A UNIVALE realizou um mutirão de coleta de biópsias em pacientes com lesões suspeitas de câncer de boca. A ação da Liga Acadêmica de Cirurgia Bucomaxilofacial, do curso de Odontologia, foi uma maneira de desafogar os atendimentos no município e acelerar os diagnósticos.
Outro objetivo do mutirão de coleta de biópsias foi a conscientização da comunidade sobre a prevenção da doença. A auxiliar de serviços gerais Maria Eloiza veio à Clínica Odontológica da UNIVALE por conta de uma pequena ferida na língua, que não doía e nem incomodava, mas foram necessários três anos de insistência de amigos para que ela procurasse um dentista para tratar a lesão. “Eu vi um carocinho e uma colega minha disse: ‘isso é uma mordida, você deve ter mordido sem ver’. Eu tenho um problema na boca, de prótese, que eu tirei. Apareceu um caroço, eu fui ao posto e eles me encaminharam para aqui”, relatou Maria Eloiza.
O mutirão é uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, que encaminhou pacientes para a Clínica Odontológica da UNIVALE para acelerar o diagnóstico. A análise das amostras coletadas acontecerá em um laboratório da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no município paulista de Piracicaba, conforme explica o professor Dênis Reis.
“Estamos fazendo as biópsias, as coletas das lesões que foram diagnosticadas pelos cirurgiões-dentistas da rede pública de saúde. Esse material será encaminhado para a unidade de análise da Unicamp, lá em Piracicaba, que é uma faculdade que a gente tem parceria. Esse material será analisado lá e, quando os diagnósticos estiverem disponíveis, vamos chamar os pacientes de volta, para que eles recebam esse diagnóstico”, afirmou Dênis.
Para os estudantes que integram a Liga Acadêmica, a coleta de biópsias foi uma oportunidade prática de ampliar os conhecimentos. O aluno Lucas Vieira acredita que esse tipo de experiência será um diferencial na carreira dos futuros profissionais formados pela UNIVALE. “Esse contato é muito bacana, porque isso integra muito a nossa profissão. A gente vai sair mais bem preparado para o mercado de trabalho, e a gente devolve para o paciente uma segurança. Nós avaliamos essas lesões e conseguimos integrar isso ao nosso ensino”, disse Lucas.
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