Sumário
No último sábado, o Brasil comemorou o Dia Oficial do Medicamento Genérico. Desde o ano de 1999 foi permitida por lei, no dia 10 de fevereiro, a venda de medicamentos por qualquer laboratório.
Você sabe por que essa lei é tão importante? Vamos explicar mais a fundo no decorrer do texto, mas para introduzir, o medicamento genérico é uma opção 90% mais barata do que os remédios chamados de “medicamentos originais”, facilitando a compra para a população de baixa renda que necessita do consumo constante de um tipo de remédio.
Além disso, com a criação dessa lei, outros projetos, como a Farmácia Popular, por exemplo, puderam ser desenvolvidos, facilitando a distribuição de remédios através do SUS (Sistema Único de Saúde).
Continue lendo para entender mais sobre os medicamentos genéricos e seus benefícios nos dias de hoje!
Mas afinal, você sabe o que é um medicamento genérico e por que existe uma data para comemorar o seu uso no Brasil? Caso não saiba, fique tranquilo que explicaremos tudo para você.
Um medicamento genérico é um medicamento que contém a mesma substância ativa de um medicamento de marca, possui a mesma dose, forma farmacêutica, via de administração, indicação terapêutica, eficácia e segurança.
O medicamento genérico é uma opção mais barata em relação ao medicamento de marca, pois os fabricantes não precisam investir em pesquisa e desenvolvimento, além de não precisarem gastar com marketing e publicidade.
A data de comemoração do Dia Oficial do Medicamento Genérico, em 20 de maio, tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância do uso desses medicamentos e destacar os benefícios que eles oferecem, como a redução de custos com saúde e a acessibilidade a tratamentos de qualidade para toda a população.
É importante ressaltar que os medicamentos genéricos devem ser adquiridos em estabelecimentos confiáveis e registrados pelos órgãos regulatórios, como a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), para garantir a qualidade e eficácia do tratamento.
Graças à Lei dos Genéricos, que permitiu a produção e comercialização desses medicamentos no Brasil, atualmente cerca de 50% de todos os medicamentos de referência já possuem versões genéricas.
Além disso, é válido lembrar que as farmácias e drogarias são obrigadas por lei a manter uma lista atualizada dos medicamentos genéricos disponíveis em local de fácil leitura para o consumidor, garantindo assim a transparência e facilitando a escolha consciente do medicamento.
Mas afinal, existe de fato alguma diferença entre o medicamento genérico e o chamado ‘medicamento original’? É isso que vamos explicar para você agora.
O aluno Josimar Leonardo da Silva, do curso de Farmácia, explica que “o medicamento de referência é o primeiro desenvolvido por um laboratório, que teve todos os custos com pesquisa e testes, por isso detém a patente dele por um período. A restrição na produção faz com que ele seja mais caro, já que apenas um laboratório o produz e determina o preço. Após a quebra da patente, outros laboratórios podem produzi-lo, e aí vale a lei de mercado”.
Ele conclui explicando que a patente dura 20 anos, então apenas depois desse prazo que o medicamento pode ser fabricado por outros laboratórios para, assim, ser vendido como genérico.
Os medicamentos genéricos foram desenvolvidos nos Estados Unidos, porém apenas em 1999, no governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso, a lei foi sancionada no Brasil como uma tentativa de aumentar a concorrência no mercado farmacêutico brasileiro e reduzir preços, para tornar os medicamentos mais acessíveis à população.
A lei permitiu que qualquer laboratório pudesse produzir medicamentos genéricos, desde que tivessem a mesma composição e qualidade que os medicamentos de referência (os de marca). A ideia era incentivar a competição entre os fabricantes e, assim, reduzir os preços dos medicamentos.
Além disso, a lei também estabeleceu regras para a comercialização desses medicamentos, como a obrigatoriedade da prescrição médica com o nome do princípio ativo, a identificação dos medicamentos genéricos por uma tarja amarela na embalagem e a realização de testes e comprovações de qualidade pelos fabricantes.
Agora que sabemos mais sobre os medicamentos genéricos, que tal descobrir se o seu estado está no Top 3 de regiões que mais consomem e compram medicamentos genéricos no Brasil? Veja a seguir!
Os medicamentos genéricos representaram cerca de 33% do mercado farmacêutico no Rio Grande do Sul em 2020. Entre as classes terapêuticas mais consumidas estão os medicamentos para tratar hipertensão, diabetes, dislipidemia, anti-inflamatórios e analgésicos.
A utilização de medicamentos genéricos no Rio Grande do Sul e em outros estados brasileiros é incentivada por programas de saúde pública, como o Programa Farmácia Popular, que oferece medicamentos gratuitos ou com preços mais acessíveis para a população.
Em 2020, os medicamentos genéricos representaram cerca de 34% do mercado farmacêutico em Minas Gerais. Os remédios mais consumidos também são os medicamentos para tratamento de hipertensão, diabetes, dislipidemia, além de anti-inflamatórios e analgésicos.
O incentivo ao uso de medicamentos genéricos em Minas Gerais vem ocorrendo através de programas de saúde pública, como o Programa Farmácia de Minas, que oferece medicamentos gratuitos ou com preços mais acessíveis à população.
Em 2020, os genéricos representaram 37,3% do mercado farmacêutico do estado, de acordo com dados da IQVIA. Assim como os demais estados da lista, São Paulo também tem como classes terapêuticas mais consumidas os medicamentos para tratamento de hipertensão, diabetes, dislipidemia, além de anti-inflamatórios e analgésicos.
O uso de medicamentos genéricos é incentivado no estado por meio de políticas públicas, como o Programa Dose Certa, que oferece medicamentos gratuitos para hipertensão, diabetes e asma em todas as unidades da rede pública de saúde.
Muito interessante, não é? Ver como essa lei vem contribuindo para a valorização e acessibilidade, para que todos tenham como cuidar da própria saúde. Falando nisso, você se vê como uma pessoa dessa área? Já pensou em cursar Farmácia e contribuir para esse mercado? Leia um pouco mais para conhecer nosso curso!
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