No último mês do ano, a campanha Dezembro Vermelho chama atenção para a luta contra as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), em especial o vírus HIV, causador da Aids. O Dezembro Vermelho foi oficializado no calendário nacional da saúde com a Lei nº 13.504/2017, chamando a atenção para a prevenção, a assistência e a proteção dos direitos das pessoas infectadas com o HIV.
Professor do curso de Enfermagem da Univale, Micael Alves dos Santos alerta para que qualquer pessoa que acredite que tenha se exposto a situações de contágio procure a rede pública de saúde e faça o teste rápido. Em Governador Valadares, ele cita como exemplo, a testagem para Aids e outras ISTs acontece no Centro de Referência em Atenção Especial à Saúde (Crase).
“A rede municipal de saúde está aí, à disposição, com o Crase e postos de saúde. A gente orienta que as pessoas procurem os postos de saúde para se testar. A melhor forma de descobrir e se tratar é testando. O sigilo é garantido, assim como o encaminhamento que for necessário aos tratamentos. Tudo se dá pela porta de entrada do SUS, que é a unidade de saúde mais próxima da casa. Qualquer pessoa que teve alguma exposição e deseja se testar, não precisa agendar. Nem precisa de pedido médico, é só chegar e já vai ser acolhido. A equipe faz esses procedimentos e atende essa pessoa”, explica o professor, destacando a importância do Dezembro Vermelho.
Os alunos de Enfermagem da Univale adquirem experiência com a testagem para ISTs no 8º período, durante o estágio supervisionado em saúde pública. “Os estudantes recebem formação sobre profilaxia e teste rápido, faz parte do estágio. Eles passaram também pela referência de saúde da mulher e Rede Cegonha, que é quem faz a gestão dos testes rápidos nos postos de saúde. E, a partir disso, fazem abordagens educativas em salas de espera, e também realizam a testagem quando estão dentro da unidade de saúde, sob supervisão do professor”, acrescenta Micael.
Aluna do 8º período de Enfermagem, Ana Karoline Sabino reconhece a importância do Dezembro Vermelho, mas frisa que a orientação deve acontecer ao longo de todo o ano. Ela avalia que ainda há uma grande quantidade de pessoas sem informações quanto à prevenção e tratamento da Aids e demais ISTs.
“Falta informação. Muita gente realmente não sabe que existe o teste, ou não sabe como ele é feito. As pessoas acham que é um exame de sangue, mas é só uma picadinha no dedo, como se fosse olhar a glicose. E em 15 minutos já tem o resultado. Quando dá positivo, a pessoa é encaminhada ao Crase, que é um atendimento extremamente importante também, lá dão todas as orientações que precisa para que a pessoa tenha interesse em continuar o tratamento até o final”, relata a estudante.
Para ela, a experiência do estágio contribuiu para ter um maior conhecimento sobre a rede pública de saúde. “É uma porta que se abre para o conhecimento da gente. Eu tinha uma visão completamente diferente dos postos de saúde e da atenção primária, e hoje eu vejo a amplitude que tem, com vários serviços que eu jamais pensei que seriam ofertados. Hoje reconheço a importância. O estágio proporciona que a gente tenha mais experiências dentro daquele campo. Mesmo que você ache que não é sua área, o estágio abre sua mente para aquilo”, afirmou.
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