Sumário
Por: Natalia Lima Amaral
Uma voz para a juventude. Esta é a maneira como Gabriel Coimbra C. Schuwarten, aluno de Medicina do 11º período, quer que o seu trabalho seja lembrado. Ele foi um dos poucos selecionados para participar presencialmente do 1st International Migration Review Forum (IMRF), uma reunião que acontecerá sob os auspícios da Assembleia Geral das Nações Unidas e irá discutir implementações para que os processos migratórios aconteçam de forma mais segura.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o mundo registrou cerca de 281 milhões de migrantes internacionais em 2020, o equivalente a 3,6% da população global. Tendo em vista o atual conflito entre Ucrânia e Rússia, este evento é de extrema importância para a determinação de diversas ações em prol da Migração Segura. Lissandra Lopes Coelho Rocha, reitora da UNIVALE, fala com muito orgulho do aluno Gabriel e da representação da Universidade em um evento desta magnitude.
“A seleção do Gabriel nessa reunião na ONU é motivo de muito orgulho. Buscamos trazer para os nossos alunos o máximo de possibilidades, para que eles construam um currículo completo e que façam a diferença no mercado de trabalho. Quando vemos que este estudante aproveita de todas as oportunidades, conseguimos ver ele se destacando no mundo! Este é o caso do Gabriel, que desde quando entrou na Universidade nunca perdeu uma oportunidade. Estar em uma reunião na ONU, rompendo fronteiras e levando o nome da UNIVALE para o mundo, não tem preço. É realmente mérito do aluno, que compreende como é estudar numa universidade e aproveitar todas as possibilidades”.
O IMRF é uma reunião que acontecerá entre os dias 17 e 20 de maio deste ano, na sede da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York. Com o objetivo de reunir os Estados Membros e as organizações internacionais relevantes, será revisada e discutida a implementação do Pacto Global para uma Migração segura, ordenada e regular. Este é um dos eventos da diplomacia internacional mais aguardados do ano e só acontecerá novamente em 2028.
O aluno de Medicina participará de todos os dias do Fórum, sendo que dia 16 de maio terá um pré-evento com mesas redondas de discussões. A oportunidade da sua participação veio por meio da Federação Internacional das Associações dos Estudantes de Medicina (IFMSA), presente em 129 países, inclusive na UNIVALE, representando mais de 1 milhão de estudantes no mundo e tendo cadeira permanente na ONU.
“Vamos abordar as questões relacionadas à migração e saúde, principalmente sobre o papel da juventude neste contexto. As pequenas organizações são responsáveis pela implementação de decisões tomadas por organizações maiores, mas muitas vezes não eram escutadas. Portanto, foi entendido que para se alcançar os objetivos mais rápido é necessário ouvir as partes interessadas, por menores que elas possam parecer. Mas, na verdade, não são. É como fazer alusão a tomadas de decisões sobre questões de saúde reprodutiva e não ser levado em consideração o que as mulheres acham sobre. Ouvir estudantes da área da saúde, e principalmente a representação da juventude, é uma forma de alcançar os objetivos de uma forma mais eficiente.”
Para participar do Fórum na Assembleia Geral das Nações Unidas foi necessária uma análise curricular do aluno de Medicina, levando em consideração a experiência relevante no tópico de migração e saúde, experiências internacionais relevantes, casos de motivação, planos de ação para delegação durante o evento e planos para experiência adquirida durante o evento. Foram disponibilizadas apenas 2 vagas para a participação presencial e 4 para participação remota, sendo o Gabriel um dos selecionados para estar presencialmente na sede em Nova York.
“Participar de um evento dessa magnitude, ao lado de chefes de Estado, sob os auspícios da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York, ou seja, no salão de tomada de decisões mais importante do mundo, e ainda com direito a voz, é uma mistura de sentimentos até difícil de se expressar em palavras. O mais importante pra mim, neste momento, é que o meu trabalho seja voz para a juventude e para todos aqueles que por muito tempo não puderam falar. Que ele seja visão para todos que foram tratados como invisíveis e que ele também seja combustível de esperança para todos que quase desistiram de sonhar após tantas injustiças”.
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