“A mortalidade infantil é um indicador das condições de vida e de saúde de uma população, por expressar não somente causas biológicas, mas também determinações de ordem socioeconômica e ambiental e da saúde de mulheres e crianças”, é o que afirma a professora Valéria Ambrósio, do curso de Enfermagem da Univale, que vai defender sua dissertação sobre o assunto para o programa de Pós-Graduação em Gestão de Serviços da Saúde, na Universidade Federal de Minas Gerais.
A pesquisadora trabalhou com as percepções de gestores e profissionais acerca das ações e políticas de saúde direcionadas à mulher e à criança em Governador Valadares. “A redução da mortalidade infantil depende da melhoria efetiva nas condições de vida e de políticas públicas de saúde. As falhas na atenção à gestante, ao parto e ao recém-nascido, portanto, têm influência direta nas mortes no primeiro ano de vida”, afirma.
O objetivo do estudo desenvolvido pela professora foi analisar a percepção acerca do assunto em unidades de Atenção Primária à Saúde do município de Governador Valadares. Para coletar os dados, ela entrevistou 21 profissionais e gestores da Secretaria de Saúde do município.
A pesquisa concluiu que, na visão dos profissionais, o óbito infantil é um evento distante do cotidiano. “Eles desconhecem as taxas do município e suas principais causas, por isso a discussão sobre o assunto é tão frágil”, destaca Valéria, concluindo que “apesar de reconhecerem a importância desse indicador, ele não é usado como deveria”.
A dissertação será apresentada no dia 20 de fevereiro, às 14 horas, na Escola de Enfermagem da UFMG
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