Professor da Univale orienta sobre riscos e cuidados relacionados à doença.
Anualmente, no dia 16 de setembro, pessoas de todo o Brasil se unem para debater e conscientizar a população sobre os riscos e cuidados relacionados à trombose. A data foi instituída pelo governo federal em 2012, com o objetivo de aumentar o compartilhamento de informações sobre a doença e diminuir o número de casos diagnosticados, por meio de ações preventivas.
O médico cardiovascular Fábio Mesquita de Souza, que é professor no Ambulatório Médico de Especialidades da Univale — AME, explica que a trombose vascular profunda (TVP) não possui causa única. Idade avançada, imobilização prolongada, grandes cirurgias, obesidade, uso de hormônios, gestação, doenças cardiopulmonares e a presença de cateteres centrais são alguns dos fatores que podem gerar a ocorrência da doença. Por esse motivo, todos os pacientes que se encontram em algum desses contextos, devem ser acompanhados por um Angiologista, para prevenção.
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Ainda de acordo com as informações do professor, a TVP apresenta como risco principal, a embolia pulmonar, que ocorre quando o trombo ou coágulo migra para o pulmão e obstrui a circulação local, o que pode levar à morte do paciente. Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia mostram que a cada 37 segundos morre, no mundo, um paciente por complicações da TVP, e a cada quatro pacientes com TVP, sem diagnóstico ou tratamento, um irá morrer.
Para evitar o agravamento do caso e o próprio diagnóstico, o médico afirma que existem ações de orientação e prevenção que são bastante efetivas. “Nos hospitais, existem protocolos para avaliação e diagnóstico dos grupos de risco para TVP. No Hospital onde sou coordenador, seguimos o protocolo de prevenção à trombose. Lá, todos os pacientes internados passam por uma avaliação protocolar no sentido de identificar os grupos de risco. Em âmbito nacional, a Sociedade Brasileira de Angiologia, acaba de fazer uma campanha em agosto, focada na prevenção vascular”, explicou.
Dentre os principais sintomas da doença, Fábio destaca o indício mais recorrente, que é o inchaço em uma das pernas. O médico afirma que dentre os sinais, podem estar presentes também uma dor moderada ou leve e alteração da coloração da pele. Em caso de suspeita, o recomendado é procurar imediatamente um médico angiologista ou comparecer a um pronto-socorro.