Sumário
Na última década, o avanço tecnológico e a expansão da internet trouxeram significativas mudanças para a sociedade. Com isso, as estruturas de ensino também precisaram ser revistas para se adaptarem ao novo advento da tecnologia e para suprirem as novas necessidades sociais. Por isso, em 2017, o Governo Federal estipulou diretrizes para Ensino Médio brasileiro, que ficaram conhecidas como o Novo Ensino Médio e que devem ser consolidadas em todo território nacional até 2022.
Esse é um assunto que tem causado muitas dúvidas para os estudantes, pais e até mesmo para os profissionais da educação. Por esse motivo, no artigo de hoje falaremos detalhadamente sobre o Novo Ensino Médio, o que ele é e como irá funcionar. Confira!
Em 2017, por meio da Lei nº 13.415/2017, foram estabelecidas novas diretrizes para o Ensino Médio no Brasil. A mudança começa pela carga horária, que passa de 800 horas anuais para 1.000 horas, e as escolas deverão se adaptar até o próximo ano.
O Novo Ensino Médio surgiu com a necessidade de se criar um ensino que dialogue com a realidade atual e que prepare o estudante para enfrentar os desafios do dia a dia.
Além da mudança da carga horária, o Novo Ensino Médio também define um novo currículo, mais flexível e assume uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC), estabelecendo um núcleo comum obrigatório para todas as escolas do país.
A nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um conjunto de orientações para direcionar e unificar o ensino brasileiro, tanto da rede pública quanto da privada. A BNCC tem como objetivo garantir ao estudante aprendizagens comuns e obrigatórias, para que o aluno saia do Ensino Médio mais preparado para o mundo do trabalho e para exercer o seu papel de cidadão.
A BNCC é organizada em quatro áreas do conhecimento: Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Matemática e Linguagens, permanecendo apenas português e matemática como disciplinas obrigatórias durante os três anos do Ensino Médio.
O Novo Ensino Médio funcionará da seguinte forma: 60% da grade curricular deve ser composta pelas diretrizes estipuladas pela BNCC — como dissemos, português e matemática continuam sendo obrigatórias em todos os anos — e o restante ficará reservado para uma área específica, os chamados itinerários formativos.
O estudante começará seu itinerário formativo no primeiro ano do Ensino Médio. Com isso, todas as escolas deverão oferecer disciplinas e competências relacionadas à Língua Portuguesa, História, Matemática, Física, Geografia, Química, Biologia, Artes, Educação Física, Inglês, Filosofia e Sociologia.
O estudante deverá cumprir 1.800 horas, durante os três anos, para concluir esse percurso. A intenção é trabalhar mais a interdisciplinaridade, onde os alunos poderão transitar pelas diferentes áreas do conhecimento, de acordo com suas aptidões. Além disso, esse novo modelo prevê aulas menos expositivas e mais interativas, no qual os professores deverão trabalhar mais projetos em sala de aula, oficinas e atividades que estimulem a participação do estudante.
Para atender à nova legislação até 2022, as escolas deverão criar espaços que promovam o diálogo com os estudantes para que eles possam avaliar e escolher o melhor caminho que desejam trilhar em suas vidas.
É preciso ressaltar que as escolas terão autonomia para definir quais itinerários formativos ofertar, com base em cada realidade. Além disso, as escolas que oferecem formação técnica e profissional poderão ofertar seus cursos como proposta de itinerário formativo dentro da proposta do novo Ensino Médio.
Portanto, o Novo Ensino Médio irá impactar toda a estrutura de ensino nacional, trazendo grandes desafios para as escolas e gestores da educação. E é fundamental que os profissionais se preparem para essa nova realidade e sejam capazes de oferecer um ensino de qualidade, que traga bons frutos para a sociedade brasileira.
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