Sumário
Em todos os estados brasileiros, o primeiro turno das eleições municipais será no dia 6 de outubro. Nas cidades com mais de 200 mil eleitores, a população voltará às urnas no dia 27 do mesmo mês, para o segundo turno. Faltando menos de três semanas para o dia do pleito, as campanhas eleitorais já estão nas ruas e plataformas digitais, com toda uma equipe responsável por cuidar da imagem dos candidatos. Publicitário, jornalista e professor dos cursos de Comunicação na UNIVALE, Roberto Villela Filho participou do programa Prosa Cultural, da UNIVALE TV, e explicou algumas diferenças entre os conceitos de marketing político e marketing eleitoral.
Na conversa com a apresentadora Larissa Leite, também jornalista e professora na universidade, Bob Villela compartilhou de experiências adquiridas em eleições passadas e falou do conceito de “campanha permanente”, que coloca o marketing político em evidência mesmo quando não há comparecimento às urnas. A campanha permanente, ele explica, é realizada constantemente, por todos os atores políticos, com diversas ações realizadas para influenciar a opinião pública.
“Marketing político, de modo geral, é uma vertente do marketing tradicional, de produtos e serviços, mas obviamente está voltado para partidos políticos, ideologias e candidatos. Esse tema fica mais aceso e ganha mais relevância em períodos eleitorais, mas é bom lembrar que o marketing político acontece todos os dias. Não há um dia em que o marketing político não seja uma maquininha, girando ali”, afirmou o docente.
Já o marketing eleitoral, diferencia Bob Villela, se restringe aos períodos de campanhas, quando cada candidato tem o objetivo de convencer o eleitorado de que é a melhor opção para o voto. Os postulantes a mandatos eletivos (neste ano, prefeito, vice-prefeito e vereador) falam de suas trajetórias pessoais, prestam contas de suas vidas públicas, mostram bandeiras de atuação e apresentam outras informações que podem atrair a atenção.
“Tudo isso é permeado por uma conexão emocional o tempo todo. Porque precisa haver sentimento. Em campanha a gente fala de adesão, de busca e de sentimento. Isso que vai acender as pessoas e trazer identificação, vai galvanizar as pessoas para elas comprarem aquela proposta e irem juntos. Por isso se fala tanto em narrativa, construção e embalagem. É até feio, porque parece que está tratando a pessoa como produto, e não é necessariamente isso, mas isso fala de como a pessoa vai se apresentar e se vestir. O slogan tem um peso muito forte, porque as pessoas vão repetir isso”, disse Bob.
As pesquisas de opinião são ferramentas importantes no marketing político e eleitoral, e o tema também foi abordado na Prosa Cultural entre Larissa Leite e Bob Villela. O professor acrescenta que as pesquisas permitem ajustes na comunicação de uma campanha, verificando o que traz mais adesão ou reduz a rejeição a candidatos.
“Em Valadares, e isso já é realidade há muitas eleições, a pesquisa é item imprescindível do marketing político e eleitoral. Isso acontece o tempo todo, e ainda mais durante a campanha eleitoral. Existe a pesquisa qualitativa, que busca uma percepção mais subjetiva, que se leva para a pesquisa quantitativa, em que se analisa quantas pessoas pensam da mesma maneira, muito resumidamente. E existe o tracking eleitoral, que é como se fosse uma pesquisa feita diariamente, ou semanalmente, que mostra um cenário atualizado sobre a posição do candidato”, relatou o docente.
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