Sumário
A Síndrome de Down é uma condição genética causada por uma terceira cópia do cromossomo 21 em todas as células do organismo, chamada trissomia, e que faz com que a criança nasça com 47 cromossomos em suas células, ao invés de 46, como ocorre com a maior parte da população. A síndrome leva a mudanças físicas e cognitivas que já provocaram muitos estigmas e preconceitos contra as pessoas com Down. O dia 21 março foi a data escolhida como Dia Internacional da Síndrome de Down, para estimular reflexões sobre direitos e inclusão.
Professora do curso de Psicologia da Univale e psicóloga do Espaço de Apoio ao Aluno (Espaço A3) da instituição, Adelice Bicalho lembra que os direitos das pessoas com Síndrome de Down são resguardados pela Lei 3.146/2015, o Estatuto da Pessoa com Deficiência, o qual garante, entre outros, direito à saúde, ao lazer e à inclusão educacional e social.
“A gente percebe que os indivíduos com Síndrome de Down têm alcançado níveis de escolarização cada vez maiores. E isso é bom. Eles já estão no mercado de trabalho, fazem cursos técnicos, fazem cursos superiores. A gente tem que entender que as oportunidades não podem ser negadas. E, não negando oportunidades, a gente vê o que eles têm a nos ensinar. Nós vamos aprender com eles e temos que pensar que eles têm o direito de conviver. Seja em um curso superior, seja na sociedade, igrejas, festas ou bares. É direito deles e temos que conviver com a diversidade também”, afirmou a professora, em entrevista à repórter Júlia Meneguelli, da Univale TV.
Entre as particularidades físicas que são traços típicos de pessoas com Síndrome de Down estão o achatamento da ponta do nariz, as pálpebras oblíquas e protrusão da língua, o que acaba atrapalhando a criança na mastigação e na fala. O atraso cognitivo, salienta Adelice, não significa incapacidade.
“Há algumas limitações, mas quando começamos a estimulação, e quanto mais cedo começar, melhor. Hoje a gente fala da estimulação e nem é mais precoce, é a tempo. Descobrimos um quadro sindrômico, então o terapeuta ocupacional precisa entrar para auxiliar nas atividades de vida diária, como segurar um garfo ou colher”, disse a professora.
O acompanhamento para pessoas com Síndrome de Down, ela enfatiza, deve ser multidisciplinar e incluir também profissionais de áreas como Psicologia, Enfermagem e Fisioterapia. “Na família com filho com deficiência, o cuidado não é só com o filho. É com toda a família. Temos que cuidar dessa família também”, acrescentou Adelice.
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