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Arquitetura vernacular: conceito e características

25 março, 2024

Escrito por: Glenda Hastenreiter Corteleti, estudante do 7º período de Publicidade

Já vimos por aqui diversas igrejas, templos, palácios, catedrais, e chegou a hora de conhecermos uma arquitetura diferente, mas que ainda assim é comum a todos: a arquitetura vernacular. Estamos falando das residências, das moradias, do “lar, doce lar”.

Já dizia Dorothy, em O mágico de Oz, “Não há lugar como o nosso lar.” E, realmente, nenhuma moradia é igual a outra, principalmente quando comparam-se culturas, regiões e climas totalmente diversos. Esse é o principal campo de estudo da arquitetura vernacular: entender como esses aspectos influenciam na construção, principalmente residencial, em diferentes lugares do mundo. Bora saber mais?

Afinal, o que é a arquitetura vernacular?

A arquitetura vernacular é, assim como a arquitetura modernista, um conjunto de diversos estilos arquitetônicos. Contudo, esses estilos prezam pela simplicidade, praticidade e são pensados para se adequarem à cultura em que estão inseridos e aos materiais disponíveis na região.

É, principalmente, uma arquitetura popular, que não necessita de grandes projetos. Por ser simples, é muito utilizada na construção de residências, como já citamos inicialmente.

Voltada à cultura e região na qual se localiza, a arquitetura vernacular trabalha com materiais diversos e até mesmo inusitados, como bambu, palha, argila e até mesmo gelo. Por causa disso, é considerada um tipo de arquitetura mais sustentável e menos danosa ao meio ambiente, indo na contramão das construções à base de cimento ou dry wall.

Outra característica importante na arquitetura vernacular é a adaptação ao clima local. Imagine construir uma casa de madeira em um ambiente quente? Ou, ao contrário, uma casa muito ventilada em um local de clima frio?

A arquitetura vernacular, além de trabalhar com materiais nativos da região, busca também adaptar suas construções ao clima, à umidade e até mesmo às dinâmicas familiares e culturais do local.

Arquitetura vernacular no Brasil e no mundo

Como pudemos perceber, a arquitetura vernacular é muito diversa, já que varia dependendo da cultura, do clima e das matérias-primas utilizadas. Para entendermos melhor essas diferenças, nada melhor do que citarmos alguns exemplos da arquitetura vernacular no Brasil e no mundo!

Oca Xingu

A arquitetura da tribo indígena Xingu, que se localiza na região Centro-Oeste do Brasil, é um dos exemplos mais icônicos de arquitetura vernacular do nosso país. Suas ocas são construídas de modo a remeter o corpo de um animal, tanto que as partes de suas habitações têm nomes como “peito”, “costas”, “boca”, entre outros.

Sua estrutura é construída com madeira flexível ou bambu, e o revestimento — chamado “cabelo” —, feito de folhas de palmeira ou de sapê. Suas ocas se caracterizam por serem amplas, de grandes dimensões, e, por causa disso, podem abrigar famílias de até 30 membros. Apesar do tamanho, podem ser construídas rapidamente, em cerca de cinco meses, e duram por até dez anos.

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Oca da aldeia Uyapiyuku da etnia Mehinako
Gaúcha do Norte, Mato Grosso

Enxaimel

Apesar de ser muito popular e tradicional na Alemanha, o estilo enxaimel (também chamado de Fachwerk, em alemão) encontrou no Sul do Brasil um local perfeito para se desenvolver, principalmente em cidades como Blumenau e Joinville. É um estilo popular por ser barato e, sobretudo, pela durabilidade de suas construções.

A estrutura do enxaimel é feita de vigas de madeira. Entre elas, existe um revestimento, o qual pode ser feito de diversos materiais, como pedras, taipa, tijolos, entre outros que estejam disponíveis na região, e não necessita de reboco.

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Castelo Monschau
Monschau, Alemanha

Templos budistas

Os templos budistas surgiram na China e nas Coreias, mas chegaram ao Japão por volta do século VI, com a introdução dessa doutrina no país. Lá, eles ganharam suas características próprias, como a falta de pintura sobre a madeira, e receberam influências climáticas e culturais.

Um exemplo dessas influências é o fator umidade. Por se tratar de um país úmido e quente durante o verão, os templos japoneses tiveram de se verticalizar para evitar danos provocados por infiltrações, por exemplo, e para auxiliar na circulação de ar, refrescando o ambiente.

A madeira usada nas construções dos templos atua como isolante térmico durante o inverno, mas mantendo o frescor durante as estações mais quentes. Além disso, por se tratar de uma matéria-prima mais flexível, é mais resistente a terremotos, que são muito comuns na Terra do Sol Nascente.

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Templo Zu Lai
Cotia, São Paulo

Iglus

Os iglus também são considerados um exemplo de arquitetura vernacular dos povos inuítes, que vivem nas regiões árticas de países como Canadá, Estados Unidos e Groenlândia.

Todo mundo já deve ter visto a imagem de um iglu: uma casa arredondada formada por blocos de gelo, com uma pequena abertura, igualmente arredondada. O que poucos sabem, porém, é que essa habitação consegue isolar o frio externo e pode chegar a até 16°C em seu interior.

Além disso, o uso de blocos de gelo em sua construção reforça a estrutura do iglu, pois, com cada nevasca, as suas paredes ficam ainda mais sólidas. A entrada do iglu também é construída de modo estratégico, normalmente havendo um buraco no chão para que o vento não entre diretamente.

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Iglu
Pyhäjärvi, Finlândia

Conclusão

Muitos dizem que nossa casa é onde nosso coração está. Seja feita de gelo ou de bambu, faça frio ou faça sol, é ela que nos traz conforto depois do cansaço do dia a dia. É nela que habitam nossa felicidade, nosso lazer, nossos amores… enfim, é onde mora um pedaço da nossa história!

Agora que você já conheceu a arquitetura vernacular, que tal viajar com a gente pela história e aprender um pouco mais sobre o estilo barroco?

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