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Arquitetura moderna: o que é e como surgiu?

Arquitetura moderna: o que é e como surgiu?

06 janeiro, 2023

Escrito por: Glenda Hastenreiter Corteleti, estudante do 7º período de Publicidade

Nós já conhecemos um pouco sobre os estilos arquitetônicos clássicos. Agora, está na hora de nos aventurarmos pela arquitetura moderna, que buscou trazer aos seus edifícios um ar de simplicidade, mas sem perder a inovação.

Além disso, a arquitetura moderna é famosa por trazer conceitos únicos em cada uma de suas obras, incorporando elementos que envolvem desde alta tecnologia até estruturas únicas em sua execução. Vem com a gente para conhecer mais sobre o que é o modernismo, como ele surgiu, suas obras famosas e seus maiores expoentes!

Antes da arquitetura moderna: como surgiu o modernismo?

O modernismo não é um estilo exclusivo à arquitetura; na verdade, ele está presente em todas as expressões artísticas como cinema, dança, música, literatura, entre outros. Além disso, o termo “modernismo” se refere a uma amplitude de estilos, escolas e vanguardas, cada uma com elementos diferentes.

É difícil determinar quem e o quê deram o pontapé inicial a esse movimento, mas sua origem se deu por volta do final do século XIX, época turbulenta que culminou na Primeira Guerra Mundial no início do século XX. Nessa época, a arte já passava por uma grande renovação, principalmente com as escolas impressionista, expressionista e simbolista, que tinham como marco artistas como Van Gogh, Pablo Picasso, Charles Baudelaire, e muitos outros.

Além das mudanças políticas, a evolução da ciência e o processo de industrialização foram essenciais para o desenvolvimento do modernismo, que tentou traduzir esses elementos em conceitos artísticos. Na arquitetura, por exemplo, algumas vanguardas modernistas aderiram ao uso de metais e linhas retas, tentando demonstrar, com isso, o processo de industrialização.

No Brasil, porém, é mais fácil determinar o início do movimento: foi na Semana de Arte Moderna de 1922, um evento que reuniu artistas como Tarsila do Amaral, Mário e Oswald de Andrade, Heitor Villa-Lobos, Anita Malfatti, entre outros. Essa manifestação foi considerada a precursora do modernismo no Brasil e até hoje estudam-se suas repercussões no meio artístico brasileiro.

Os estilos modernistas

Como já dissemos anteriormente, o modernismo não é um estilo em si, mas um conjunto de estilos e alguns são denominados de “vanguardas”. Esse nome surgiu de um termo militar francês para designar as linhas de frente do exército. Assim sendo, um movimento considerado “vanguardista” significa que ele é de um estilo pioneiro e inovador.

Separamos cinco vanguardas da arquitetura modernista para você conhecer um pouco mais a pluralidade presente nesse movimento!

Bauhaus

A Bauhaus é considerada a vanguarda mais influente e importante para a arquitetura moderna e se tornou praticamente um estudo obrigatório para todos que desejam trabalhar não apenas com arquitetura, mas com as artes visuais em geral. Foi fortemente influenciada pelo construtivismo russo, que veremos mais adiante.

Nascida em Weimar, na Alemanha, a escola de arte Bauhaus buscou integrar a produção em série — consequência da ascensão do fordismo, que propunha a produção em massa de produtos — em suas construções e dos seus próprios projetos. Dessa forma, essa vanguarda usava muitos elementos industriais, como metal e vidro. Além disso, a Bauhaus tinha caráter funcionalista, ou seja, cada obra deveria ter um propósito que surpreendesse o espectador, afastando-o do tédio e da monotonia.

A Bauhaus mudou várias vezes de sede. Após Weimer, foi para a cidade de Dassau, de governo mais liberal, e, em 1932, foi para Berlim fugir da repressão dos nazistas, que consideravam a escola um movimento comunista. Mesmo com tantas mudanças, em 1933, uma ordem nazista ordenou o fechamento da escola, e os professores e alunos que fizeram parte dela foram perseguidos pelo regime. No entanto, isso não impediu que os ideais dessa vanguarda se espalhassem pelo mundo.

O principal exemplo desse movimento é a própria escola de arte Bauhaus de Dassau, projetada por Walter Gropius, fundador dessa vanguarda. No Brasil, o maior expoente da Bauhaus é o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MASP), por Lina Bo Bardi.

Brutalismo

O termo “brutalista” surgiu primeiramente na Suécia, por volta de 1950, na cidade de Uppsala, mas foi somente três anos depois, no Reino Unido, que o estilo brutalista como conhecemos de fato nasceu. O termo vem de uma característica do próprio movimento: construções feitas com concreto bruto.

O estilo surgiu da necessidade de evitar gastos, portanto, as construções brutalistas não têm o intuito de serem belas, mas de serem úteis. Devido a isso, abusam das formas geométricas e têm poucos adornos, que muitas vezes dão uma aparência de que não estão completas, sem nem mesmo uma pintura externa. Outra característica muito marcante do brutalismo é a verticalidade de seus edifícios.

Embora tenha surgido no Reino Unido, o brutalismo ganhou força nas antigas repúblicas soviéticas, tornando-se um estilo muito popular nesses países durante as décadas de 60 a 80. Depois disso, o movimento entrou em declínio, mas, nos últimos anos, tem ressurgido na arquitetura.

Um exemplo famoso de brutalismo na Europa é o Hotel Panorama, localizado em Štrbské Pleso, na Eslováquia, e foi projetado por Zdeněk Řihák. No Brasil, temos como exemplo a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (FAU-USP), de João Batista Vilanova Artigas.

Art déco

A art déco (ou art decó) surgiu inicialmente na França, em 1925, em Paris, com a Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas, mas foi nos Estados Unidos, durante as décadas de 20 e 30, que o movimento se consolidou.

Diferentemente do brutalismo e da Bauhaus, a art déco tinha como objetivo a decoração, bebendo de fontes modernas, como o cubismo e o fauvismo. Além disso, ela também buscou inspiração em artes orientais. Suas construções, então, eram ricamente adornadas e luxuosas, usando materiais caros como jade e marfim, principalmente durante a década de 20, antes da Grande Depressão. Após a Crise de 29, porém, as obras desse movimento tornaram-se mais modestas e passaram a usar materiais mais baratos, como o aço.

Os edifícios mais famosos desse estilo são o Empire State (projetado pelo escritório de arquitetura Shreve, Lamb & Harmon) e o Edifício Chrysler (por William Van Alen), ambos localizados em Nova Iorque, nos EUA. Aqui no Brasil, um dos exemplos mais famosos da arquitetura art déco é o Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho — popularmente conhecido como Estádio do Pacaembu — em São Paulo, e foi projetado pelo Escritório Ramos e Azevedo.

Minimalismo

Assim como o próprio modernismo em si, não se sabe a origem certa do minimalismo, apenas que nasceu no século XX. A versão mais contada é que seu surgimento se deu durante os anos 60, nos Estados Unidos, mas esse movimento só chegou ao seu ápice na década seguinte.

As principais características desse estilo são o uso de formas geométricas básicas, a simplicidade, a valorização da iluminação natural e, sobretudo, o conceito de “menos é mais”, que se aplica à ornamentação reduzida. Muito do minimalismo se baseou em conceitos da Bauhaus, que já vimos anteriormente, do movimento De Stijl e da arquitetura tradicional japonesa.

Uma das construções pioneiras do minimalismo é a Casa Rietveld Schröder, localizada na Holanda e projetada pelo arquiteto Gerrit Rietveld em 1924. Posteriormente, o estilo foi se desenvolvendo, tendo como um de seus marcos a Casa Farnsworth, nos EUA, de Ludwig Mies van der Rohe, um dos principais nomes dessa vanguarda. No Brasil, um destaque da arquitetura minimalista é o Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia (MuBE), em São Paulo, projetado por Paulo Mendes da Rocha.

Construtivismo

O construtivismo nasceu na antiga União Soviética em 1919, dois anos após a Revolução Russa. O objetivo dessa vanguarda era justamente traduzir artisticamente os novos ideais e necessidades que vieram com o novo governo, bem como o avanço tecnológico, que contrastava com o feudalismo dos antigos monarcas russos, os czares.

Esse estilo foi fortemente inspirado pelo futurismo russo e pregava o uso excessivo de formas geométricas e abstração. Além disso, como era voltado para exaltar o novo regime comunista, muitas temáticas de caráter político foram abordadas.

As obras mais ambiciosas dessa vanguarda jamais chegaram a ser construídas e ficaram somente no papel. Contudo, muitos edifícios construtivistas povoam as cidades das ex-repúblicas soviéticas ainda hoje. Alguns exemplos são o edifício Mosselprom, projetado por Nikolai Strukov, e o Clube Svoboda, de Konstantin Melnikov, ambos localizados em Moscou, na Rússia.

Arquitetura moderna: o que é e como surgiu?

Conclusão

Embora dividam opiniões, as vanguardas da arquitetura modernista vieram para revolucionar. Até hoje elas são referências para arquitetos e futuros profissionais da área devido ao seu caráter inovador e pelo marco histórico que tiveram.

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