Sumário
A arquitetura renascentista, como o nome já indica, se refere às características arquitetônicas do período do Renascimento. Leonardo, Rafael, Donatello e Michelangelo — esses nomes marcaram uma geração. E não estamos nos referindo às Tartarugas Ninjas — embora elas também mereçam um lugar de destaque na cultura pop. Na verdade, as inspirações para esses nomes vieram de grandes artistas do Renascimento. Mas, afinal, o que foi esse período?
O Renascimento é mais famoso do que se imagina. Afinal, quem nunca viu a imagem da Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, em algum lugar? Ou a estátua de Davi, de Michelangelo? Esse período não influenciou apenas a pintura e a escultura, mas também a ciência e a filosofia. E para conhecer um pouco mais sobre esse período artístico e, em especial, sobre a arquitetura renascentista, continue com a gente!
O Renascimento (também chamado de Renascença ou Renascentismo) surgiu na Itália, mais precisamente na cidade de Florença, por volta do século XIV. O nome vem justamente da ideia de fazer renascer a cultura e estética clássicas dos gregos e romanos.
O surgimento da Renascença se deu a uma série de fatores e transformações socioculturais durante e logo após o período medieval. Um dos principais elementos que contribuíram para a chegada do Renascimento foi o fim do feudalismo e a volta dos grandes centros urbanos. Essa mudança também ocasionou a ascensão da burguesia e, com ela, a queda dos senhores feudais.
Além disso, o Renascimento tinha como características a centralização do ser humano; a racionalidade e o cientificismo, que pregavam que a razão e os experimentos científicos poderiam explicar qualquer fenômeno; o individualismo, que colocava o direito individual acima do coletivo; e o universalismo, que valorizava o conhecimento em diversas áreas — e não é à toa que, nessa época, existiram muitas pessoas com vastos saberes em diversos campos de estudos. Um dos mais famosos polímatas foi Leonardo da Vinci.
Alguns outros importantes nomes para o Renascimento foram Galileu Galilei, que descobriu os anéis de Saturno; Dante Alighieri, que escreveu o épico A Divina Comédia; Nicolau Maquiavel, filósofo que escreveu a obra política O Príncipe; e, já que estamos falando de arquitetura, não podíamos deixar de citar Filippo Brunelleschi, mentor de Donatello, criador do domo da Catedral Santa Maria Del Fiore, sobre a qual falaremos mais adiante.
Por se inspirar nas tradicionais arquiteturas grega e romana, o estilo de construção renascentista incorporou muitos de seus elementos em suas obras. Uma das principais características dos edifícios da Renascença é a simetria em suas fachadas. Além disso, se inspiraram nas colunas gregas e também inseriram esse detalhe em seus projetos. Contudo, no Renascimento, as colunas muitas vezes eram usadas de maneira puramente decorativa, não exercendo nenhuma função estrutural.
Outro elemento muito presente na arquitetura renascentista são as cúpulas, arcos e abóbadas, que foram desenvolvidas pelos romanos e serviram de inspiração para os arquitetos do Renascimento. Elas foram utilizadas para dar grandiosidade aos projetos, podendo ser vistas de longe, mas também eram usadas de forma que só eram percebidas caso se estivesse dentro do edifício.
A decoração também foi muito baseada em temas religiosos, porém, com foco no ser humano, como era característico da época. Um exemplo clássico é a pintura feita por Michelangelo no teto da Capela Sistina, que conta com o famoso afresco — isto é, uma pintura feita diretamente em uma parede — da criação de Adão. Outros temas comuns na Renascença eram os mitos gregos e romanos.
Tratando-se da parte estrutural, os renascentistas buscavam construir seus edifícios com tijolos com revestimento em pedra. As portas e janelas eram inseridas dentro de arcos ou retângulos, chamados lintéis, que funcionam principalmente como uma moldura de sustentação, mas também podem ser trabalhados de modo a decorar a fachada de um edifício.
Já que a Renascença teve a Itália como seu principal expoente, a maior parte das construções renascentistas está lá. E, como é de costume, também está na hora de darmos nosso passeio, desta vez em um dos países mais charmosos do mundo!
A Catedral Santa Maria Del Fiore se localiza na cidade de Florença, que, como já dissemos, foi o berço do Renascimento. Sua construção se iniciou em 1296 e foi projetada por Arnolfo di Cambio, tendo seu domo elaborado por Filippo Brunelleschi.
Contudo, após a morte de Arnolfo di Cambio, em 1302, a construção foi interrompida durante anos, sendo retomada apenas 29 anos depois, em 1331. Depois disso, porém, muitos outros projetistas foram designados. Passaram pela igreja nomes como Giotto di Bondone, Andrea Pisano e Francesco Talenti. Por causa dessa ida e vinda de mestres-construtores, a igreja só foi finalizada no ano de 1436.
Foi considerada, por algum tempo, a maior igreja da Europa, com capacidade para 30 mil pessoas. Contudo, hoje é “apenas” a terceira maior, perdendo somente para a Basílica de São Pedro, no Vaticano, e a Catedral de São Paulo, na Inglaterra.
A Villa Capra, ou Villa La Rotonda, é uma das obras mais famosas do renomado arquiteto Andrea Palladio, que, mais tarde, deu origem ao seu próprio estilo, chamado “palladiano”. Ela se localiza em Vicenza, na região do Vêneto, na Itália, e começou a ser construída em 1567.
Entretanto, Palladio nunca chegou a ver sua Villa completa, já que morreu 13 anos depois do início da obra. O arquiteto Vincenzo Scamozzi, então, substituiu Palladio como arquiteto, finalizando a construção em 1592.
E para fecharmos o passeio com chave de ouro, precisamos falar da Capela Sistina, o ápice do Renascimento. A Capela se localiza na Cidade do Vaticano, e foi projetada por Baccio Pontelli a mando do Papa Sisto IV — e por isso o nome “Sistina”.
Sua construção começou em 1473 e contou com a presença dos artistas mais ilustres do Renascimento, como Michelangelo, Rafael Sanzio e Sandro Botticelli, que ajudaram na decoração. A obra ficou pronta no ano de 1481 e, desde 1878, é onde ocorre o Conclave, ou seja, na escolha de novos Papas.
O Renascimento foi um movimento importantíssimo para a História mundial. Sem ele, não teríamos feito descobertas científicas tão importantes, como o fato de que o Sol está no centro do Sistema Solar ou as inovações na área de medicina e anatomia. Além disso, o Renascimento foi um dos movimentos artísticos mais marcantes, e seus artistas até hoje são amplamente reconhecidos.
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