Sumário
Está de volta o Pint of Science, maior festival de divulgação científica fora dos ambientes acadêmicos. Presente em 27 países, em 2025 a versão brasileira do festival acontece simultaneamente entre os dias 19 e 21 de maio, em 169 cidades. Em Governador Valadares, o Pint chega à sétima edição, sempre sob organização da UNIVALE. Na noite de abertura, as palestras tiveram os temas “Ozempic: quando a ciência pesa na balança – explorando usos e abusos” e “Convivendo com o risco: uma conversa sobre a saúde e ambiente na Bacia do Rio Doce”.
Em Valadares, a edição de 2025 do festival faz uma homenagem ao cinema e à premiação do Oscar, com o tema “A Ciência ainda está aqui”, como demonstra a decoração da Arena Praia GV, ao lado da Açucareira, que neste ano recebe as três noites do Pint of Science.
“O Pint tem uma dinâmica completamente diferente. A ideia é trazer a ciência dos laboratórios para a comunidade, de uma forma leve, descontraída e humana. A linguagem é acessível, não é a linguagem técnica dos laboratórios e dos artigos científicos. O objetivo é democratizar a ciência, de uma forma leve”, explicou a coordenadora local do Pint of Science, a pró-reitora acadêmica da UNIVALE, professora Adriana de Oliveira Leite Coelho.
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As noites do Pint of Science, sempre a partir de 19h, trazem os debates sobre as palestras, e também música ao vivo e sorteio de brindes. “Faz parte da nossa missão compartilhar o conhecimento que a gente tem dentro da universidade. O ato de realizar o Pint of Science é a grande oportunidade de desmistificar aquela linguagem tão científica, e trazer as pesquisas que a gente desenvolve na universidade para o dia a dia da comunidade. É conversar sobre ciência de forma leve e descontraída, no bar”, comentou a reitora da UNIVALE, professora Lissandra Lopes Coelho Rocha.
Primeira noite de Pint of Science: uso correto do Ozempic e relação entre saúde e ambiente na Bacia do Rio Doce
A primeira palestra do Pint of Science 2025 em GV discutiu o uso correto do Ozempic, medicamento para controle de glicose que comumente é utilizado para emagrecimento. A palestra foi ministrada pela coordenadora dos cursos de Biomedicina e de Estética e Cosmética, professora Lidiane Meire Kohler, e pelo coordenador do curso de Educação Física, professor Keveenrick Ferreira Costa.

“Pensando nas aplicações clínicas, é um medicamento criado para quem tem diabetes tipo dois. O Ozempic foi criado para tratar esse tipo de doença, e hoje existe uma visão distorcida do medicamento. O que era para o tratamento de doença vem sendo cada vez mais utilizado como potencializador da perda de peso, e muitas vezes substituindo um estilo de vida saudável, com prática de exercícios ou dieta”, afirmou Keveenrick. “O Ozempic não é um grande vilão, ajuda a controlar os níveis de glicose no sangue, melhora o metabolismo e reduz as complicações associadas à diabetes. Tem um impacto excepcional na qualidade de vida do paciente”, acrescentou Lidiane.
Para a palestra seguinte, sobre os riscos que existem na relação entre saúde e ambiente na Bacia do Rio Doce, subiu ao palco uma equipe multidisciplinar, com professores de diversas áreas e alunas do mestrado em Gestão Integrada do Território (GIT). “É uma conversa sobre os riscos que a gente experimenta, vivendo na Bacia do Rio Doce. É um time grande, para conversar sobre vários tipos de risco. Os riscos associados à biodiversidade, riscos à nossa saúde, e riscos mesmo à integridade da bacia como um todo”, disse a professora Renata Campos, do GIT.

Além dela, compuseram a equipe: Mônica Valadares Martins, Zara Alves Lacerda, Hernani Santana, Samila Leles, Sheila Soares, Eunice Nodari, Cathia Rachell Alves, e Daniella Vasconcelos. “A poluição mata muitos animais, muitos insetos, muitos peixes e muitos mamíferos. Isso causa um desequilíbrio muito grande em toda a cadeia alimentar, com a possibilidade do surgimento de vetores, que podem ser insetos, mas também podem ser pequenos animais, como os roedores, tão comuns em nossa região. A gente tem o surgimento de zoonoses com a articulação de animais que não são do nosso convívio”, afirmou a professora Zara, do curso de Medicina Veterinária, ao abordar o envolvimento entre ambiente, animais e seres humanos.
Programação das outras duas noites do Pint of Science
A sequência do Pint, na terça-feira (20), traz as palestras “Era uma vez no trabalho: memes em cena”, com os docentes Cristiane Mendes Netto e Franco Dani Araújo e Pinho; e “A Cuca fez o Sítio do Pica-Pau Amarelo desaparecer”, com os palestrantes Mauro Guariente, Letícia Bechara Silva, e Bertila Maria Campos Carvalho.
Para o encerramento do festival, na quarta-feira (21), a palestra “O Julgamento da Inteligência Artificial: os sete pecados capitais digitais no banco dos réus” será apresentada por André Rodrigues Santos, Haruf Salmen Espindola, Felipe Miranda, Lorena Silva Vitório Almeida Araújo, Fernanda Teixeira Saches Procópio, Thiago Cardoso de Castro, Denise Rodrigues Alves, Erilan Gomes Guimarães, Vinícius Sampaio da Costa, e Delcimara Ferreira. A última apresentação do Pint of Science 2025 em Valadares será “Verdade do campo, mitos da web: o que (não) te contam sobre os alimentos que você consome”, com as palestrantes Janaína Gonçalves Gomes, Mariana de Souza Farias e Monique Ellen Torres Resende.
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