Há 11 meses no Brasil, Suleyman e Atefeh Samadi chegaram ao país na condição de refugiados, vindos do Afeganistão. À época, Atefeh, que é origem iraniana, estava grávida, e a filha do casal, Sofia, nasceu em solo brasileiro há três meses. Acolhidos no país por um projeto ligado à Igreja Batista, a família está em Governador Valadares desde o dia 12 de outubro, e uma das diversas formas de apoio que eles encontraram foi na UNIVALE, onde o casal está recebendo atendimento gratuito na clínica de Odontologia.
“Cuidar dos dentes é importante para todo mundo. E é importante para mim também, porque é algo que vou precisar para sempre, e todos precisam proteger os dentes por todo o tempo. Eu fiquei muito feliz, porque o custo para tratar os dentes costuma ser muito caro, e espero conseguir consertar meus dentes. Tenho sentido dores ao comer, e não consigo comer de tudo. Espero resolver meu problema aqui, antes eu não podia fazer o tratamento porque estava grávida”, disse Atefeh.
Recém-chegada a Valadares e ainda tentando se adaptar ao clima, especialmente à temperatura, ela afirma que os brasileiros têm sido muito gentis e hospitaleiros com toda a família. “As pessoas nos aceitam como se fôssemos daqui, não como refugiados. Eu me sinto confortável, tem sido muito importante”, acrescentou, conversando em inglês – na família, até o momento, apenas o marido Suleyman aprendeu a língua portuguesa.
A família chegou ao Brasil em São Paulo sem ter um destino fixo em mente, mas buscando escapar da repressão do regime Talibã. A acolhida no país foi pelo espaço Vila Minha Pátria, da Convenção Batista Nacional, que oferece abrigo a refugiados do Afeganistão e da Palestina. Ainda ligados ao projeto, os Samadi foram recebidos em Governador Valadares pelo pastor Sebastião Arsênio, da Igreja Batista da Esplanada, que foi quem procurou a Clínica Odontológica da UNIVALE.
“A Convenção Batista Brasileira criou um projeto de acolhimento de refugiados, e lá em São Paulo existe o espaço Vila Minha Pátria, para onde são levados os refugiados que chegam ao Brasil e não têm para onde ir. Através dessa instituição, as igrejas são convidadas a fazer parcerias, e a nossa igreja aceitou o desafio de acolher esse casal para ajudá-los a se adaptar e se tornarem independentes. Tão logo eles chegaram, como nós temos o compromisso de ajudá-los em todos os sentidos, inclusive a resolver questões de saúde, nós percebemos que eles tinham essa demanda, por isso fizemos essa parceria com a UNIVALE”, afirmou o pastor.
Atefeh chegou à UNIVALE com um dente quebrado, enquanto Suleyman precisava de um tratamento de canal. Os atendimentos gratuitos oferecidos pela UNIVALE reforçam o caráter comunitário da instituição, como destaca o professor Renato Caetano Pimentel, do curso de Odontologia.
“A saúde bucal é muito importante, pois diversas doenças se iniciam pela boca. Esse primeiro atendimento aqui na clínica é de avaliação total. Posteriormente, se precisar de algum tratamento mais específico, a gente encaminha para as clínicas especializadas da nossa UNIVALE prestarem esse atendimento. E nenhum ônus é cobrado aos pacientes, todos os tratamentos realizados aqui, nas nossas clínicas da UNIVALE, são gratuitos”, declarou o docente.
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