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Mesa redonda dos Diálogos Nobel, com participantes que incluem a egressa de Medicina da Univale, Ariana Pinheiro Caldas, e o físico francês Serge Haroche, ganhador do Prêmio Nobel de Física em 2012

Egressa da UNIVALE discute papel da universidade em mesa redonda com ganhador do Nobel

17 abril, 2024

Egressa do curso de Medicina da UNIVALE, Ariana Pinheiro Caldas participou na segunda-feira (15), no Rio de Janeiro, de uma mesa redonda sobre o papel da universidade na sociedade, e debateu o tema com estudantes e autoridades acadêmicas, incluindo o francês Serge Haroche, ganhador do Prêmio Nobel de Física em 2012. A mesa redonda fez parte da programação do Diálogo Nobel Brasil, promovido pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) com vencedores do Nobel, e que ainda teve entre os convidados Gabriel Coimbra Schuwarten, outro médico formado pela UNIVALE.

Além do físico francês e Ariana, a mesa redonda teve as presenças de estudantes do Peru e da Colômbia, da reitora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ, que sediou o evento) Gulnar Azevedo e Silva; e da líder sênior de Análise Política da UNESCO, Anna Cristina D’Addio. “Conversamos sobre a importância que a universidade tem não apenas na educação e formação de alunos, mas no apoio e incentivo na busca da liberdade de pensamento, para irmos longe através da ciência e pesquisa”, relatou Ariana.

Mesa redonda dos Diálogos Nobel, com participantes que incluem a egressa de Medicina da Univale, Ariana Pinheiro Caldas, e o físico francês Serge Haroche, ganhador do Prêmio Nobel de Física em 2012

O físico ganhador do Nobel considerou, na mesa redonda, que as instituições de ensino devem estimular o aprendizado contínuo. “Uma das missões da universidade nesses tempos de mudança é preparar estudantes para serem estudantes por toda a vida”, pontuou Serge Haroche.

A médica formada pela UNIVALE avalia que existe uma grande distância no apoio financeiro à pesquisa no Brasil, em comparação com outros países. “Aqui não temos grandes empresas e indústrias que podem nos oferecer fundos, na maioria das vezes dependemos do governo”, disse. Outro gargalo da ciência brasileira, considera Ariana, está no alcance junto à sociedade.

Ariana Pinheiro Caldas no palco do Diálogo Nobel

“O canal de comunicação é difícil, com linguagem muito técnica, e o alto índice de brasileiros analfabetos funcionais ainda é uma grande realidade no Brasil. Muitos jovens também não conseguem ingressar na universidade, com muitos alunos que são os primeiros de suas famílias a concluírem uma graduação. Muitas pessoas não sabem o que é ciência e seu impacto social, então concordamos, na discussão, que se deve falar sobre ciência nas escolas desde o ensino fundamental. Devemos preparar professores para lidarem com essa adversidade, mostrando desde cedo o que é ciência, como fazer a mudança e apresentar caminhos para resolver isso”, afirmou Ariana.

A egressa, ao participar da mesa redonda do Diálogo Nobel, defendeu que as universidades devem impulsionar pessoas a acreditar que são capazes de criar, produzir e construir uma ideia. “A universidade não deve buscar apenas mentes tentando resolver problemas, mas também buscar aquelas que nos mostrem vários caminhos em como não resolver. Já dizia Thomas Edison, ‘eu não falhei, eu encontrei 10.000 maneiras que não funcionam’. Devemos acreditar em nós mesmos. Confie no seu potencial, olha onde eu cheguei”, declarou.

Antes do Nobel, a importância da iniciação científica no currículo acadêmico

Quando alunos da UNIVALE, Ariana e Gabriel foram bolsistas em projetos de iniciação científica. Para a diretora de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação da UNIVALE, professora Elaine Pitanga, a participação dos egressos no Diálogo Nobel é um reconhecimento internacional à qualidade da formação acadêmica proporcionada pela instituição, e demonstra a importância de que o estudante busque se destacar não apenas no ensino, mas em todas as oportunidades que a universidade oferece também em pesquisa, estágios e atividades de extensão, construindo um currículo capaz de abrir grandes oportunidades.

“A Ariana e o Gabriel já tinham participado do Diálogo Nobel de forma remota, e agora participaram presencialmente. E isso tudo aconteceu pelo mérito deles, mas também porque eles fizeram iniciação científica. Eles foram bolsistas e também fizeram intercâmbio e participaram de congressos internacionais. A UNIVALE dá essa importância para atividades de pesquisa, inclusive com bolsas remuneradas, e a formação deles na pesquisa contribuiu para que eles estivessem no evento do Nobel. Quando eles foram escolhidos para participar, os currículos deles foram analisados, com todos esses diferenciais. Os alunos têm que aproveitar essas oportunidades, porque tudo isso conta pontos e o compromisso da UNIVALE é oferecer uma formação completa”, enfatizou Elaine.

Mais imagens do Diálogo Nobel:

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