Por: Natalia Lima Amaral
O aleitamento materno é um ato de extrema importância para a saúde das mães e dos bebês, tendo o Dia Mundial da Amamentação para reforçar a sua relevância. Celebrada em 1º de agosto, a data busca incentivar ações de conscientização e orientação sobre o tema, auxiliando no sanar das muitas dúvidas que podem surgir no processo. Ana Paula Guimarães, professora do curso de Medicina da UNIVALE e pediatra, explica que a amamentação tem diversos benefícios, sendo ela o principal alimento de recém-nascidos até o 6º mês de vida, podendo progredir até os 2 anos de idade da criança como forma de alimentação complementar.
“O aleitamento materno regular bem orientado, prezando pela tranquilidade da mãe durante o processo, causa inúmeros benefícios para a imunidade da criança e para o seu crescimento. Ele influencia na formação de órgãos, onde haverá um acúmulo de minerais e vitaminas provenientes do corpo da mãe. E tudo isso pode ser fornecido para o bebê de forma simples e barata, onde ele terá um desenvolvimento neural super adequado”, explica Ana Paula. A professora também ressalta que o processo de amamentação feito por livre demanda auxilia no autoconhecimento do bebê em relação às suas próprias necessidades, de maneira que seu corpo consiga metabolizar todos os componentes no aleitamento.
Para a mulher, o ato de amamentar pode gerar benefícios como a diminuição do sangramento pós-parto e até gerar uma proteção contra a osteoporose e outras doenças cardiovasculares. Alguns dos cuidados necessários são a higienização correta da mama e o cuidado para a abertura dos seios em determinados locais. “O recomendado é que a amamentação seja feita em um local onde a mãe e a criança estejam protegidas, e que seja em local arejado. O posicionamento também é um fator fundamental, visto que a mãe está ciente sobre o que ela está fornecendo para o seu bebê: uma boa amamentação”, explica Ana Paula.
A alimentação equilibrada atrelada a hidratação constante são fatores importantes para garantir um aleitamento materno saudável, tanto para a mãe quanto para a criança. “A mãe se alimentando com verduras, legumes, proteínas e carboidratos adequados automaticamente fazem com que ela produza leite. Mas nós precisamos orientar a mãe em relação à hidratação com água, que é a base adequada. Podendo ter outros líquidos como suco, chá e café com moderação, para não termos interferência nesse aleitamento e para que a criança não tenha nenhuma alteração”, pontua Ana Paula.
Algumas alergias podem ser evitadas nesse processo, como pode ocorrer com a intolerância à lactose. “Se a criança apresentar alguma intolerância, o fato de a mãe ingerir muito leite e derivados pode fazer com que a criança apresente sintomas de risco para alguma alergia”, explica a pediatra. O ato de amamentar a criança, preferencialmente de maneira exclusiva até os 6 meses de vida e depois servir de complemento alimentar, é essencial para a formação imunológica e para evitar doenças que podem se manifestar na fase adulta, e garantir que esse processo ocorra da melhor forma possível trará inúmeros benefícios.
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