No dia 25 de abril, de 15h às 17h30, a Pedagogia da UNIVALE realizou uma reunião com corpo docente, colegiado, representantes de turma e discentes, para discussão e construção do novo projeto do curso, em virtude da alteração nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para os cursos da área das licenciaturas. Foram pautas da reunião a DCN CNE/CP nº 2, de 20 de dezembro de 2019, o adendo ao PPC, a matriz prevista para 2024/2, e a instituição do ENADE anual para as licenciaturas, a partir de 2024.
A reunião contou ainda com a participação da diretora de Graduação, professora Cláudia Esther Reis, que é egressa do curso de Pedagogia, e da professora aposentada Ana Bossi, que já atuou no curso como professora e coordenadora.
A atual coordenadora, professora Wildma Mesquita Silva, fez a abertura da reunião e abriu espaço para comemoração da Nota 5 recebida no processo de avaliação de renovação de reconhecimento do Ministério da Educação (MEC), realizada entre os dias 15 a 17 de abril de 2024, sendo esta a terceira vez consecutiva que o curso recebe a nota máxima no MEC. A professora Wildma reforçou que a nota é resultado de um amplo trabalho em equipe realizado pelo corpo docente, com apoio do Núcleo Docente Estruturante (NDE), do Setor de Gestão Pedagógica, da Diretoria de Educação a Distância, entre outros setores da instituição.
Após este momento, a reunião foi conduzida pelo pedagogo e professor do curso, Guilherme Rodrigues dos Santos, que abriu espaço para amplas discussões. A professora Ana Bossi fez um resumo histórico sobre o curso, que enriqueceu a reunião. Em seguida foram apresentados os marcos legais e os materiais de estudo. O curso de Pedagogia segue com as discussões coletivas para a elaboração do novo projeto de formação.
Mães atípicas – como são conhecidas as mulheres com filhos diagnosticados com alguma condição neurodivergente de desenvolvimento, como o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) – trouxeram suas experiências de vida para debater o ensino a alunos autistas, no 9º Colóquio de Educação Especial do curso de Pedagogia da UNIVALE. O encontro foi realizado na noite de sexta-feira (12), no auditório do Centro Cultural Hermírio Gomes da Silva, no campus II da instituição.
Pesquisadora de educação especial e uma das organizadoras do Colóquio, a professora Eliene Nery afirma que o debate buscou responder questionamentos de mães atípicas, como “quem é o seu filho?”, “o que você deseja para o seu filho?” ou “o que a escola pode contribuir para o desenvolvimento do seu filho?”.
“O Colóquio em Educação Especial é uma promoção do curso de Pedagogia que está na nona edição, então nós temos história. E a proposta deste Colóquio é discutir a temática da educação especial. Hoje especificamente nós vamos trabalhar com o tema do autismo, e dando fala às mães atípicas. É um papo com as mães”, comentou a docente.
As convidadas para o Colóquio foram duas pedagogas que também são mães atípicas, Suh Gomes e Patrícia Abelha. A conquista da acessibilidade, especialmente em serviços de saúde, foi um dos desafios listados por Suh Gomes.
“A gente precisa discutir mais essa temática. É muito fácil falar de inclusão nas redes sociais, mas a gente ainda está muito atrasado na aplicabilidade no dia a dia, na rotina da escola, da universidade ou do trabalho. Porque se fala muito de inclusão, mas ela de fato está acontecendo? São muitos os desafios, como inacessibilidade. A acessibilidade não ocorre de fato. Nossos maiores desafios hoje estão nas operadoras de planos de saúde, com limitações em relação ao acesso à terapia, e o SUS é muito limitado em relação aos tratamentos”, disse Suh.
Aluno de Pedagogia, Márcio Vaz espera que o conhecimento adquirido no Colóquio de Educação Especial o torne um profissional mais qualificado, quando se formar. “Esse evento é muito bom, para a gente entender cada vez mais sobre o autismo e podermos, no futuro, nos tornarmos profissionais cada vez melhores. Porque é conhecendo que a gente consegue incluir de verdade. E agora, tendo a disciplina de Educação Especial com a professora Eliene Nery, para nós é muito importante para ligar a teoria às falas de mães. É uma experiência muito boa o Colóquio deste ano”, afirmou o estudante.
A aula magna do curso de Pedagogia da UNIVALE foi realizada na noite de terça-feira (2), discutindo o tema das relações étnico-raciais, que será trabalhado por todos os cursos da instituição neste semestre. Com a participação do Coletivo Abayomi, composto majoritariamente por mulheres negras, a aula magna abordou letramento racial e educação antirracista na formação de professores. Também foram realizadas oficinas com estudantes de Pedagogia.
“Estamos fazendo nossa aula magna, com a temática que vamos trabalhar no seminário integrador, que é a temática das relações étnico-raciais. É uma aula especial, convidamos para essa aula o Coletivo Abayomi para fazer a abertura, trabalhando com a questão do letramento racial e da educação antirracista, que são fundamentais para a formação de professores”, afirmou a coordenadora do curso, professora Wildma Mesquita.
A coordenadora do Coletivo Abayomi, Érika Benigna, avalia que a inclusão da pauta étnico-racial na formação de professores é essencial para a transformação da sociedade. “Eu penso que a educação é que pode de fato transformar a nossa sociedade em uma sociedade antirracista. Não existe um ambiente mais propício para discutir a educação antirracista que com estudantes do curso de Pedagogia”, disse Érika, que também é educadora e egressa do mestrado em Gestão Integrada do Território (GIT) da UNIVALE.
Além dos debates, o curso de Pedagogia realizou quatro oficinas para aprofundar o estudo das relações étnico-raciais: de contação de histórias, sobre a boneca Abayomi (boneca de pano ligada à cultura afro-brasileira), de infância e raça, e “O Brasil tem cor: arte, cultura e ancestralidade”. Estudante do curso, Júlia Batista reconhece a necessidade de discutir o combate à discriminação racial. “Eu acho que é importante, para quando nos tornarmos professoras, podermos mostrar para as crianças a importância de não ter racismo ou preconceito, e as crianças negras poderem ver a gente como referência dessa forma de ensino”, afirmou.
Autora: Gisele Almeida Rocha
Ano: 2022/2
Orientadora: Elizabete Aparecida de Carvalho
Link do trabalho: clique aqui
Autora: Isabela Correia Terra
Ano: 2022/2
Orientadora: Elizabete Aparecida de Carvalho
Link do trabalho: clique aqui
Autora: Mariany Spínola Pinto de Andrade
Ano: 2022/2
Orientadora: Elizabete Aparecida de Carvalho
Link do trabalho: clique aqui
Autora: Wéllica Viana de Moura
Ano: 2022/2
Orientadora: Elizabete Aparecida Carvalho
Link do trabalho: clique aqui
O filme “O garoto selvagem”, lançado em 1970 na França, conta a história de um menino que vivia com lobos em uma floresta, sem falar, ler, escrever, ou mesmo andar como um ser humano. A obra foi exibida terça-feira (19) na UNIVALE, como objeto de debate do curso de Pedagogia.
Baseado em fatos reais, “O garoto selvagem” mostra o médico Jean Marc Gaspard Itard (que se tornou notório ao trabalhar como educador de surdos), no final do século 18, e seu trabalho com Victor de Aveyron, encontrado com cerca de 12 anos, com linguagem rudimentar e sem socialização prévia.
“O garoto é encontrado na selva e passa por um processo de educação naquela época, com médicos tentando desenvolver o processo de inteligência e o processo de linguagem. Nesse filme a gente vê a antropologia, a sociologia, a psicologia e a afetividade. Principalmente as relações sociais e o encontro com a linguagem, para que esse sujeito possa advir como ser humano. É um filme que traz várias questões e vários contextos, propondo uma boa conversa para os alunos do curso de Pedagogia”, comentou a professora Eliene Nery, docente.
Antes da exibição do filme, a aluna Áquila Mendes demonstrou grande expectativa em adquirir conhecimentos com um debate sobre a obra. “Pelo fato de eu ser uma aluna que aprendo muito ouvindo, e não pela leitura, acho que eu vou conseguir absorver mais o conteúdo. Uma vez que a gente tem o contato com o cinema, nós temos contato com vários outros conhecimentos e várias outras culturas. Sempre tem algo a mais ali no cinema, para agregar no conhecimento, que não é só a matéria em si. Outros tipos de conhecimento sempre são bem-vindos”, disse a estudante.
Veja também a matéria da UNIVALE TV sobre a exibição de “O garoto selvagem” para o curso de Pedagogia:
O IX Colóquio de Educação Especial do curso de Pedagogia da UNIVALE será realizado às 18h45 do dia 12 de abril, no campus II da instituição, para promover o diálogo sobre inclusão. O tema desta edição é “Transtorno do Espectro Autista: Palavras de Mães”, e as inscrições podem ser feitas gratuitamente no endereço eletrônico do evento, que é aberto ao público externo, e dirigido a profissionais da educação, estudantes e demais interessados.
“Ao realizar o colóquio, o curso de Pedagogia busca oferecer subsídios à atuação do pedagogo na escola, contribuindo no processo de formação continuada. O Colóquio se configura na perspectiva extensionista de formação e da política da UNIVALE como encontro de interlocução com a família, a comunidade e profissionais da educação básica em efetivo exercício”, avalia a coordenadora do curso de Pedagogia, professora Wildma Mesquita.
A professora Eliene Nery, pesquisadora da educação especial e uma das organizadoras do evento, comenta que o Colóquio amplia e fortalece as discussões sobre educação inclusiva, que têm forte debate no curso de Pedagogia. Além dela, a professora Renata Greco e o professor Guilherme Rodrigues compõem a organização e mediação do evento, que terá como palestrantes duas pedagogas que também são mães atípicas (têm filhos com diagnóstico de autismo): Suh Gomes e Patrícia Abelha. A participação dará direito a certificado.
O projeto de extensão “Fazeres Docentes: Gestão da Sala de Aula”, do curso de Pedagogia da UNIVALE, já retomou suas atividades em 2024, com visitas às quatro escolas da rede municipal que receberão apoio pedagógico neste ano. Das escolas que participaram do projeto no ano passado, duas comemoram a aprovação de alunos no processo seletivo para ingressar em no ensino médio em cursos técnicos do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG): foram nove estudantes da Escola Municipal Padre Eulálio Lafuente Elorz (que também classificou cinco alunos para a lista de espera) e outros três da Escola Municipal Vereador Hamilton Teodoro.
Com a participação de estudantes e docentes da UNIVALE, o apoio pedagógico do Fazeres Docentes trabalha conteúdos teóricos e práticos que auxiliam crianças e adolescentes da educação básica em temas como interpretação de texto, leitura e escrita, auxiliando o desenvolvimento em sala de aula. “Esse resultado positivo é fruto da integração universidade e escola, com o esforço e compromisso de professores e professoras das turmas de 9º ano e apoio da equipe gestora da escola”, comentou a coordenadora do projeto, professora Elizabete Aparecida de Carvalho.
Em 2023, as ações do Fazeres Docentes foram desenvolvidas em turmas de 5º e 9º anos. Na avaliação de Elizabete, de estudantes de Pedagogia, de professores e das equipes gestoras das escolas parceiras, as atividades realizadas foram positivas, pois contribuíram para a aprendizagem dos estudantes e impactaram nos resultados das avaliações internas. Além do processo seletivo do IFMG, alunos que receberam apoio pedagógico também fizeram outras avaliações externas, como a Provinha Brasil (direcionada a alunos do segundo ano do ensino fundamental) e o exame do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), cujos resultados devem ser divulgados ainda no primeiro semestre de 2024.
O Fazeres Docentes foi retomado em fevereiro, e já houve visitas às escolas para traçar estratégias e iniciar atividades em turmas do ensino fundamental. “O objetivo é continuar promovendo o diálogo entre a universidade e a rede pública de ensino, para ampliar a inserção do curso de Pedagogia na comunidade valadarense e melhorar a compreensão leitora dos estudantes”, destacou a coordenadora do projeto.
As quatro instituições municipais já visitadas pelo Fazeres Docentes neste ano são as escolas Padre Eulálio, Vereador Hamilton Teodoro, Professora Rosalva Simões Ramalho e Adélia Ribas. Elizabete considera ainda que as atividades do projeto, além de contribuírem para a integração da UNIVALE com a comunidade externa, são importantes para a melhoria da qualidade do ensino da rede pública de educação. “A UNIVALE tem o compromisso de construir e compartilhar conhecimento, promovendo o diálogo com profissionais em exercício nas escolas públicas”, disse a docente.
A oitava edição do Seminário de Grupos de Pesquisa sobre Crianças e Infâncias (Grupeci), realizada entre os dias 4 e 6 deste mês, teve como tema “Infâncias e justiça social: perspectivas no contexto brasileiro”. O Seminário reuniu pesquisadores e seus grupos de pesquisa, com representações de todas as regiões do país, para debater, refletir e problematizar questões relacionadas à pesquisa com crianças e sobre as infâncias, em consonância com aspectos históricos, políticos e sociais, com o intuito de discutir perspectivas para as crianças no atual contexto brasileiro.
Professor do curso de Pedagogia na UNIVALE, Valdicélio Martins dos Santos foi um dos participantes do 8º Grupeci. “O evento trata-se, portanto, de um seminário que tem na sua gênese o intercâmbio entre grupos de pesquisas, buscando abarcar aspectos epistemológicos, teóricos, metodológicos, éticos e pautas de pesquisa em torno das crianças e infâncias em todo o território nacional”, avaliou o docente.
Doutorando em Educação e pesquisador das Infâncias, Valdicélio apresentou os resultados preliminares de sua pesquisa no 8º Grupeci. O trabalho “Circulação de crianças no Morro do Carapina em Governador Valadares-MG: Perspectivas anticoloniais” foi incluído no grupo temático “Infâncias e diversidades”, cuja proposta era apresentar os contextos sociais de infâncias outras.
“Considero de extrema importância participar de formações continuadas em congressos e simpósios, uma vez que é o momento de exercer nosso trabalho de ensino-aprendizagem, levando um pouco do que estamos estudando e trazendo o melhor e mais inovador para nossos alunos”, destacou o professor.
O ano de 2023 foi de reconhecimento da excelência do curso de Pedagogia da UNIVALE, que já tinha a nota máxima segundo os critérios do Ministério da Educação (MEC), e agora também recebeu a maior avaliação possível do Guia das Faculdades, publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo (Estadão). Essas conquistas foram celebradas no Luau 5 Estrelas, organizado pelo curso para também comemorar o fim de mais um semestre letivo, como salienta a coordenadora, professora Wildma Mesquita.
“A nossa proposta é fazer o Luau 5 Estrelas em comemoração ao encerramento do semestre e também em comemoração às cinco estrelas que recebemos do Guia do Estadão. Essa é uma aula festiva, para a gente elencar os motivos de gratidão do semestre e colhermos os frutos do nosso trabalho, tanto professores quanto estudantes”, comentou Wildma.
Além de música e poesia, o Luau da Pedagogia foi marcado pela emoção da abertura da cápsula do tempo da turma de 2018, quando estudantes da época escreveram cartas, relatando desejos e expectativas para o futuro. Essas cartas foram enterradas na ocasião e, agora, os ex-alunos, hoje profissionais atuando na área, voltaram à UNIVALE para desenterrá-las e lê-las, comparando os sonhos daquele momento com a realidade de hoje. E também foi a vez dos atuais estudantes escreverem suas cartas, que só serão lidas daqui alguns anos.
“É uma aula de reflexão, também com a cápsula da turma de 2018, que escreveu cartas para o futuro. A turma foi convidada para abrir essa cápsula, e faremos um momento com os estudantes deste semestre, para eles também escreverem desejos, o que eles esperam nos próximos anos para a educação e para própria vida”, disse Wildma.
Autora de uma das cartas de 2018, a egressa Carina Machado retornou à universidade e se emocionou ao reler o que havia escrito. “Eu tinha colocado que era a segunda avaliação máxima consecutiva, e agora recebemos a terceira nota máxima. Eu fico muito feliz de ter feito parte e indico o curso para todo mundo. Sinto muita gratidão por ter feito parte da UNIVALE nesse período. Eu nem lembrava mais o que tinha escrito na minha carta, recebi o convite para desenterrar, e agora esse sentimento de gratidão só aumenta”, afirmou a pedagoga.
Estudante de Pedagogia atualmente na instituição, Andressa Reis teve a oportunidade de escrever para a nova cápsula do tempo do curso. “Daqui a cinco anos eu imagino atuar na área da educação, espero que eu já tenha me formado e esteja no campo. E espero ser a mudança que eu quero que haja na educação. Espero conseguir aplicar, em sala de aula ou onde for que eu estiver, todos os aprendizados daqui”, declarou a aluna.