Sumário
Por: Natalia Lima Amaral
Com o objetivo de debater e propor novas diretrizes para a elaboração e realização de projetos de pesquisa, bem como a gestão e a divulgação de resultados, o Parque Estadual do Rio Doce (PERD) sediou o III Seminário de Pesquisas Integradas do PERD e o Workshop de Elaboração do Plano de Pesquisa. Os eventos foram organizados em conjunto por várias instituições, como o Instituto Ekos Brasil, o Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF) e o grupo de pesquisadores Unidos pelo PERD.
Professora do Mestrado em Gestão Integrada do Território (GIT) da UNIVALE e coordenadora do Laboratório Cidadão de Ecologia do Adoecimento e Saúde dos Territórios (Leas), Renata Campos foi convidada para participar do workshop e marcou presença nas atividades.
“Enquanto pesquisadora e conselheira do Parque, representando a UNIVALE no conselho consultivo, participei no desenvolvimento de pesquisas no PERD. Durante o workshop, contribuímos nas discussões e nas construções coletivas que darão origem ao plano de pesquisa, além de abordar aspectos da ciência cidadã. Só que eu oriento no Parque já vão quase 10 anos, e, de lá para cá, o programa de mestrado GIT produziu várias dissertações sobre o PERD. Atualmente, desenvolvemos um projeto sobre os conflitos na região de inserção do Parque, e no próximo ano começaremos mais um projeto de pesquisa aqui também, coordenado por professores do GIT”, ressaltou Renata.
Durante os dias 24, 25 e 26 de outubro (terça, quarta e quinta-feira), diversos pesquisadores participaram do Workshop, e no dia 27 (sexta-feira) aconteceu o III Seminário de Pesquisas Integradas do PERD. Durante o Workshop, um grupo de 25 pessoas ligadas direta e indiretamente às pesquisas no parque debateu e propôs possíveis diretrizes para a gestão das produções científicas e das principais lacunas de conhecimento referentes aos estudos desenvolvidos no território e no entorno do PERD.
Já o seminário acontece anualmente e esta 3ª edição contou com a presença de diversos parceiros de pesquisadores, empresas de fomento, municípios do entorno e os próprios funcionários do Parque.
O Workshop de Elaboração de Plano de Pesquisas contou também com palestras de pesquisadores que possuem trabalhos dedicados ao PERD, voltadas para a metodologia desenvolvida pela equipe que atua no Termo de Parceria nº. 51/2021 IEF-Instituto Ekos Brasil, de maneira colaborativa e instrutiva, baseando-se no Roteiro para Elaboração e Revisão de Planos de Pesquisa e Gestão da Informação de Unidades de Conservação do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), publicado em 2021.
“É muito interessante que esse é o primeiro plano de pesquisa construído de modo participativo, então o PERD se mostra pioneiro em muitas coisas. Além dele ser o primeiro parque estadual de Minas Gerais, ele também foi o primeiro que instituiu um conselho consultivo. Recentemente, nesta mesma semana, foi aprovado o novo plano de manejo do Parque e agora está sendo construído o plano de pesquisa. Então, é uma construção nova que esperamos que inspire outras unidades de conservação”, ressaltou Renata.
A professora Renata também explicou que o plano de manejo de uma unidade de conservação é um documento que estabelece normas e restrições da unidade de conservação, como uma espécie de estatuto do Parque. “Todas as unidades de conservação devem ter um plano de manejo, sobretudo as unidades de conservação de proteção integral, como é o caso do Parque Estadual do Rio Doce”, ressaltou.
Já o plano de pesquisa atua como um desdobramento do plano de manejo, que especifica aspectos particulares da organização e do funcionamento do Parque no que diz respeito às pesquisas científicas. “O plano de pesquisa, que foi nosso principal tópico de discussão no Workshop, é responsável por especificar as demandas, as orientações e as boas práticas. O PERD, enquanto uma unidade de conservação, tem como finalidade preservar a biodiversidade, as pesquisas, a educação ambiental e o turismo ecológico. Por isso, se faz tão importante momentos como esse”, comentou Renata.
O Parque Estadual do Rio Doce (PERD) é situado nos municípios abrangentes de Dionísio, Marliéria e Timóteo, possuindo uma área de mais de 35 mil hectares de bioma de Mata Atlântica, considerada a maior área contínua preservada no estado de Minas Gerais. Tornou-se parque oficialmente em 1944 e possui uma grande biodiversidade, com árvores centenárias, sendo a primeira unidade de Minas e uma das primeiras do país.
O PERD possui diversas atividades e atrativos para a comunidade, como trilhas, áreas de camping e muito mais. Na página oficial do Parque, é possível acessar os valores e outras informações necessárias.
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