A 3ª Jornada Acadêmica das Engenharias da Univale e o 7º Encontro de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, realizados de forma conjunta no campus II da universidade, terminaram na sexta-feira (18). Coordenador do curso de Engenharia Civil e Ambiental da Univale, o professor Hernani Santana destaca que as propostas para recuperação do rio Doce foram discutidas com vários atores da sociedade civil, incluindo o meio acadêmico, poder público e usuários das águas da bacia hidrográfica.
Durante os três dias de Jornada Acadêmica e do Encontro de Integração, os debates incluíram temas como preservação e gestão das águas, e a melhoria da qualidade e da quantidade da água no rio Doce, sete anos após o rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco, em Mariana.
“As soluções para a tragédia do rompimento da barragem passam pelo crivo das engenharias, isso é fato. Mas o projeto só de engenharia não resolve. Então, esse encontro da Jornada Acadêmica, que conversa com diversos profissionais e diversas áreas das engenharias, com diversas propostas e projetos, eles conversam juntamente e paralelamente com o Encontro de Integração, com os conselheiros dos comitês de bacias, para apresentar e para ouvir propostas. Então a gente consegue trabalhar a questão acadêmica e a questão extramuro, que é levar isso para a comunidade”, afirmou Hernani.
Para o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH-Doce), Flamínio Guerra Guimarães, a recuperação das águas tem ocorrido de forma lenta e progressiva. Ele destaca ainda que a bacia tem uma área de abrangência similar a de alguns países, com 228 municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo, e que é importante reunir todos os atores envolvidos para discutir um plano integrado de recuperação e gestão das águas.
“O processo é lento, todos nós sabemos que é lento e é progressivo. Mas que a gente já saiu um pouco daquela tragédia. Por exemplo, na qualidade da água. Hoje, a água do rio Doce está totalmente apta para ser captada, tratada e fornecida à população. Só que nós temos problemas, como o rejeito, que ainda se encontra na calha. A gente vê com preocupação, a gente está disposto a conversar sobre isso. O comitê hoje tem uma expertise. Nós somos 700 conselheiros, atores que conhecem cada cantinho da bacia, o que dá para fazer em cada lugar. A gente está com as portas abertas para trabalhar em conjunto, de forma sinérgica, para entregar os produtos de forma mais rápida e com eficiência melhor”, declarou Flamínio.
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