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Indígena Tustão Maxacali sendo atendido no consultório de Neurologia do AME, com presença de tradutora da mesma etnia.

Indígenas agora têm tradutoras em consultas no ambulatório da UNIVALE

17 agosto, 2023

Indígenas da etnia maxakali que não saibam falar português agora têm tradutoras para os acompanhar em consultas no Ambulatório Médico de Especialidades (AME), da UNIVALE. Na tarde de terça-feira (15), Tustão Maxakali foi o primeiro indígena a ser acompanhado por uma intérprete, ao ser atendido no consultório de Neurologia do professor Ivan Magalhães, com participação de alunos do curso de Medicina da universidade.

Professor responsável pelo módulo Saúde e Sociedade para o 6º período do curso, e supervisor do internato para alunos do 12º período, Roberto Carlos de Oliveira explica que a maioria dos maxakali não fala português. A presença de uma tradutora, acrescenta o professor, era uma reivindicação dos médicos e foi agora garantida após a assinatura de um convênio pioneiro entre a UNIVALE e o Distrito Sanitário Especial Indígena de Minas Gerais e Espírito Santo (Dsei-MG/ES), nos termos da Portaria 2.663/2017 do Ministério da Saúde, que redefine critérios de repasse do Incentivo para a Atenção Especializada aos Povos Indígenas.

“Uma grande dificuldade que a gente tem é que a maioria dos maxakali não fala português. Fica muito difícil a equipe de acolhimento atender um indígena que não fala português. Durante a anamnese é preciso saber da história médica do paciente, com perguntas. E o paciente não consegue responder. Os médicos do AME tinham dificuldades em desenvolver as consultas, comparando as consultas com não-indígenas, porque o diálogo é fundamental para coletar as informações”, disse Roberto Carlos.

Mensalmente, os atendimentos a indígenas que precisem de intérprete passam a ser agrupados ao longo de uma mesma semana. Para esta semana, foram listados 11 pacientes, inicialmente. “Mas nem todo mundo vêm, sempre tem alguma situação em que o paciente não pode vir, e aí remarca”, ressalta o professor. Os indígenas atendidos neste mês terão como tradutoras Maria Diva Maxakali e Margarete Maxakali, que são lideranças em suas respectivas aldeias.

Atendimento de alunos a indígenas

O atendimento a Tustão Maxakali teve participação de alunos do 8º período de Medicina. “É bem melhor quando tem uma intérprete para traduzir. Porque a gente consegue entender com mais facilidade o que está se passando com o paciente. A gente entende com mais profundidade o quadro do paciente, nos mínimos detalhes. O que é importante para a gente estabelecer a situação desse paciente”, afirmou o estudante João Marcos de Oliveira Vial.

A aluna Angélica Seixas Leal relata que anteriormente já havia sentido dificuldades ao atender um indígena que tinha pouco domínio da língua portuguesa. “Quando tem um intérprete, a gente consegue aprofundar melhor. Porque ele fala a mesma língua do paciente e consegue perguntar exatamente o que a gente tenta perguntar, mas o paciente não consegue responder porque não entende, ou não sabe descrever. Facilitou muito”, avaliou.

Sarah Kellen Pereira Prates tinha apenas presenciado um atendimento em que houve a dificuldade de comunicação, mas também reconheceu que a presença da tradutora foi importante para o atendimento. “Eu já tinha visto uma menininha que já tinha sido acompanhada na endocrinologista, mas não fui eu que atendi, foi outro grupo. Ela tinha um problema de fala, se comunicava não verbalmente. Não é a mesma experiência que a gente teve hoje, porque o intérprete consegue traduzir literalmente o que o paciente está sentindo”, relatou.

Indígena Tustão Maxacali sendo atendido no consultório de Neurologia do AME, com presença de tradutora da mesma etnia.
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