Sumário
Por: Natalia Lima Amaral
O ano de 2023 começou com uma programação especial para os docentes da Universidade Vale do Rio Doce (UNIVALE). A 7° Edição do Workshop Experience foi uma ação promovida pela Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) e o Setor de Gestão Pedagógica (Gepe), endossada como parte do programa de Graduação Assistida da Instituição de capacitação para professores. A programação aconteceu entre os dias 01 e 09 de fevereiro, com um intenso aprendizado sobre temáticas inerentes à prática docente no ensino superior.
Adriana de Oliveira Leite Coelho, Pró-Reitora de Graduação, Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, acredita que a educação é um segmento que sempre se transforma e as mudanças nunca aconteceram tão rápido quanto nos tempos atuais. “Para que o docente continue a ser um mediador do conhecimento, é necessário que ele se mantenha atualizado. Portanto, estudar, investigar e aprender são as formas ideias de alcançar esse objetivo. A formação de professores, por meio do Workshop Experience, é um dos grandes fatores para transformar a qualidade do ensino, com grande eficácia na transformação da educação. Qualificar professores beneficia os profissionais e os alunos, tanto profissionalmente quanto pessoalmente, bem como a comunidade acadêmica”, comenta.
A programação do primeiro dia de capacitação para professores contou com a temática “Eu, tu, eles, nós (Comunicação Assertiva)”, no Centro Cultural Hermírio Gomes da Silva, e uma das dinâmicas desenvolvidas foi a atividade telefone sem fio: 7 docentes subiram ao palco com o objetivo de demonstrar o quanto o ruído na comunicação (ou seja, a não compreensão do que está sendo transmitido) é capaz de causar sérias distorções no modo como uma mensagem é disseminada dentro da organização.
Matheus Almeida Souza, professor do curso de Fisioterapia, foi um dos professores que participou dessa dinâmica. Para ele, o momento demonstrou de forma didática a importância da comunicação em todos os aspectos da vida, indo além do seu aspecto verbal e das conexões humanas. “O Workshop Experience é uma capacitação para professores de extrema relevância, que abrange conhecimentos necessários para os funcionários da universidade, além de agregar aprendizados e experiências importantes na vida profissional. É uma forma de trazer uniformidade e união na construção dos profissionais da instituição”, explica.
Além das programações gerais, os professores puderam se inscrever em diversas atividades ofertadas por profissionais da Universidade. Dentre elas, a oficina “Trago o seu Lattes em duas horas: atualização dos dados”, que foi ofertada por Isis Carolina Garcia Bispo, bibliotecária do Sistema de Bibliotecas (SiBi) da UNIVALE, buscando desmistificar a atualização da plataforma Plataforma Lattes - CNPq. O workshop apresentou as etapas de preenchimento das abas Resumo/Texto Inicial, Produção Bibliográfica, Produção Técnica, Educação e Popularização de C&T, Eventos, Orientações e Bancas, além de abordar questões envolvendo a duplicação de informações.
Isis acredita que o currículo Lattes promove uma maior visibilidade às produções individuais e coletivas dos pesquisadores e acadêmicos das instituições de ensino superior. E a iniciativa de motivar os professores a atualizarem constantemente a sua plataforma promove a disseminação dessa boa prática para os outros colegas de profissão e para os alunos em sala de aula. “Para essa oficina pensamos em trazer o conteúdo de forma dinâmica, focando nas atividades práticas. Utilizamos a gamificação como metodologia de ensino, estimulando o protagonismo dos participantes a partir de desafios”, comenta.
Outra capacitação para professores da UNIVALE acontece periodicamente é a Jornada da Educação Inclusiva, que, neste ano, foi realizada dentro da programação do Workshop Experience. A Jornada abordou a inclusão e a acessibilidade na Universidade, com discussões acerca dos desafios e da promoção de adequações metodológicas e atitudinais para o acolhimento e atendimento dos estudantes com deficiência. Promovida pelo Espaço de Apoio ao Aluno (Espaço A3) e o Setor de Gestão Pedagógica (Gepe), a dinâmica trabalhou a Síndrome de Tourette, a saúde mental dos estudantes e a alfabetização do plano individual dos alunos da educação especial.
Edmarcius Carvalho Novaes, coordenador do Espaço A3 e professor de diversos cursos da UNIVALE, explica que a Síndrome de Tourette é uma síndrome que tem ganhado visibilidade, sendo o caso de alguns alunos da Instituição. Uma das formas encontradas para apresentar aos professores o tema foi a apresentação do filme “O Primeiro da Classe”, que conta a história real do professor norte americano Brad Cohen, que convive com a Síndrome de Tourette desde os 6 anos de idade.
A professora Eliene Nery Santana Enes, do curso de Psicologia, explica que “a inclusão acredita no aluno, que é possível fazer diferente e que o próprio sujeito possa construir uma trajetória com apoio. Esse apoio pode vir da família, das políticas públicas e das instituições. Além disso, a inserção no mercado de trabalho não é algo fácil mesmo com a legislação, que busca o amparo às pessoas. As dificuldades são inúmeras e nem todos conseguem ingressar, devido às inúmeras portas fechadas ao longo do caminho. O filme, com certeza, levanta questões e reflexões a todos”.
Adelice Jaqueline Bicalho, professora do curso de Psicologia e responsável pelo serviço de apoio à educação inclusiva do Espaço A3, demonstrou que algumas das formas com que os professores e colaboradores da Instituição acolhem os alunos durante a sua trajetória acadêmica são por meio da adequação do tempo das avaliações e de orientações, como a diminuição da quantidade de disciplinas cursadas por período, para que o estudante não desenvolva grande ansiedade.
Como responsável pelo Espaço A3, Edmarcius também destaca que essa iniciativa de capacitação para professores é de grande importância, principalmente, para cumprir com a visão da Universidade, por ser comunitária, inovadora e inclusiva. “Além disso, está previsto no Plano Institucional de Inclusão e Acessibilidade em rigor, que preconiza a necessidade da formação dos nossos docentes para os tipos de acessibilidade que trabalhamos institucionalmente, que são a latitudinal, metodológica e física. É um momento rico de formação, feito junto com a gestão pedagógica. É uma oportunidade para os nossos docentes repensarem suas práticas e conhecerem o que a instituição já faz em prol da educação inclusiva dos nossos alunos”.
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