A obesidade é considerada uma doença caracterizada, principalmente, pelo acúmulo de gordura corporal, causada por fatores que incluem hábitos alimentares e sedentarismo, entre outros. O dia 4 de março foi a data instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como alerta sobre essa condição que afeta mais de 1 bilhão de pessoas em todo o planeta. Para aumentar a conscientização no Dia Mundial de Combate à Obesidade, professores da Univale comentam as causas da doença e como combatê-la.
Coordenador do curso de Medicina da Univale e cirurgião bariátrico, Romeo Lages pontua que são múltiplos os fatores que podem causar obesidade. “A obesidade é uma doença. Muitas vezes as pessoas não entendem como doença, mas é. De formação por múltiplos fatores, como causas hereditárias ou fatores hormonais e metabólicos, quando o organismo não responde às atividades celulares da maneira mais adequada, trabalhando numa rotatividade mais lenta. Há sim fatores comportamentais, como os fatores daquele paciente que não realiza atividade física, tendo sedentarismo associado. E também fatores relacionados a hábitos de estilo de vida, pacientes que ingerem alimentos calóricos em grandes quantidades”, afirmou Romeo.
Médica endocrinologista, Tiara Grossi enfatiza a importância do combate à obesidade, já que essa doença pode levar a outras complicações, entre elas a diabetes e a hipertensão. Mesmo lembrando que fatores genéticos ou alterações hormonais são causadores do aumento de peso, ela destaca a questão alimentar como responsável pelo aumento recente no número de casos.
“Nós passamos por um momento na pandemia com aumento absurdo desse número de pessoas que se enquadram em obesidade, muito pela diferença de alimentação que essas pessoas tiveram acesso. Isso persiste até hoje”, frisou.
Professora do curso de Nutrição da Univale, Izabella Vieira recomenda uma alimentação equilibrada tanto para a prevenção quanto para o tratamento da obesidade e suas comorbidades. “No Brasil, a principal causa alimentar associada à obesidade nas últimas décadas foi o aumento do consumo de ultraprocessados, gordura saturada e carboidrato simples, e em contrapartida houve a diminuição da ingestão de frutas, hortaliças e fibras dietéticas, entre outros”, observou. Ela pondera que um plano alimentar elaborado por nutricionista é importante para a manutenção de um peso adequado, mas que o tratamento da obesidade deve ser multiprofissional.
Quem faz uma consideração semelhante é a também professora do curso de Nutrição, Tatiana Pascoal: “Algumas pessoas, dependendo do grau de obesidade, precisam de uma equipe multidisciplinar. É importante, nesses casos, ter um acompanhamento do nutricionista, psicólogo, ou médico, para ver se há algum problema hormonal, e educador físico também, para orientar adequadamente o tipo de atividade física para fazer. É sempre importante contar com outros profissionais para ajudar no tratamento da obesidade”. Tatiana acrescenta que a pessoa que deseja perder peso deve buscar hábitos alimentares mais saudáveis, tendo como base o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados, além de praticar atividades físicas.
Conforme o professor do curso de Educação Física da Univale, Dângelo Salomão Augusto, a realização de exercícios promove aumento no gasto de energia corporal e induz redução da gordura e aumento na massa magra (livre de gordura), sobretudo, massa muscular. “O exercício físico como parte do nosso estilo de vida é algo que deve ser estimulado, pois é fundamental à nossa qualidade de vida”, ressaltou.
Entre os exercícios mais indicados para quem precisa perder peso, Dângelo cita a musculação ou atividades aeróbicas – como caminhar, pedalar, nadar ou correr – realizadas com duração e intensidade suficientes para aumentar o gasto de energia, por pelo menos 30 minutos diários. O professor também menciona o Exercício Intervalado de Alta Intensidade, conhecido como HITT, no qual a pessoa realiza exercício intenso, intercalando momentos de pausa em sessões que tendem a ser mais curtas. “Isso facilita a adesão e obtém efeitos sobre a forma física em um prazo menor. Quaisquer dessas propostas devem ser orientadas pelo profissional de Educação Física para garantir a eficácia e a segurança do exercício”, salientou.
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