Presente em 11 estações ao longo da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, sendo uma delas em Governador Valadares, o novo Sistema de Alerta Hidrológico permite uma previsão mais rápida de cheias, garantindo uma resposta mais rápida a enchentes. As melhorias no sistema foram apresentadas no Seminário do Sistema de Previsão de Vazões e Níveis da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, realizado na noite de segunda-feira (19), no campus II da UNIVALE.
O novo sistema de alertas a enchentes recebeu investimentos de R$ 1,3 milhão do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH Doce), organizadora do Seminário. A previsão de enchentes se baseia no nível de chuvas e, conforme o presidente do CBH Doce, José Carlos Loss, a antecedência de mobilização para cheias era de até 24 horas, mas agora pode chegar até a 15 dias, e um número maior de municípios passa a ser atendido pelo sistema.
Citando o exemplo da tragédia climática do Rio Grande do Sul no primeiro semestre, Loss explica que a melhoria no sistema de alertas a enchentes aumenta o tempo que Defesa Civil, prefeituras e a população podem se preparar para reduzir os impactos das águas.
“Hoje a informação de cheia muitas vezes é em um tempo muito curto e as pessoas não têm tempo de se programarem, causando muito prejuízo. As pessoas perdem casas, porque não dá tempo de se organizar para se proteger. Agora os dados de chuva são transformados em vazão e em quanto tempo isso chega às cidades, melhorando demais a informação para programar a ajuda à população”, afirmou o presidente do CBH Doce.
Um dos participantes do seminário de apresentação do novo sistema de alertas foi Hernani Santana, que é presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Suaçuí (CBH Suaçuí), além de coordenador do curso de Engenharia Civil e Ambiental da UNIVALE. O docente considera que o sistema favorece a comunicação de risco, que pode evitar prejuízos econômicos e sociais, e também salvar vidas.
“Discutir o comportamento hídrico do Rio Doce é importante não só para Valadares, mas para todos os municípios de Minas e do Espírito Santo que compõem a Bacia Hidrográfica. Esse seminário é marcado pela apresentação de dados tão buscados e esperados não só pela comunidade acadêmica, mas também pelas comunidades ribeirinhas. Porque é através desses dados que se faz toda a gestão hídrica do Rio Doce. A gente tem como trabalhar com antecedência os desastres naturais, que infelizmente estão ocorrendo cada vez mais em nossos territórios”, declarou.
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