Sumário
Por: Natalia Lima Amaral
No dia 16 de fevereiro, o governo federal anunciou o aumento nas bolsas de pesquisa concedidas aos cursos de pós-graduação no Brasil. O último reajuste foi concedido em 2013, no qual os valores eram de R$ 1,5 mil para os estudantes de mestrado e, de R$ 2,2 mil para os estudantes de doutorado. Esses valores permaneceram até este ano, sendo reajustados em 40%, variando também entre os outros níveis de ensino, como para alunos de iniciação científica do ensino médio, da formação de professores da educação básica e da permanência para alunos em vulnerabilidade nas universidades.
Confira os novos valores reajustados das bolsas de pós-graduação Capes e CNPq:
O governo prevê que os investimentos custem R$ 2,38 bilhões anuais, com a verba sendo disponibilizada pelos ministérios da Educação e de Ciência e Tecnologia.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), é uma fundação criada em 1951, na qual o seu principal objetivo era o aperfeiçoamento dos profissionais e estudantes de nível superior. Atualmente, presente no Ministério da Educação (MEC), ela tem como missão a consolidação da pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) no país.
Algumas de suas principais atribuições estão relacionadas ao apoio de programas, atuando no desenvolvimento da pós-graduação envolvendo professores e pesquisadores com novas demandas. Além disso, há um comprometimento com o apoio à ações inovadores em busca do aperfeiçoamento da formação acadêmica dos estudantes brasileiros. Portanto, o aumento nas bolsas de pesquisa do país é significativamente importante para que esse objetivo seja alcançado.
O Mestrado em Gestão Integrada do Território (GIT) está com as suas inscrições abertas até o dia 1 de março e o aumento nas bolsas de pesquisa para a pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) beneficia o programa da UNIVALE. As bolsas são concedidas a partir de uma comissão, para avaliar quais alunos se encaixam no perfil necessário e quem pode oferecer o melhor resultado para o enriquecimento do programa. Há, também, uma legislação que regulamenta o processo.
Haruf Salmen Espindola, professor e coordenador do GIT, explica que nem todos os alunos que estão cursando o mestrado podem ter a bolsa para a pesquisa. Algum dos critérios indispensáveis é que o estudante não pode ter vínculo empregatício, nem ser dono ou sócio de uma empresa. “O principal objetivo é o mestrando poder se dedicar aos estudos, à produção da escrita da dissertação, ao desenvolvimento científico e à produção de publicações de maneira integral. Com isso, ele tem acesso a uma formação diferenciada e a bolsa visa garantir isso”.
O professor conta que nem toda pessoa que está cursando o mestrado ou que vai ser selecionado pode ter a bolsa, mas há algumas situações específicas dentro da seleção de bolsistas. Segundo a Portaria Capes Nº 76/2010, servidores federais estáveis podem participar do processo, mas devem permanecer no serviço público pelo tempo do afastamento após a conclusão da pós-graduação. Além disso, há exceções onde a bolsa de pesquisa pode ser acumulativa. São casos específicos para aqueles que recebem remuneração bruta inferior ao valor da bolsa, decorrente de vínculo funcional com a rede pública ou com a área da saúde.
Bolsistas Capes selecionados para serem professores substitutos em instituições públicas de ensino superior, com autorização do orientador e da Comissão de Bolsas Capes/DS, também podem acumular o benefício, assim como os bolsistas da Universidade Aberta do Brasil (UAB), mas somente quando atuarem como tutores.
Haruf Salmen Espindola, coordenador do GIT, explica que com o auxílio o aluno pode se dedicar de forma mais assídua, resultando na melhora da produção e das publicações acadêmicas. “Dessa forma, os programas de pós-graduação podem cumprir melhor o seu papel, que é a produção de conhecimento e ciência. Assinamos com a Capes um Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG), e a Capes nos concedeu duas bolsas integral de mestrado”.
Além disso, Haruf conta que outro benefício concedido ao GIT foram os recursos orçamentários para 2023/2024, destinados para o desenvolvimento do programa e para o aumento da produção acadêmica. Com isso, a expectativa é conseguir alcançar a nota 4 na avaliação da Capes. “A expectativa é que teremos bons resultados com os bolsistas e que eles poderão contribuir muito com o fortalecimento do programa, ajudando o GIT a cumprir com os compromissos assinados com a Capes para o desenvolvimento da pesquisa e da pós-graduação”, comenta.
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