Por: Natalia Lima Amaral
Os alunos do curso de Psicologia da UNIVALE, conveniados com o Tribunal de Justiça, realizam um projeto que oferece atendimentos a mulheres vítimas de violência doméstica. Segundo a professora do curso de Psicologia, Tandrécia Cristina de Oliveira, os Cejusc (Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania) são responsáveis por encaminhar para a UNIVALE os processos passados pela vara criminal, que identifica a violência doméstica e os envolvidos.
A partir dos dados coletados nos processos, os alunos do 9º e 10º período, que participam do estágio, entram em contato com as mulheres, vítimas de violência doméstica, e realizam os atendimentos individuais, específicos da área de psicologia jurídica. Eles são realizados com a supervisão da professora Tandrécia, uma ou mais vezes por semana, de acordo com a necessidade dos usuários do serviço.
O acompanhamento feito pelos alunos dura, em média, de 6 meses a 1 ano e após esse período, é elaborado um relatório que é encaminhado para a Justiça. Esse estágio jurídico tem um leque amplo de atuação junto ao convênio com o TJ. Durante dois períodos da graduação, os alunos aprendem a trabalhar de forma interdisciplinar por meio de outras áreas do conhecimento. A professora Tandrécia diz:
"É uma área que cresce muito dentro do sistema judiciário como um todo, tendo um campo bem produtivo para o psicólogo"
O estágio de psicologia jurídica também atende pessoas que sofreram violência física e sexual, além de prestarem amparo àqueles que sofreram com o óbito recente de algum familiar, no próprio IML (Instituto Médico Legal). Antes da pandemia, os alunos também faziam acompanhamentos no sistema prisional por meio das mulheres da APAC GV (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados), mas a atividade precisou ser suspensa.
Poliana Rodrigues de Paula, do 10º período, contou sobre algumas de suas experiências com o estágio, onde realizou atendimentos tanto no SPA (Serviço de Psicologia Aplicada) da UNIVALE quanto no IML.
“Foi muito bom ter esse conhecimento. No IML tive alguns atendimentos e o médico legista foi muito solícito em me ajudar com aspectos não só da psicologia, quanto outras áreas relacionadas aos pacientes. Tive acesso a laudos, a entender algumas medicações e para que elas servem, dentre a elaboração de outros documentos necessários para devolutivo para o juiz. Acho que é de super valia esse estágio na grade curricular do profissional psicólogo e para mim foi um encanto. Eu já tinha muito interesse na área e o estágio só veio para acrescentar nisso”
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