Sumário
A 4ª Semana da Diversidade movimentou os dois campi da UNIVALE ao longo da semana, entre 28 de agosto e 1º de setembro. Com o tema “Diversidade e Cultura”, a inclusão e a formação cidadã estiveram em pauta em oficinas, debates, palestras, apresentações culturais e artísticas e, no dia de encerramento, a primeira edição do Fórum Municipal de Saúde Integral LGBTQIAPN+, realizado em parceria com a Prefeitura de Governador Valadares – alguns dos debates e apresentações ainda tiveram a participação de movimentos sociais, como o Coletivo Deck e o Projeto Por Elas e Com Elas.
A organização da 4ª Semana da Diversidade ficou por conta do Espaço de Apoio ao Aluno (Espaço A3). Coordenador do Espaço A3, o professor Edmarcius Carvalho Novaes comentou os temas em discussão ao longo da semana. “A Semana da Diversidade, nesta quarta edição, tem como tema ‘Diversidade e Cultura’. Nós temos 35 atividades, incluindo mesas-redondas, rodas de conversa, oficinas e algumas vivências, para trabalhar diversos temas transversais. Entre eles a inclusão, questões da mulher, do indígena e da terceira idade. Os projetos de pesquisa da universidade, todos eles são objetos dessas atividades”, disse Edmarcius.
Enfermeira do Setor de Biossegurança da UNIVALE, Camila Castro considera que os debates da Semana da Diversidade são importantes para melhorar o atendimento nos campi. “Acho muito interessante para nós colaboradores, porque está falando um pouco de inclusão. E para a gente é muito importante, porque lidamos diariamente com pessoas que têm deficiência e pessoas que têm alguma dificuldade cognitiva. É muito importante ter esse conhecimento, para que a gente consiga lidar melhor com essas pessoas, ter um pouco mais de empatia, calma e saber conversar”, avaliou a enfermeira.
Psicóloga organizacional no Departamento de Desenvolvimento Humano (DDH), Sabrina Hermes acredita que os temas em pauta na Semana da Diversidade contribuem para um melhor acolhimento aos alunos e funcionários da instituição. “Mais do que reconhecer e aceitar essas diferenças, é importante acolher. Nós precisamos acolher cada colaborador e cada estudante. Nós somos feitos de diferenças”, afirmou.
Entre as exibições artísticas e culturais, a terça-feira (29) foi o dia da exposição de arte Talentos do Caige, com a demonstração das habilidades das pessoas acima de 60 anos que participam do Centro de Atendimento Interdisciplinar de Geriatria e Gerontologia (Caige), um programa de extensão da UNIVALE que proporciona acompanhamento multidisciplinar à população idosa de Valadares.
Prestes a completar 74 anos, Eva Leite está no Caige desde o início do programa, há 6 anos, e participa de diversas atividades, como a hidroginástica e as sessões de Fisioterapia. Na exposição de talentos, ela trouxe peças de tricô e crochê, que ela mesma produz e comercializa. “Eu fico muito feliz. Com isso aqui eu me distraio, além de ter um ganho. Eu faço todo dia, agora mesmo eu tenho encomendas”, disse.
Realizado em parceria com a Prefeitura de Valadares, o 1º Fórum Municipal de Saúde Integral LGBTQIAPN+ debateu e propôs ações para subsidiar a elaboração do Plano Municipal Operativo de Saúde da População LGBT+ para a Atenção Primária. Além de estudantes da UNIVALE, participaram profissionais da rede municipal da saúde, que receberam as boas-vindas da pró-reitora acadêmica, e reitora em exercício, a professora Adriana de Oliveira Leite Coelho.
“É com grande satisfação e honra que dou as boas-vindas a todos vocês. O Fórum é parte fundamental da nossa Semana da Diversidade aqui na UNIVALE, e reunimo-nos para discutir e explorar, de maneira profunda e abrangente, os aspectos psicológicos, jurídicos e operacionais do sistema de saúde voltado para a comunidade LGBTQIAPN+. Nossa instituição sempre se orgulhou de ser um espaço de diálogo, inclusão e inovação. A Semana da Diversidade é um reflexo do nosso compromisso em promover a igualdade, o respeito e a compreensão entre todos os membros da nossa sociedade”, declarou Adriana.
Presente à abertura do Fórum, o secretário municipal de Saúde, Leandro Amaral Andrade destacou o encontro como um momento de discussões de políticas públicas que garantam dignidade ao público LGBTQIAPN+. “Igualdade é a gente oferecer serviços desiguais às pessoas que são desiguais, para que a gente alcance um equilíbrio social, olhando algo que é muito basilar, que cada paciente na atenção básica seja tratado com a dignidade inerente da sua própria pessoa e das suas próprias características”, disse o secretário.
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