Sumário
Com o tema “o aluno com autismo na escola”, o 8º Colóquio de Educação Especial do curso de Pedagogia da UNIVALE reuniu estudantes e professoras do ensino básico para discutir os avanços e as necessidades para a inclusão do aluno diagnosticado com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Os debates aconteceram na noite de quarta-feira (12), no auditório A do campus II.
Coordenadora do curso de Pedagogia, a professora Wildma Mesquita destaca que os debates tiveram uma abordagem multidisciplinar. “Como na educação inclusiva é uma equipe multidisciplinar que atua, temos também, além do curso de Pedagogia, os cursos de Psicologia e Fonoaudiologia. E convidamos a comunidade externa, com professores da educação básica participando, sob uma perspectiva tanto pedagógica quanto da linguagem”, disse a professora.
A primeira palestra do Colóquio foi com a professora Eliene Nery, que é pedagoga e psicóloga. Ela explicou que o autismo é um distúrbio do desenvolvimento neurológico e que atualmente há mais informações a respeito, o que levou a avanços ao longo dos últimos 15 anos, mas que ainda há muito preconceito em relação a autistas.
“Quando eu comecei a trabalhar, era raro encontrar um aluno na escola que tivesse o Transtorno do Espectro Autista. E recentemente nós temos muitas informações, filmes, reportagens, documentários, famílias trazendo suas informações, artigos e pesquisas. É muito material para buscar esclarecimentos. Mas ainda não temos trabalhos específicos para a diversidade dos casos e a complexidade que é o Transtorno do Espectro do Autismo”, observou Eliene.
Em 2017, apontou a professora, eram 2 milhões de casos diagnosticados no Brasil, cerca de 500 deles em Governador Valadares. “E isso por baixo, tem subnotificação e casos em processo de avaliação, que ainda não foram concluídos”, salientou.
A outra palestra da noite ficou a cargo da professora do curso de Fonoaudiologia, Maria Elisabeth Almeida, que falou sobre as diferentes manifestações do TEA e dos prejuízos na interação social causados pela forma como cada autista apresenta características que incluem, entre outras, dificuldades de interação, inflexibilidade em interesses e comportamentos, alterações sensoriais e padrões repetitivos de comportamento.
“A palavra espectro tem a função de dizer que cada paciente vai ter uma manifestação individualizada. O convite que faço é o de olhar essas crianças dentro de um espectro, mas cada um dentro de sua especificidade”, declarou a fonoaudióloga.
Professora de educação básica em uma instituição da rede privada de ensino em Governador Valadares, Glennda Marques veio à UNIVALE para acompanhar as discussões do Colóquio. Ela tem um aluno autista e acredita que educadores devem buscar mais informações para aumentar o cuidado com as crianças. “Nós estamos vendo cada vez mais crianças com autismo nas salas de aula e a gente tem que se profissionalizar. Eu escolhi a profissão de professora e tenho que dar o meu melhor para existir a inclusão”, analisou.
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