Sumário
Por Isabela de Andrade Damacena, aluna do 4° período de Jornalismo
Na última semana, o campus II da UNIVALE sediou um grande evento: a primeira palestra para colaboradores que são pessoas com deficiência (PCDs). No encontro promovido pelo Departamento de Desenvolvimento Humano, em colaboração com o Espaço de Apoio ao Aluno (Espaço A3), as professoras e psicólogas da instituição trouxeram à tona discussões essenciais sobre inclusão e acessibilidade.
O evento, que inicialmente visava destacar a importância de estratégias inclusivas no ambiente de trabalho, transformou-se em uma roda de conversa especial. Os colaboradores, ao se sentirem acolhidos pelas profissionais, compartilharam experiências e momentos significativos de suas vidas como pessoas com deficiência.
Esses relatos não apenas enriqueceram o diálogo, mas também demonstraram a importância de criar um ambiente empático e receptivo para todos os membros da comunidade acadêmica.
A palestra, além de ser um marco inicial, reforçou a necessidade de esforços contínuos e colaborativos para construir um espaço verdadeiramente equitativo e acessível para todos os colaboradores da UNIVALE.
Vamos mergulhar na jornada desta iniciativa, desde os bastidores da organização do evento até as reflexões e opiniões expressas pelos participantes no grande dia. São momentos únicos como esses que não devem passar despercebidos, pois revelam não apenas a importância da organização, mas também a riqueza das experiências compartilhadas durante esse encontro significativo.
A busca por uma sociedade mais inclusiva e equitativa tem promovido discussões essenciais em torno da acessibilidade e do acolhimento de pessoas com deficiência. Nesse contexto, iniciativas como a palestra promovida pelo Espaço A3 têm se tornado momentos vitais para o diálogo e a conscientização.
Adelice Bicalho, professora, psicóloga e pedagoga, detalhou a organização da palestra. Ela destacou a parceria entre o Espaço A3 e o Departamento de Desenvolvimento Humano na preparação do evento. O foco principal foi garantir não apenas um conteúdo inclusivo, mas também um ambiente fisicamente acessível a todos os participantes.
Durante a entrevista, Adelice enfatizou a importância dada à acessibilidade no local do evento. Ela mencionou a adaptação na comunicação para atender às necessidades específicas dos participantes, como a consideração especial para pessoas com deficiência auditiva.
Luana Dias Barreiros, psicóloga educacional do Serviço de Inclusão, compartilhou a mensagem central da palestra sobre PCDs. Destacou que o encontro busca estabelecer um diálogo aberto com os colaboradores da instituição, reforçando a importância do canal de comunicação já aberto há muito tempo pela UNIVALE.
O objetivo dela com relação ao evento é que os colaboradores reconheçam a valorização de seus trabalhos, promovendo assim um ambiente propício ao diálogo, visto como benéfico para todos.
As organizadoras do evento também foram as palestrantes, compartilhando não apenas os planos da instituição para contribuir com a acessibilidade dos colaboradores, mas também demonstrando empatia ao transformar a palestra em uma roda de conversa. Elas acolheram os convidados com suas histórias e ofereceram sugestões para a UNIVALE.
Além da organização, Adelice ressaltou a mensagem central transmitida durante a palestra. A principal ênfase foi nas potencialidades individuais de cada pessoa, independentemente das limitações. A palestra abordou os desafios enfrentados no âmbito da acessibilidade física, arquitetônica e atitudinal.
Adelice expressou a necessidade de combater a discriminação ainda presente na sociedade e destacou o papel das empresas em investir em adequações e valorizar a mão de obra de colaboradores PCDs.
Luana finaliza enfatizando a importância do evento, visando estabelecer um diálogo aberto com os colaboradores da instituição. Ela também destaca que o canal de comunicação está aberto há muito tempo pela UNIVALE e reforçou a valorização do trabalho dos colaboradores como motivação para a realização do evento.
Diante dos esforços das organizadoras, decidimos também ouvir um dos colaboradores que esteve presente na palestra e compartilhou momentos únicos de sua vida como uma pessoa com deficiência.
Marcos Coelho, auxiliar de Agronomia na Fazenda Experimental, compartilhou sua perspectiva sobre a palestra. Ele expressou que o ponto mais impactante foi a discussão sobre o plano de inclusão, não apenas para pessoas sem dificuldades motoras, mas especialmente para cadeirantes. Ele enfatizou a importância de melhorar o dia a dia dessas pessoas, tornando o ambiente mais acessível.
Quando questionado sobre medidas que a UNIVALE poderia adotar para melhorar a acessibilidade, ele sugeriu que o elevador, se possível, fosse consertado. Marcos destacou que isso ajudaria estudantes como Sarah, aluna de Psicologia e PCD, permitindo que ela frequentasse aulas em diferentes andares sem depender de auxílio dos professores.
Sobre suas próprias dificuldades na UNIVALE ou na sociedade em geral, Marcos agradeceu por não enfrentar muitos problemas na instituição, mas compartilhou uma experiência anterior em Porto Seguro, Bahia. Ele mencionou a falta de rampas acessíveis, apesar da alegação da prefeitura de que existiam muitas, o que tornava a locomoção complicada.
Quanto à maior barreira para a inclusão, Marcos enfatizou a necessidade de mais autonomia para pessoas com deficiência, destacando a importância de melhorias estruturais, como rampas, para que essas pessoas possam se locomover de forma independente.
Diante de todos esses relatos, torna-se evidente o compromisso da instituição em tornar o campus mais acessível para alunos e colaboradores. Em nome da UNIVALE, expressamos nosso profundo agradecimento às psicólogas Luana, Adelice e Karine. Graças a indivíduos como vocês, somos capazes de fazer a diferença e transformar o mundo em um lugar mais inclusivo e melhor para todos!
Nós, da UNIVALE, gostaríamos de convidar você, aluno desta instituição, a conhecer o Espaço A3, o condutor desse movimento e setor responsável por auxiliar nossos discentes a concluir a jornada acadêmica com as melhores experiências.
A jornada rumo à igualdade e inclusão requer o empoderamento de todos. Diante do conhecimento e da compreensão dos nossos direitos, cada um de nós tem o poder de transformar a sociedade.
É hora de desafiar os estigmas, reivindicar seus direitos e promover um ambiente mais acolhedor e inclusivo para todos. Juntos, podemos construir uma sociedade onde a diversidade seja valorizada e todos tenham espaço para brilhar!
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