Mais de 40 servidores do Distrito Sanitário Especial Indígena de Minas Gerais e Espírito Santo (DSEI-MG/ES) participam de três dias de capacitação em saúde bucal na UNIVALE, entre os dias 3 e 5 deste mês (de terça a quinta-feira). São profissionais cirurgiões-dentistas e auxiliares de saúde bucal que se preparam para fazer um levantamento epidemiológico em mais de 100 aldeias atendidas pelo DSEI, e a formação acontece graças a uma parceria entre o Distrito Sanitário (ligado à Secretaria de Saúde Indígena, do Ministério da Saúde) e os cursos de Odontologia e mestrado em Gestão Integrada do Território (GIT) da universidade.
Professora do GIT e do curso de Odontologia, Suely Rodrigues explica que o levantamento epidemiológico a ser realizado coletará dados para se conhecer a condição de saúde bucal da população assistida, permitindo o direcionamento de metas e ações para melhorar a qualidade de vida dos indígenas.
“A professora Marilene Boechat e eu elaboramos um manual, a partir de recomendações da Organização Mundial de Saúde. Vamos fazer a leitura desse manual, discutir todas as etapas do levantamento epidemiológico. Na quinta-feira à tarde faremos a parte prática. Vamos examinar 10 pacientes para verificar os índices que estamos medindo, se todos os profissionais têm o mesmo padrão na hora de coletar os dados”, comentou Suely.
O coordenador do curso de Odontologia, professor Cláudio Manoel Cabral Machado, destacou que vários profissionais do DSEI que vieram para essa capacitação são egressos da UNIVALE. “A gente entende a importância desse movimento, a importância do que isso vai trazer para a comunidade indígena. Gosto de reforçar sempre o caráter que nosso curso de Odontologia tem junto à comunidade, isso foi um dos elementos que nos levou a ser nota 5 na avaliação do Ministério da Educação. É muito gratificante esse momento de aprendizado e troca, e o levantamento epidemiológico dará diretrizes para todo o trabalho que será executado”, afirmou o professor.
Referência Técnica de Saúde Bucal do DSEI, Dalila Chaves Magalhães Bispo enfatizou a necessidade de conhecer as condições de saúde dos povos indígenas da região. “Esse trabalho de levantamento epidemiológico é de suma importância para as nossas populações indígenas. Cada dentista e cada auxiliar de saúde bucal precisa conhecer as condições de saúde da nossa população. Temos hoje 102 aldeias cadastradas em nosso distrito, e para planejar as nossas ações é preciso conhecer as condições de saúde bucal”, disse Dalila.
Uma das profissionais presentes na capacitação, Sandra Borges de Jesus é auxiliar de saúde bucal e reconhece a importância desse momento de aprendizagem na universidade. “A gente vai saber quem está precisando de tratamento, quem já fez e quem vai fazer. É um momento importante para todos da comunidade indígena, que vai ajudar a gente em nosso trabalho no dia a dia”, declarou Sandra.
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