Sob aplausos para celebrar a arte, a identidade e a memória, a Orquestra Filarmônica UNIVALE de Governador Valadares apresentou na noite de quinta-feira (5) o concerto “Música e território, uma abordagem histórica”. A apresentação no centro cultural Doutor Hermírio Gomes da Silva marca a nova fase da Orquestra, que após nove anos desde sua criação passa a se vincular à universidade para contar com os cuidados e com o apoio institucional da UNIVALE e sua mantenedora, a Fundação Percival Farquhar (FPF).
O repertório exibido pela Orquestra Filarmônica incluiu obras eruditas, dos períodos de concertos em salões e palácios da aristocracia, mas também executadas em ambientes populares, como ruas, cafés e vilas. Além de peças de compositores consagrados, como Johann Sebastian Bach, Ludwig van Beethoven e Wolfgang Amadeus Mozart, a Orquestra apresentou peças de trilhas sonoras de filmes como Guerra nas Estrelas, Perfume de Mulher e A Bela e a Fera, e do seriado Game of Thrones, contemplando autores como John Williams, Hans Zimmer e Ennio Morricone. Para encerrar a apresentação, uma composição do paraibano Severino Dias de Oliveira, o Sivuca.
“A música, no cinema ou erudita, cria em nós uma memória duradoura. A música emociona, atravessa séculos e lugares em suas mais diversas formas e estilos. Hoje a música preenche este território em que nós nos encontramos, reunindo crianças, jovens e adultos em uma oportunidade única para nos conectarmos através das emoções geradas pelas notas musicais”, afirmou o diretor artístico e violinista da Orquestra Filarmônica, Leandro Tomaz.
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Parceria entre UNIVALE e Orquestra
O presidente da FPF, Rômulo César Leite Coelho, considera que a parceria entre as instituições reafirma o compromisso da universidade com arte, cultura e desenvolvimento humano, fortalecendo os laços da UNIVALE com a comunidade e ampliando o acesso às experiências transformadoras, como a música de concerto.
“Esta parceria reforça o caráter comunitário e filantrópico da FPF e da UNIVALE. Como tenho dito, a universidade cumpre o importante papel de cuidar da comunidade. A Orquestra Filarmônica é um patrimônio da nossa gente que precisava ser abraçado, e é exatamente isso que a UNIVALE está fazendo. Essa é também uma oportunidade singular de fomentar a arte e a cultura”, declarou o presidente da FPF.
Representando a reitora, a professora Lissandra Lopes Coelho Rocha, a pró-reitora acadêmica, professora Adriana de Oliveira Leite Coelho, destacou o papel da Câmara de Comunicação e Visibilidade do mestrado em Gestão Integrada do Território (GIT), que elaborou o tema “Música e território, uma abordagem histórica” em conjunto com a Orquestra Filarmônica.
“Trazer a música para o mestrado amplia o alcance das pesquisas do programa e reafirma o compromisso do GIT em democratizar o acesso ao conhecimento, transformando resultados acadêmicos em experiências sensoriais que tocam o coração e inspiram a reflexão coletiva. Cada acorde ouvido neste espaço serve também de ponte entre a universidade e a comunidade, entre a teoria que produzimos nas salas de aula e a prática artística que acolhemos neste palco”, observou Adriana.
Coordenador da Câmara de Comunicação e Visibilidade do GIT, o professor Franco Dani revela que a iniciativa de unir música e pesquisa acadêmica foi proposta por uma mestranda que também é integrante da Orquestra, Roberta Lima. Franco salienta que a apresentação de quinta-feira foi apenas a primeira, e novos concertos ainda serão agendados.
“A gente começou a conversar, inicialmente, sobre uma proposta para uma série de concertos, e surgiu a ideia de aliar a música com o território. O repertório foi preparado pensando em multiterritorialidades. Fizemos esse diálogo entre música e território, e o resultado é essa série de concertos, inicialmente com um grupo de cordas, e posteriormente com outras configurações”, explicou Franco.