Sumário
Quando pensamos em arquitetura, costumam vir à cabeça as imagens de igrejas antigas, palácios de séculos passados, edifícios milenares, templos da Grécia ou Roma Antiga, entre muitos outros marcos da arquitetura clássica.
Entretanto, ela não é composta apenas de antiguidades; a arquitetura contemporânea está aí para provar que essa arte está sempre se reinventando. E hoje vamos conhecer um pouco sobre o que caracteriza esse, ou melhor, esses estilos que compõem a arquitetura contemporânea!
Muitas pessoas usam o termo “arquitetura contemporânea” como sinônimo para a arquitetura moderna ou vice-versa. No entanto, embora a arquitetura contemporânea seja muito inspirada pelas vanguardas modernistas, existem algumas diferenças fundamentais entre ambos os estilos.
Os modernistas, buscando uma ruptura com a tradição arquitetônica clássica, buscaram incorporar muitas linhas retas em suas obras e materiais que fizessem referência à modernização, como o uso de aço e outros metais. Por causa desses detalhes, os estilos modernistas acabavam aparentando maior rigidez, principalmente vanguardas como o brutalismo e o construtivismo, que se baseiam justamente nesses conceitos.
Já os contemporâneos buscam maior suavidade, usando elementos como curvas, o uso de cores claras e conceitos abertos, gerando maior sensação de liberdade. Entretanto, mantém um pé na ideia modernista do funcionalismo, que preza que um espaço deve ter, acima de tudo, utilidade para quem convive naquele ambiente.
Mas quando surgiu a arquitetura contemporânea? Embora seja muito difícil traçar uma linha exata do fim do modernismo e do início da contemporaneidade, muitos estudiosos da área definem que a arquitetura moderna entrou em declínio por volta dos anos 50, ao passo que a contemporânea teve seu início por volta dos anos 80.
Como já citamos anteriormente, a arquitetura contemporânea preza pela sensação de liberdade, mas também busca abstração e subjetividade, ou seja, cada espaço deve atender às necessidades da pessoa que irá usufruir daquele local e, portanto, deve incorporar suas características próprias.
Outro elemento importante é a sustentabilidade. Visto que a preocupação com o meio ambiente vem crescendo cada vez mais, a reutilização de materiais ou o uso de reciclados é cada vez maior na arquitetura contemporânea.
A arquitetura contemporânea também tenta incorporar a luz natural em suas construções, sendo que materiais como vidro são muito utilizados. Isso também reflete a ideia da simplicidade, da liberdade e principalmente do minimalismo, já que a luz natural traz aos espaços a sensação de naturalidade.
Mas engana-se quem pensa que simplicidade é sinônimo de algo comum ou até mesmo malfeito. Pelo contrário. Nas construções contemporâneas, preza-se pelo uso de móveis e obras-primas de excelente qualidade, além de buscar dar toques únicos aos ambientes por meio da tecnologia, que vem para agregar à arquitetura.
Além disso, algumas obras contemporâneas têm caráter desconstrutivista, ou seja, buscam romper totalmente com as tradições antigas de linhas retas, simetrias e formas geométricas bem definidas. É bem comum ver, especialmente em grandes construções, linhas curvas, formas geométricas aparentemente distorcidas e assimétricas.
Confira alguns exemplos de lugares que expõem as principais características do estilo!
O Walt Disney Concert Hall é uma casa de shows localizada em Los Angeles, na Califórnia, e foi arquitetada pelo mestre da arquitetura contemporânea, Frank Gehry. A construção começou a pedido da viúva de Walt Disney, em 1987, e a construção seria uma forma de homenageá-lo.
Foi somente em 1992 que a obra começou a ser construída, e seu término só ocorreu 16 anos depois, em outubro de 2003. Estima-se que o custo total da obra tenha sido de 274 milhões de dólares. Em 2005, a obra teve de passar por algumas modificações, já que o reflexo da fachada de metal sobre as casas da vizinhança as fazia superaquecer.
O museu Guggenheim localiza-se na cidade de Bilbao, na Espanha, e foi parte de um projeto para revitalizar a cidade e, com isso, torná-la mais atrativa aos turistas. Deu tão certo que o Gugguenheim é uma das atrações mais visitadas da cidade e, atualmente, é um dos 50 museus mais visitados do mundo.
O projeto foi desenvolvido pelo canadense Frank Gehry e foi aberto ao público em 1997 pelo Rei Juan Carlos I. Sua fachada é feita em titânio e conta com mais de 11 mil metros quadrados de área de exposição, com 19 galerias. Tudo isso pelo custo de 89 milhões de dólares, que geraram um retorno de mais de 500 mil euros à cidade de Bilbao.
O Hotel Unique fica em São Paulo, capital. O projeto arquitetônico é de autoria de Ruy Ohtake, com design de João Armentano e paisagismo de Gilberto Elkis, e começou a ser construído em 1999, sendo finalizado em 2002.
O hotel é famoso pelo seu formato incomum, que lembra o de um barco, e sua fachada metálica chama atenção. Possui 95 quartos, sendo que 10 são suítes, e ainda conta com um restaurante e uma piscina em sua cobertura. Tudo isso em um espaço de quase 25 mil metros quadrados.
A Casa na Mata está situada na cidade do Guarujá, no estado de São Paulo, e foi desenvolvida pelo arquiteto Marcio Kogan, fundador do Studio Mk27. O projeto foi iniciado em 2009, mas só foi finalizado seis anos depois, em 2015.
É um projeto que busca a integração com a natureza e, para isso, a Casa na Mata foi construída em uma clareira em plena Mata Atlântica. O tamanho do terreno é de 1668 m², mas a casa em si ocupa menos da metade do lote: 805 m².
Conhecer o antigo é importante, e conhecer o novo é fundamental. Na arquitetura não é diferente: é imprescindível entender a tradição, que deu origem às bases da arquitetura, mas é ainda mais necessário conhecer as inovações e, sobretudo, saber como renovar o antigo — afinal, o clássico só é clássico porque nunca sai de moda!
E a própria arquitetura contemporânea também nunca sairá de moda. Com tanta evolução e tecnologia, as pessoas buscam cada vez mais se diferenciar, seja com construções incomparáveis ou com uma carreira única. E você pode se distinguir profissionalmente enquanto leva inovação a outras pessoas.
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