Rebeca Dias Reis, sob orientação da professora Deborah Vieira, que também é orientadora do Grupo Antena. A apresentação, feita no Popfilia de forma remota na manhã de quinta-feira (28), fez parte da mesa redonda sobre “Fabulações Opositoras No Cinema”.

O trabalho das integrantes do Grupo Antena, conforme explica a orientadora, mostra a representação de casais negros no cinema, com base na animação Entergalactic, disponível na plataforma Netflix e criada com participação do rapper Kid Cudi, autor de um álbum com o mesmo nome da produção audiovisual.

Professora Deborah Luísa Vieira dos Santos Univale Editora
Professora Deborah Vieira

“É um trabalho muito interessante, mostra a questão do amor romântico, e toda a questão da representatividade de uma parcela da população que ainda vivencia o machismo estrutural, e muitas vezes é silenciada ainda nas produções culturais. A gente está vendo um movimento de maior representatividade, mas é importante observar de que forma essa representatividade acontece. Para a UNIVALE, participar do Popfilia com esse trabalho é muito importante para mostrar as produções que a gente tem aqui, na pesquisa em Comunicação”, comentou Deborah.

Para Rebeca, uma das outras do trabalho apresentado no Popfilia, a participação no simpósio de cultura pop demonstra a capacidade dos alunos da UNIVALE, e em especial do Grupo Antena, de contribuir para a construção do conhecimento científico de qualidade, dialogando com pesquisadores além dos muros da universidade.

“Nós escolhemos analisar esse filme, pois reconhecemos que a representatividade saudável na mídia é escassa, especialmente quando se fala de amor entre pessoas negras. Muitas vezes somos acostumados a ver pessoas negras em posições de servidão, ou como alvos de violência na mídia. Entergalactic representa apenas o cotidiano e relações saudáveis, algo que é essencial para que sejamos capazes de quebrar esse imaginário, segundo a escritora Bell Hooks, que é a homenageada do simpósio. Por isso analisamos o objeto, para entender se ele atendia às provocações da autora”, destacou a estudante de Design.

Cartazes de supermercado, grafites, faixas e até a pichação em muros da cidade. Todas essas formas de comunicação visual fazem parte da paisagem urbana, e para valorizar as pessoas que produzem essas manifestações, além das obras em si, alunos dos dois primeiros períodos dos cursos de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda da UNIVALE apresentaram fotografias, pinturas e até documentários durante o evento Comunicação Popular, realizado no hall do edifício ED2, no campus II, entre os dias 14 e 16 deste mês.

Emerson Eller é o professor responsável por orientar os alunos, e destaca que toda a produção foi organizada pelos próprios estudantes. “Os alunos se organizaram em grupos, divididos por afinidades com as tarefas, um grupo fez entrevista, outro fez trabalho de curadoria das fotografias que os alunos fizeram. Outro foi responsável pela organização do evento em si, e outro grupo responsável pela divulgação de tudo que eles fizeram. Meu trabalho foi orientar e dar autonomia para que eles pudessem executar as ideias da melhor maneira possível. Por isso a gente consegue perceber atividades que estão separadas, mas que se relacionam”, afirmou Emerson.

Aluna de Publicidade e Propaganda, Lua Meira acrescenta que o evento de Comunicação Popular permitiu a valorização de artistas da cidade, com exposição sobre suas vidas e obras. “Essa arte, que a gente está expondo aqui, muitas vezes passa despercebida. Muita gente ainda não vê como arte, inclusive. Está sendo bem legal por isso”, observou a estudante.

A exposição, acrescenta o docente, faz parte do Projeto Integrador de Curso e é uma devolutiva à comunidade, reunindo ensino, pesquisa e extensão, e demonstrando o envolvimento dos cursos com a comunidade, além dos muros da instituição. “A gente pode falar de cartazistas, de grafites, pichação, pinturas de fachadas. E cada uma dessas atividades tem profissionais voltados para elas, como o pintor de letras e o cartazista, que faz cartaz de supermercado ou de anúncio de venda de uma casa. Esse nome de Comunicação Popular vem dessa referência à comunicação que é feita de maneira informal. Não são pessoas, no geral, formadas em Design ou Publicidade. São pessoas que aprenderam com mestres do ofício, ou em cursos técnicos que às vezes nem existem mais. É uma maneira de dar visibilidade e resgatar essas atividades”, enfatizou o professor.

Veja também o vídeo da UNIVALE TV sobre a exibição de Comunicação Popular:

Os cursos de Comunicação da UNIVALE discutiram ao longo da semana o futuro das profissões de Jornalismo, Design Gráfico, e Publicidade e Propaganda. Com organização da Agência Canguru, ligada aos três cursos, a programação contou com profissionais de destaque no mercado – e não somente de Governador Valadares – em palestras, oficinas, visitas técnicas e exibição de filmes. Os eventos aconteceram entre segunda e quinta-feira, de 17 a 20 de abril.

“É uma programação muito rica para discutir o futuro da comunicação, mas a partir do presente. Foi uma ideia da nossa Agência Canguru, que é a agência do Jornalismo, do Design e da Publicidade, para a gente pensar o amanhã da Comunicação”, avaliou o coordenador dos cursos de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda, Bob Villela.

Foto com participantes da Oficina de Produção Literária, realizada durante a Semana da Comunicação e Design

Para o professor, a participação de profissionais atuantes no mercado é importante para que os estudantes dos três cursos se aprofundem na prática das profissões ligadas à Comunicação. “Na semana acadêmica a gente faz essa interação do mercado com a academia. Mas de um jeito diferente, trazendo um pouco da prática de gente que não está aqui no dia a dia, porque está no mercado, como alguns egressos nossos. A gente faz isso por meio de oficinas, visitas técnicas, palestras e momentos com influencers, até do Nordeste”, destacou o professor.

Estudante de Design Gráfico, Nicole Coimbra considera que saber das experiências de profissionais da área também é um momento de aprendizado. “A Semana da Comunicação é importante tanto para a gente conhecer as pessoas que estão fazendo as palestras para a gente, quanto para saber mais sobre o mercado de trabalho e sobre as experiências dessas pessoas, que servem para a gente como aprendizado e inspiração. E a gente acaba praticando, como com os cartazes que a gente fez, treinando nosso Design”, disse a aluna.

Veja também a matéria da UNIVALE TV sobre a Semana da Comunicação e Design:

Edição de 2023 do evento acontecerá entre os dias 17 e 20 de abril

Mais uma edição da Semana da Comunicação e Design está chegando. O evento acadêmico, que acontece tradicionalmente no primeiro semestre do ano, é voltado para apresentar aos alunos dos cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Design Gráfico as atuações com alta demanda no mercado. Com organização e estrutura pensadas especialmente para os comunicadores do futuro, a programação promete trazer muitas informações relevantes sobre os cursos e acerca do que se espera das profissões.

O tema escolhido para este ano é o futuro da comunicação, porque a evolução cada vez mais acelerada das ferramentas tecnológicas, como a inteligência artificial, apresenta um volume grandioso de debates que merecem atenção. O evento terá palestrantes renomados no mercado brasileiro, como o youtuber PH Santos, que vai falar sobre cinema e produção de conteúdo.

Entre as atrações também está Debora Meline, analista de marketing junior da empresa Diageo — proprietária de diversas marcas de bebidas, como CÎROC, Guinness, Johnnie Walker e Tanqueray —, que vai falar sobre estratégias de marketing. Além disso, a jornalista Joana Suarez, gerente de jornalismo da Revista AzMina, veículo focado na cobertura de pautas com recorte de gênero, fará uma palestra sobre criação de conteúdo.

E, claro, o evento também terá muitos nomes conhecidos dentro de Governador Valadares, como a publicitária e jornalista Aminy Gusmão, com um workshop de técnicas e estratégias para criar nomes para marcas, e o jornalista George Gonçalves, que trará uma oficina de telejornalismo.

A Semana de Comunicação e Design acontecerá de 17 a 20 de abril, no campus II da Univale. Além das oficinas interativas e divertidas para estimular a criatividade dos alunos, haverá visitas técnicas focadas em nichos distintos das áreas da comunicação. E para encerrar o evento no melhor estilo universitário: uma grande festa.

semana da comunicação e design
Cartaz da Semana da Comunicação e Design: O Futuro da Comunicação

Sobre o evento

A Semana da Comunicação e Design é organizada pela Agência Canguru, dos cursos de Publicidade e Propaganda, Jornalismo e Design Gráfico da Univale, com o apoio de alunos e professores das graduações. O principal objetivo é integrar os alunos de todos os períodos das três graduações, criando experiências e abordando temas importantes e necessários sobre todas as áreas, além de reunir egressos que já estão no mercado com os alunos que estão prestes a se formar ou que acabaram de ingressar na universidade.

A programação completa estará disponível no instagram da Agência Canguru: @eucanguru. Todos os alunos dos cursos de Design Gráfico, Jornalismo e Publicidade e Propaganda da UNIVALE estão convidados a participar da Semana da Comunicação e desvendar o futuro da área.

Isabela Damascena
Estagiária de Jornalismo | Agência Canguru

Contatos:

canguru@univale.br | jornalismo@univale.br | publicidade.propaganda@univale.br | designgraficoead@univale.br

Professores e gestoras da comunicação na UNIVALE fazem reflexões sobre a importância do jornalista em uma sociedade com abundância de informações e fake news

Por Thiago Ferreira Coelho e Natalia Lima Amaral

Os avanços tecnológicos das últimas décadas trouxeram modificações profundas em vários aspectos da sociedade, entre eles o da comunicação. Nesta sexta-feira, 7 de abril, comemora-se o Dia do Jornalista, profissional tradicionalmente responsável por fazer a mediação entre as notícias e o público. Em uma época marcada por mídias digitais, em que qualquer pessoa pode transmitir em tempo real, professores do curso de Jornalismo e as gestoras da comunicação na UNIVALE falam sobre os desafios que a profissão enfrenta para evitar fake news e levar informações corretas às pessoas.

Roberto Villela Filho (Bob Villela)

Coordenador dos cursos de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda, e com atuação também em assessoria de comunicação, Bob Villela considera que a profissão segue relevante, buscando a objetividade ao narrar fatos. “Outro compromisso essencial é com a coragem de dar à luz aquilo que muitos querem manter no escuro. Há inúmeras histórias a serem reveladas, cujas publicações seriam de imenso valor para nossa sociedade. Também não se pode perder de vista o dever de escutar e ampliar a voz de quem, mesmo tendo acesso à tecnologia e emitindo reivindicações legítimas, tem um espaço tímido entre as discussões mais recorrentes na sociedade. A imprensa não pode se omitir”, pondera o professor.

Franco Dani Araújo e Pinto

Com experiência em jornalismo impresso, mas carreira acadêmica voltada a estudos sobre migração e mídia, o professor Franco Dani avalia que o desafio atual na profissão é produzir conteúdo informativo, de forma ética e transparente, com qualidade e credibilidade. “Qualquer pessoa pode se tornar produtor de conteúdo e divulgar notícias de forma rápida e fácil nas redes sociais e plataformas digitais. Nesse contexto, o papel do jornalista se torna ainda mais importante para separar o fato da opinião, analisar a veracidade das informações e fornecer conteúdo de qualidade e relevante para o público”.

Jornalismo com sensibilidade e empatia

Professora Deborah Luísa Vieira dos Santos Univale Editora

Doutoranda em Comunicação, com linha de pesquisa em Mídia e Processos Sociais, a professora Deborah Vieira lembra que os avanços tecnológicos alteraram a dinâmica da produção de notícias. Para ela, a reinvenção do Jornalismo passa também por cativar o público, com sensibilidade. “Hoje temos que competir com leituras de 280 caracteres e vídeos de até 3 minutos e isso pede uma reinvenção do jornalismo para manter e captar novos públicos, ultrapassar as informações rápidas e rasas e chegar até as pessoas, ao que as interessa, mas de uma forma atrativa e mais próxima. Tudo isso, sem perder a qualidade e mantendo nosso diferencial que é a apuração dos fatos. Nosso grande desafio é fazer com que nossa matéria seja lembrada e seja útil para as pessoas”, destacou.

Foto da jornalista e professora Larissa Leite

Também com experiência em assessoria de comunicação, a professora Larissa Leite destaca a empatia entre as qualidades necessárias para a atuação de quem deseja produzir conteúdo informativo. “A profissão de jornalista em si já é marcada por ser desafiante, pelo fato de tratar de comunicação. Portanto, o profissional precisa conhecer a fundo seu público, estar conectado a ele e entender seus perfis, para poder, assim, utilizar a linguagem mais clara possível e realizar um trabalho de qualidade. Num mundo em constante evolução, o jornalista precisa trabalhar com empatia, instantaneidade, improviso e amplitude humana”, afirmou.

Redes sociais: aliadas ou inimigas do jornalista?

Wilson Ribeiro Domingos Junior

Além de professor, Wilson Ribeiro tem experiência em telejornalismo e gestão de projetos de comunicação. Ele analisa que as redes sociais são aliadas, e não inimigas das mídias tradicionais. Ele frisa que veículos e profissionais de comunicação utilizam essas mídias como um canal adaptado também à veiculação de notícias. “O que acontece hoje no mundo, por exemplo, em pouco tempo está tudo nas mídias digitais. Antes mesmo dos meios de comunicação tradicionais como TV, Rádio e jornais divulgarem o fato, ele já é de conhecimento de boa parte do público. Isso é ruim? Não! É a modernidade avançando, com prós e contras, para o jornalista que assume um papel além do imediatismo da notícia. Ele passa, com a credibilidade da profissão, o fato apurado com todos os detalhes e cuidados éticos. Deixando de lado as fakes news”, destacou.

Jornalista e professor André Manteufel

O cuidado em separar fatos de fake news também é uma preocupação apontada pelo professor André Manteufel, que possui experiência em jornal impresso, rádio, televisão e produção de conteúdo. “Nosso papel hoje é de moralizar as informações e ensinar a diferença entre uma informação bem apurada, uma informação jornalisticamente adequada, em relação àquela duvidosa. A gente precisa lutar contra quem promove fake news e contra esse hábito de consumo de informação, de acreditar em tudo que se vê, por mais absurdo que possa ser. É um desafio muito grande e isso torna tão válida a função do jornalista”, observou.

Perfil profissional, ética e habilidades multimídia

Foto da jornalista, escritora e professora Zana Ferreira

Escritora com livros já publicados, Zana Ferreira também possui experiência em mídia impressa, televisão e jornalismo on-line. Para ela, o perfil do jornalista deve ser o de um profissional ético e que saiba se relacionar com o público. “Essas relações sempre foram muito distantes. Os jornalistas estavam focados quase que exclusivamente na produção das notícias, e acompanhavam talvez muito pouco o processo de distribuição, como a informação chegava até o público. Agora tem que ser um diálogo amplo e permanente, e as pessoas precisam entender a diferença entre um jornalista e o cidadão comum, que é diferente. O jornalista sempre vai ter parâmetros que vão pautar a produção da notícia, o que garante mais credibilidade e confiabilidade”, disse.

valeria alves

Com experiência em tevê, redação e assessoria, a professora Valéria Alves atualmente produz coluna para jornal e mantém o podcast “É Óbvio”. Ela elenca que o jornalista atual precisa escrever bem, e para isso é necessário ter um bom nível de leitura, mas também deve se mostrar versátil, com habilidades nas mais diversas mídias. “As redações estão cada vez mais enxutas, o grande desafio da profissão é produzir com qualidade. Apurar bem e escrever bem. E temos o desafio ainda maior, que é a questão ética. Isso é de responsabilidade exclusiva do jornalista por formação, aquele que passou por um banco de universidade. Mas o profissional de hoje também precisa ser multimídia, com conhecimentos em produção de vídeo e edição de imagem”, apontou. 

UNIVALE TV

Foto de Denise Rodrigues Alves, professora do curso de Direito e diretora da UNIVALE TV

A UNIVALE TV é uma emissora universitária e teve sua primeira transmissão em outubro de 2003. Programas como Jornal UNIVALE, TV Campus, UNIVALE Rural e muitos outros fizeram parte da grade completa, envolvendo alunos, docentes e colaboradores da instituição. Além disso, a TV também serve de laboratório para diversos cursos da universidade, conectando todos na área da comunicação. Denise Rodrigues Alves é a diretora e acredita que, atualmente, o grande desafio para o jornalista é criar conteúdos que sejam relevantes e, ao mesmo tempo, sejam gostosos de ler, ouvir e assistir.

“As redes sociais facilitaram a comunicação e deram visibilidade a assuntos que não eram pauta na mídia tradicional. Assim, é possível falar de temas muito específicos e chegar a um público interessado. Isso é fantástico. Por outro lado, a linguagem das mídias sociais é muito mais leve e descontraída. E nem toda notícia consegue se enquadrar nessa leveza das redes. Então considero o grande desafio do jornalista encontrar o tom adequado, nem tão formal, nem não módico”, comenta.

Assessoria de Comunicação Organizacional (Ascorg)

Jornalista Priscilla Mara Cruz de Assis Vicente, assessora de Comunicação da FPF

Um dos elos entre a Fundação Percival Farquhar (FPF) e a comunidade é fortalecido pela Assessoria de Comunicação Organizacional (Ascorg), que tem como principal objetivo a propagação dos projetos e pesquisas desenvolvidos dentro da instituição. Além de unir os diversos setores da UNIVALE, a Ascorg também é responsável pela comunicação institucional da FPF e suas mantidas. Para alcançar esses propósitos, a atuação da comunicação se dá por meio de diversos profissionais capacitados e Priscilla Mara Cruz de Assis Vicente, assessora de Comunicação, acredita que a disseminação das tecnologias transformou por completo a dinâmica do jornalista.

“Com a disseminação das tecnologias, em especial a velocidade da internet em nosso cotidiano, o trabalho dos jornalistas se transformou por completo. O que não deve mudar é a essência, pois precisamos ter o mesmo compromisso de coletar, investigar, analisar e transmitir ao público a notícia de verdade, mesmo que de forma muito rápida. Todas essas mudanças nos proporcionam sermos dinâmicos, ágeis, claros e preservar o compromisso com a veracidade das informações”, afirma.

Cursos de Design, Jornalismo e Publicidade e Propaganda dão o suporte para as iniciativas
Por Jonathan Reis dos Santos

O ano de 2022 foi de muito trabalho e produção no Laboratório de Rádio dos cursos de Design Gráfico, Jornalismo e Publicidade e Propaganda. Pelo ambiente passaram estudantes, professores, egressos, profissionais do mercado, alunos de ensino fundamental e médio — enfim, uma turma que conheceu e produziu muita coisa bacana. Alguns podcasts se consolidaram em nossa programação, promovendo misturas incríveis para debater o que há de mais atual em todas as áreas do conhecimento.

No total, foram publicados 78 episódios com participação do Laboratório de Rádio, contando podcasts e videocasts, em parceria com a Univale TV. Mas não é só de publicação que a rádio vive: também houve a oportunidade de receber no espaço algumas escolas da cidade, e os alunos puderam conhecer a estrutura e vivenciar como é uma gravação. Com uma dinâmica mais curta, leve e descontraída, as escolas tiveram acesso a informações relevantes e ainda receberam o material editado para poder compartilhar com aqueles que participaram da visita. Assim como a Univale, a rádio está sempre de portas abertas para receber a comunidade e quem desejar conhecer suas estruturas.

Produções

No primeiro semestre aconteceu uma tempestade de conhecimento, quando o podcast Manda Chuva surgiu em parceria com o Nuvem (Núcleo Universitário de Empreendedorismo) para debater sobre inovação, soluções e tendências dentro da Univale. Já no segundo semestre, a rádio contou outras duas parcerias de sucesso, uma com o curso de pós-graduação em Educação Especial e também o curso de Pedagogia. O resultado foi o podcast Diálogos com a Pós, com o objetivo de debater sobre acessibilidade e ensino superior.

A outra parceria foi com o curso de Direito e a Univale TV, na produção dos podcasts jurídicos. Em formato de videocast, os estudantes tinham como objetivo debater sobre assuntos que eles estudaram ao longo do semestre.

Conteúdo

Já que estamos falando da parceria com os cursos, não podemos esquecer das turmas de Jornalismo e Publicidade e Propaganda. No segundo semestre o 4° período produziu a terceira edição do Foca Talk, também em parceria com a TV. O foco dessa temporada foi voltado para as pautas ambientais, e com a orientação dos professores e suporte do laboratório de rádio, os estudantes produziram quatro episódios no formato de videocast.

laboratório de rádio
Estudantes durante um episódio do Foca Talk

Além das colaborações com os cursos, também foram realizados trabalhos em conjunto com demais setores. Com a Ascorg (Assessoria de Comunicação Organizacional), foram realizadas diversas edições do Minuto Univale, um boletim de até 60 segundos veiculado em rádios da cidade tirando dúvidas da nossa população e também informando sobre as novidades da universidade. A rádio também esteve junto com o GEPE (Setor de Gestão Pedagógica) na realização do Scape 10, um treinamento criativo e inovador concebido para aprimorar as competências dos docentes. O laboratório, além de disponibilizar seu espaço, auxiliou com a parte técnica na produção dos áudios utilizados pela iniciativa.

Misturas consagradas

Um dos mais antigos da casa, o podcast Betoneira de Ideias não desligou e preparou bastante mistura em 2022. Contando com a participação de professores, estudantes, egressos e profissionais destacados no mercado da Engenharia, contamos histórias, compartilhamos experiências e também aprendemos bastante. Outro que também é queridinho na casa é o Prosa Acadêmica, que abordou muitos temas envolvendo cultura e sala de aula.

Por último, mas não menos importante, o nosso querido Elipse. Durante o ano inteiro o programa esteve de portas abertas para receber toda a universidade e bater um papo sobre as novidades da Univale e do mundo. E não tem como falar do Elipse sem falar da edição especial que foi realizada ao longo do Pensando no Futuro — mostra de profissões que acontece anualmente na Univale. Durante sete horas ininterruptas o programa aconteceu ao vivo graças a uma parceria com o Sicoob AC Credi.

laboratório de rádio
Elipse especial Pensando no Futuro

Foi um ano de diversas e variadas produções. Para 2023 a sintonia vai ser ainda maior. Já iniciamos o ano com uma novidade, o No Pulo, podcast da Agência Canguru (agência experimental dos cursos de comunicação), no qual os estagiários compartilham suas experiências e debatem as novidades na área da comunicação. Ainda tem muita coisa boa vindo aí. Fique de ouvidos atentos e nos aguarde!

Conheça e escute as produções do Laboratório de Rádio:

“E se a nuvem estourar um trovão em seu ouvido
Você grita e ninguém parece ouvir
E se a banda em que você está começa a tocar músicas diferentes
Eu te verei no lado escuro da lua”
Brain Damage – Pink Floyd

Oitavo disco de estúdio da banda inglesa Pink Floyd, o álbum Dark side of the moon chegou às prateleiras das lojas em 1º de março de 1973 (não, naquela época ainda não havia streaming). Depois de 50 anos e cerca de 45 milhões de álbuns comercializados – garantindo ao Pink Floyd o posto de terceiro lugar na lista de discos mais vendidos, conforme a revista Rolling Stone –, músicas como Breathe, Time, Money ou Eclipse permanecem atuais ao discutir temas como ganância, insanidade ou medo da morte.

Na avaliação do professor e coordenador dos cursos de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda da Univale, Bob Villela, a obra ajudou a redefinir o mercado musical, começando pelo design da capa, com a imagem de um prisma sendo atravessado por um feixe de luz e transformando-o em um arco-íris.

Roberto Villela Filho (Bob Villela)
Professor Bob Villela

“Muita gente usa a camisa [com a imagem da capa] sem se dar conta do que é o Dark side of the moon. Usa a camisa porque achou bonita, como a língua dos Rolling Stones. Às vezes a pessoa nem escuta, e é direito de cada um. Mas o Pink Floyd sempre foi muito meticuloso, desde a estética das músicas, passando pelas capas e até a forma como eles dirigiam os shows. O Pink Floyd, como um conjunto todo, ultrapassa a música. Não vou dizer que eles foram os primeiros, mas foram um dos primeiros a pensar de forma completa no que hoje a gente chama de experiência do usuário, do design da capa à música, e levar isso para o show”, observa o professor.

Para Bob, o Dark side of the moon se consagrou como um ícone do rock ao captar angústias características da época, usando uma maneira palatável para falar de temas pesados. “Sei que é clichê falar isso, mas depois de 50 anos o disco continua super atual. Talvez eu não fosse ouvir novamente o disco por agora, mas com esse aniversário de 50 anos eu certamente vou escutar. O aniversário de um ícone é bom para revisitá-lo. Comemorar isso também dá acesso às gerações que estão chegando, para quem tiver a curiosidade de conhecer”, comentou.

Nos bastidores de Dark side of the moon

No livro “Nos bastidores do Pink Floyd”, em que o jornalista e crítico musical Mark Blake narra histórias desde a infância dos músicos até os anos de sucesso da banda, o processo de produção do Dark side of the moon é descrito como a proposta do grupo de “escrever sobre pessoas de verdade, emoções reais e vida real”, deixando de lado o que o guitarrista e vocalista David Gilmour chamou de “padrão psicodélico e esquisito” para falar, como revelou o baixista e também vocalista Roger Waters, “sobre as pressões, dificuldades e questões que aparecem na vida de uma pessoa e geram ansiedade”.

Banda Pink Floyd, com os músicos Nick Mason, David Gilmour, Roger Waters e Richard Wright. Imagem em preto e branco, do início da década de 1970, época em que o grupo lançou o disco "Dark side of the moon"
O Pink Floyd na época de "Dark side of the moon": Nick Mason (bateria), David Gilmour (guitarra e voz), Roger Waters (baixo e voz) e Richard Wright (teclados)

Nas dez faixas do álbum Dark side of the moon, o Pink Floyd – composto também, naquele momento, pelo baterista Nick Mason e pelo tecladista Richard Wright – abordou temas como medo da morte, ganância, violência e, principalmente, insanidade, que já havia marcado o grupo desde a deterioração da saúde mental do antigo vocalista, Syd Barrett. O disco traz ainda efeitos sonoros como batimentos cardíacos (que abrem e encerram a obra), caixas registradoras e relógios.

Também foram usados trechos falados, produzidos em entrevistas com técnicos da banda e outras pessoas presentes à época nos estúdios Abbey Road. A primeira fala do álbum não é de nenhuma das letras – todas de autoria de Waters –, mas de um desses trechos de entrevistas: “Eu tenho estado louco por anos, muitos anos”, admitiu um dos roadies da banda, Chris Adamson. Uma das pessoas entrevistadas à época foi Paul McCartney, que também gravava no Abbey Road, mas suas declarações foram descartadas – para Waters, faltou espontaneidade e o ex-beatle estava tentando parecer engraçado.

“Quando digo ‘eu te verei no lado escuro da lua’, o que quero dizer é ‘se você sentir que está sozinho e que parece louco, porque todas as coisas são loucas, você não está sozinho’. Há certa camaradagem envolvida na ideia de pessoas que estão prontas para caminhar sozinhas em lugares escuros. Alguns de nós estão dispostos a se abrir para todas essas possibilidades. Você não está só”, afirmou Waters, em trecho publicado no livro de Mark Blake.

Dê o play agora e ouça o disco "Dark side of the moon":

Quem aguarda o feriado prolongado do Carnaval para viajar pode até achar estranho, mas Governador Valadares já teve uma das maiores e mais animadas folias de Minas Gerais. Essa história está registrada no livro “Lantejoulas ao vento”, escrito pela professora do curso de Jornalismo da Univale, Zana Ferreira, que resgata relatos de quem participou dos anos mais gloriosos do Carnaval valadarense.

Professora Zana Ferreira, do curso de Jornalismo, em 2018, no lançamento do livro "Lantejoulas ao vento"
Zana Ferreira, durante o lançamento do livro "Lantejoulas ao vento"

A obra começou a ser produzida em 2009, quando Zana ainda era estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Viçosa. A primeira versão do livro foi apresentada como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Histórias de família sobre a grandeza dos antigos carnavais na cidade instigaram a curiosidade de Zana.

“Eu já tinha ouvido várias histórias, e o que me chocava era que contrastava muito as lembranças da minha mãe e da minha tia, de um Carnaval muito movimentado e muito animado, e o que eu vivi na minha adolescência, que era zero Carnaval. A cidade ficava absolutamente morta, totalmente parada no Carnaval. Agora, nesta última década, estão ressurgindo blocos de Carnaval na cidade. E hoje já há blocos em vários bairros. Mas na minha época de adolescente, isso não acontecia. Era zero Carnaval, e contrastava muito”, relembra a professora.

A pesquisa acadêmica que virou livro

Pesquisando em livros de história da cidade e acervo jornalístico ela conseguiu identificar personagens que de alguma forma vivenciaram as antigas festas em ruas, clubes e bailes, principalmente a partir da década de 1950, até a última edição, em 1988 – com expectativas pela volta da folia sendo registradas até 1994. Entre foliões, representantes do poder público e imprensa da época, 20 pessoas foram entrevistadas. O trabalho feito ao final da graduação ainda seria ampliado quando Zana fez mestrado em História Social pela Universidade Estadual de Montes Claros.

“Enquanto jornalista, levantei muitas informações. Muita coisa que está no livro pode ser inédita até para pessoas que vivenciaram aquele Carnaval. Porque às vezes a pessoa assistiu desfiles e não conhecia o processo de produção por trás. Ou participava de uma escola de samba e não sabia como eram os bastidores da outra. Consegui fazer um levantamento muito extenso, enquanto graduanda de Jornalismo, mas meu mestrado de História me deu um arcabouço teórico para conseguir analisar esse momento valadarense para fora de Valadares. Porque Valadares está inserida em um contexto histórico nacional, e o Carnaval é uma festa nacional”, analisa Zana.

Cerimônia de lançamento do livro "Lantejoulas ao vento", da professora Zana Ferreira, do curso de Jornalismo. Pai da escritora, o jornalista Tarciso Alves, discursa ao microfone, observado por Zana e autoridades presentes. Foto de 2018
Lançamento do livro "Lantejoulas ao vento"

O resultado final foi publicado em 2018 e hoje se encontra disponível na Biblioteca Municipal e na Biblioteca da Univale. “Meu processo de análise se tornou muito mais profundo e encorpado depois do mestrado. Tentei publicar o livro logo depois da graduação, e na época eu não tinha muitos recursos ou informações, e não consegui. Mas hoje fico feliz de não ter conseguido naquele momento, porque o processo do mestrado contribuiu decisivamente para esse produto final”, considera a professora. Interessados em adquirir um exemplar podem entrar em contato com a jornalista por meio do instagram @zanaferreirajornalista.

Veja mais fotos do Carnaval de Governador Valadares:

Vinculado aos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da universidade, o Grupo de Estudos Antena submeteu 5 trabalhos para apresentação e publicação em e-book dos eventos

Por: Natalia Lima Amaral

Estabelecer um diálogo com a sociedade e apresentar os resultados de diversos artigos desenvolvidos na comunicação política e outras interfaces. Esse é um dos objetivos do II Simpósio Nacional de Comunicação Política, Eleições e Campanha Permanente e do II Congresso de Comunicação do Campo das Vertentes, eventos em parceria da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e Universidade Paulista (UNIP). Os eventos acontecerão nos dias 9, 10 e 11 de novembro, em São João del-Rei, e a UNIVALE é uma das instituições que estão marcando presença, com o Grupo de Estudos Antena, e fortalecendo uma parceria que já é reconhecida há muitos anos.

Sobre o eventos

O II Simpósio Nacional de Comunicação Política, Eleições e Campanha Permanente e o II Congresso de Comunicação do Campo das Vertentes deste ano têm como tema “Eleições 2022: a disputa nas ruas e nas redes”. Eles contam com cerca de 200 congressistas inscritos e com a apresentação de mais de 90 artigos científicos submetidos. São diversas pesquisas na área da comunicação política, como gênero, grupos minorizados, cultura das mídias, linguagens e muito mais.

grupo de estudos professor Luiz Ademir de Oliveira
Professor Luiz Ademir de Oliveira, da UFSJ

Luiz Ademir de Oliveira, cientista político e professor da UFSJ, é um dos principais responsáveis pela idealização dos eventos e acredita que esse momento estabelece espaços para um diálogo com a sociedade, promovendo três mesas redondas para discutir o panorama das eleições 2022, as expectativas em relação aos novos governos federal e estaduais e a comunicação, política, gênero e grupos minorizados.

Este é um espaço aberto à comunidade a fim de prestar contas do que estamos fazendo, mas também interagir, trocar conhecimentos, atraindo pesquisadores de outras instituições. É um momento muito rico em que o campo científico interage com a sociedade”, comenta.

Grupo de Estudos Antena

A UNIVALE participará do Simpósio com o Grupo de Estudos Antena, vinculado aos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda, que submeteu 5 trabalhos para apresentação e publicação em e-book dos eventos. As reuniões do grupo acontecem todas quartas-feiras, de 17h45 às 18h45, na sala 3 do edifício Ed2.

Deborah Vieira, professora de ambas as graduações e diretora da UNIVALE Editora, conta que faz parte da organização dos eventos desde a primeira edição, em 2019, e percebeu nos trabalhos desenvolvidos pelo grupo de estudos uma oportunidade de apresentar essas pesquisas em outros espaços. “Os trabalhos do grupo de estudos foram submetidos para a Comissão Científica do evento e foram aprovados com elogios. Acredito que nossa participação se dá pela troca e possibilidade de compartilhar experiências”, completa.

Glenda Hastenreiter Corteleti, aluna do 6º período de Publicidade e Propaganda, submeteu o seu trabalho intitulado "As causas da nostalgia e da ontologia no zeitgeist contemporâneo" e busca compreender o fenômeno da nostalgia na sociedade contemporânea, além de como ela se manifesta e suas possíveis causas. “Participar do grupo de estudos e de um congresso é de grande importância para mim, porque tenho a intenção de seguir a vida acadêmica e também posso contribuir para o desenvolvimento da área da comunicação. Creio que o evento abrirá muitas portas para mim no futuro”.

UNIVALE e UFSJ

A parceria entre a UNIVALE e a Universidade Federal de São João del-Rei é consolidada por meio dos seus docentes. Em 1998, quando o curso de Jornalismo estava sendo implementado na instituição valadarense, Luiz Ademir de Oliveira, cientista político e professor da UFSJ, que é um dos principais responsáveis pela idealização dos eventos, teve a experiência de trabalhar durante 6 anos como professor, sendo sua primeira experiência na área. “É um grande orgulho este reencontro com pesquisadores da UNIVALE e saber que podemos estreitar mais os laços, discutindo parcerias institucionais que poderão ser formalizadas beneficiando ambas as instituições”, reforça Luiz.

Para ele, é muito importante que as instituições e seus integrantes estabeleçam essas parcerias, trocando conhecimento por meio de eventos, congressos e ações conjuntas. “É o caso da parceria com a UNIVALE, que é uma instituição que é uma referência de ensino, pesquisa e extensão, na região de Governador Valadares e cidades do Leste de Minas Gerais”. Luiz também reforça a importância da iniciativa da professora Deborah com o grupo de estudos, que foi aluna e depois professora substituta na UFSJ, de estimular a participação dos componentes do grupo.

Para Deborah, as pesquisas desenvolvidas no Grupo de Estudos representam a Universidade em diferentes níveis, por meio de investigações e discussões em outras instituições de ensino superior. “Nossa participação nos eventos é fundamental, principalmente pelo estímulo à pesquisa, uma vez que, ao participar de eventos em outros locais, vendo seus nomes em publicações importantes, os alunos e alunas se sentem motivados a continuar desenvolvendo os trabalhos, reconhecendo a importância da pesquisa e sua aplicação. Além disso, essa é uma experiência que nossos discentes têm em poder participar de um evento e conhecer outros pesquisadores e trabalhos de áreas afins, em especial, de forma presencial no pós-pandemia”.

Conheça histórias de pessoas que já estavam no mercado e voltaram à universidade

Quando se pensa em um universitário, muitos podem imaginar uma pessoa jovem, com idade próxima a 20 anos, que ingressou em um curso superior assim que concluiu o ensino médio. Sim, muitos estudantes têm esse perfil, mas na Univale há alunos que vão além disso. Nos campi da instituição tem gente que, embora já atuando no mercado, está buscando o primeiro diploma depois dos 40 anos. Também há quem já possui graduação, mas só agora está fazendo o curso dos sonhos. E também tem aluno octogenário, que já é avô e possui dois diplomas no currículo.

Alex Quirino, aos 46 anos, está cursando o 1º período de Jornalismo. Desde os 14 anos ele trabalha em emissoras de televisão, e atualmente é colaborador da Univale TV. Boa parte da carreira foi em setores como programação e operações. “Também já fiz edição de imagens, e aí eu aprendi mais sobre Jornalismo. Foi aí que me apaixonei pelo Jornalismo”, relata.

Foto de Alex Quirino, funcionário da Univale TV e aluno de Jornalismo
Alex Quirino, cinegrafista de Univale TV

Ele já teve outras duas experiências no ensino superior, mas em ambas Alex só estudou até o segundo período. Bem que ele tentou ir adiante nos cursos de Administração e de Engenharia de Produção, mas não logrou êxito. Nas duas oportunidades, as empresas onde ele trabalhava se dispuseram a custear os estudos. “Se eu tivesse que escolher para pagar, certamente eu faria Jornalismo. Ali não era minha praia. Agradeci, mas não dava. Não era o que eu queria. Hoje estou no meu ambiente, este é meu hábitat”, disse Alex.

Quando ingressou pela primeira vez no ensino superior, Isabele Kaizer Moraes Barroso já sonhava em estudar Medicina Veterinária. Porém, morando à época em Ipatinga, não havia instituição que oferecesse o curso, e ela optou por se tornar publicitária. “Fiz a graduação, logo em seguida a pós-graduação. Depois me casei, tive duas filhas, e o sonho da Veterinária acabou ficando de lado. Achei até que seria impossível realizá-lo”, ela conta.

Foto de Isabele Kaizer, aluna de Medicina Veterinária na Univale, vestindo um jaleco
Isabele Kaizer

Já morando em Valadares, ela se animou quando a Univale passou a oferecer o curso – à época ela estava grávida, razão pela qual não ingressou nas primeiras turmas. “Agora minha filha mais nova já está mais crescida e o trabalho me possibilita uma flexibilidade de horário para cursar Veterinária. Tive apoio da família, então senti que era o momento ideal, mesmo aos 35 anos. Não tem sido fácil conciliar tudo e a rotina é bem puxada, mas estou gostando muito e muito feliz com a oportunidade de estudar algo que desejei por tanto tempo”, relata Isabele, aluna do 1º período.

Hoje com 80 anos e cursando o 6º período de Psicologia na Univale, Ivanor Tassis voltou à universidade para se formar em uma terceira graduação, quase 50 anos depois de concluir a segunda, em Propaganda e Marketing – antes, já havia se formado em Economia. “Eu sou muito curioso com relacionamentos humanos. Sempre tive interesse em comportamento social. Na época de escolher minha primeira profissão, o campo da Psicologia ainda era novo, não tinha mercado”, afirmou.

Foto de Ivanor Tassis, aluno de Psicologia na Univale
Ivanor Tassis

Durante muitos anos, Ivanor dirigiu um jornal em Governador Valadares. Já aposentado, estudar Psicologia na Univale foi uma oportunidade para atualizar os conhecimentos. “Foi uma forma de ressignificar minha vida. Eu preciso estar no mundo, não apenas viver. Eu tenho que participar e entender”, ressaltou, acrescentando que foi muito bem acolhido por colegas de turma com idade para serem seus netos. Quando se formar, Ivanor pretende fazer trabalho voluntário de musicoterapia com crianças autistas.

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