Por: Natalia Lima Amaral
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia cerca de 40% da população brasileira sofre com as altas taxas de colesterol. Além disso, entre 300 e 400 mil pessoas chegam a óbito anualmente por conta de doenças cardiovasculares no país. A data de 8 de agosto é marcada pelo Dia Nacional de Combate ao Colesterol, que ressalta a relevância do seu controle, uma vez que ele possui funções extremamente importantes para o organismo.
O colesterol é um tipo de gordura que pode ser encontrada em diversas partes do nosso corpo, além de ser um componente importante das membranas celulares. Bethânia Cristina de Oliveira, médica endocrinologista e professora do curso de Medicina da UNIVALE, explica um pouco mais sobre o tema: “O colesterol é carregado pelo sangue para o coração, cérebro, fígado, intestinos, músculos, nervos e pele. Ele é essencial para formação de hormônios sexuais, do desenvolvimento do sistema nervoso e da vitamina D”.
O segredo de manter-se saudável está no equilíbrio, mas, uma vez que o colesterol esteja em excesso no organismo, ele pode causar doenças, principalmente as cardiovasculares, como infarto e AVC isquêmico (derrame).
“Existem 2 tipos de colesterol: o HDL ou ‘bom’, que funciona como uma vassoura das artérias, limpando o acúmulo de gordura; e o LDL e VLDL, ou ‘ruim’, responsável pela formação de placas de gordura nas artérias”, explica Bethânia. Aproximadamente 70% do colesterol é produzido pelo fígado e cerca de 30% vem da alimentação, o que demonstra que a maior causa da sua alta taxa é genética e pode ocorrer por herança familiar. Para quem apresenta algum tipo de distúrbio, a forma adequada de tratamento é por meio de medicamentos, além da correção de maus hábitos de vida como sedentarismo, obesidade, tabagismo, dentre outros.
“A Hiperlipidemia, que é o nome que damos ao excesso de colesterol, é silenciosa e a única maneira de sabermos se temos essa doença é por meio de exames de sangue. O tratamento, além do uso de medicamentos, é feito com a mudança de hábitos de vida. É necessário a prática de exercícios, exercer o controle de peso, consumir alimentos ricos em fibras e reduzir alimentos com gordura saturada (embutidos, industrializados, frituras, laticínios integrais)”.
A importância desse controle do colesterol cresce especialmente em pacientes com um alto risco cardiovascular, como hipertensos e diabéticos. Segundo a professora, a cada 40 mg/dl de redução do LDL, ocorre uma diminuição de 10% da taxa de mortalidade de todas as causas e em 20% por causa de aterosclerose. Portanto, é fundamental consultar um médico periodicamente e realizar todos os exames de rotina.
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