Em sua 22ª edição, o Simpósio de Pesquisa e Iniciação Científica da UNIVALE se propôs a discutir o tema “Desafios Interdisciplinares para a gestão integrada e sustentável do território”. Na abertura do evento, quinta-feira (19) à noite, professores do programa de mestrado em Gestão Integrada do Território (GIT) debateram esses desafios, sob ótica das temáticas dos laboratórios de pesquisa da instituição.
Com mais de 20 anos de realização, a reitora da UNIVALE, professora Lissandra Lopes Coelho Rocha, observa que o Simpósio já se consolidou como uma das mais importantes tradições acadêmicas da instituição, afirmando-se como espaço de excelência para o debate científico e intercâmbio de saberes.
“Ao longo de mais de duas décadas, temos promovido discussões que não apenas enriquecem o ambiente acadêmico, mas também refletem a relevância social de nossas pesquisas, incentivando o protagonismo de nossos alunos, professores e pesquisadores, na construção do conhecimento. O tema escolhido para este ano é mais do que oportuno, porque vivemos tempos de mudanças profundas, sejam ecológicas, políticas, sociais ou culturais. Essas transformações globais nos impõem reflexões e, mais ainda, ações concretas. Este simpósio é um convite para a reflexão coletiva e para a construção conjunta de soluções inovadoras e sustentáveis”, afirmou a reitora.
A mesa redonda da abertura do Simpósio foi mediada pelo coordenador do GIT, professor Haruf Salmen Espindola, que falou sobre cultura e ambiente; e também com as participações das professoras Maria Celeste Reis Fernandes de Souza, que abordou aspectos ligados à educação e vulnerabilidades; Sueli Siqueira, que tratou de migrações; e Suely Maria Rodrigues, encarregada de discorrer sobre saúde e doença.
Em sua fala, Haruf analisou a centralidade da questão ambiental em estudos interdisciplinares. “Não tem como pensar a gestão integrada do território, sem trazer para o centro a questão da cultura e do ambiente. E, infelizmente, essas são duas questões das mais frágeis em Governador Valadares e região. Para mudar a questão ambiental, tem que mudar a cultura. E, se não mudar a questão ambiental, não vai resolver a questão do desenvolvimento econômico, não vai resolver os problemas da saúde, não vai resolver as questões de vulnerabilidade social e as pessoas vão continuar achando que a única saída é ir para a rodoviária, ou para o aeroporto, e ir para outro lugar. Temos que construir um futuro, e isso exige uma gestão integrada do território, que pressupõe lidar com essas duas dimensões fundamentais, de ambiente e cultura”, declarou o coordenador do mestrado.
Para a professora Celeste, a interdisciplinaridade é um componente importante do processo educacional. “A interdisciplinaridade é muito mais do que uma ferramenta pedagógica e metodológica, é mais que um exercício de sala de aula. É mais do que isso. A interdisciplinaridade é uma ferramenta, mas que só se efetiva quando a gente compreende que pressupõe trocas entre disciplinas, entre práticas, e entre saberes de distintos campos, com intersubjetividade, compreendendo a complexidade de qualquer fenômeno”, avaliou a docente.
Antes da mesa redonda, a sessão cultural do Simpósio ficou com a companhia de Teatro Universitário da instituição, que realizou a performance “Corpo, território e ancestralidade”, extraída da peça “Nosso chão”. Outras manifestações artísticas e culturais também estão na programação da sexta-feira (20), segundo dia do 22º Simpósio de Pesquisa e Iniciação Científica, com mostra fotográfica e o Assalto Poético, também inspirados no espetáculo teatral. A sexta-feira também é o dia das apresentações de trabalhos acadêmicos, em 31 sessões temáticas, com pesquisas ligadas aos cursos da UNIVALE.
Receba notícias sobre: vestibular, editais, oportunidades de bolsa, programas de extensão, eventos, e outras novidades da instituição.
"*" indica campos obrigatórios