Jornalista e egresso do mestrado em Gestão Integrada do Território (GIT), da Universidade Vale do Rio Doce, Samuel Perpétuo hoje vive na Irlanda, onde desde 2022 cursa doutorado no Dundalk Institute of Technology, na cidade de Dundalk. Em sua pesquisa atual, Samuel faz parte de uma equipe que lançou um aplicativo para monitorar a qualidade da água de rios. O projeto utiliza o conceito de Ciência Cidadã, que o jornalista já aplicava desde o período no GIT.
Samuel explica que o aplicativo, chamado Aqualnvert, analisa a biodiversidade da água, verificando a presença de organismos microinvertebrados. Utilizando os conceitos de Ciência Cidadã, de envolver voluntários na construção do conhecimento, o projeto conta com a participação de pessoas não cientistas, especialmente crianças.
“Em projetos ambientais, principalmente, se necessita de muita mão de obra. Se, por exemplo, for monitorar um rio ou uma floresta, vai precisar de muita gente para ajudar nesse monitoramento. Se fossem somente cientistas, ficaria inviável. A Ciência Cidadã aproxima as pessoas dessa coleta de dados, e otimiza muito os custos de uma pesquisa científica, além de envolver a comunidade no projeto, que se engaja na ciência e nas causas ambientais”, comentou o doutorando.
Atuando no projeto com uma perspectiva social, Samuel Perpétuo considera que a participação de crianças contribui para o desenvolvimento de uma cultura de sustentabilidade. “Pensamos em como engajar as crianças nas causas ambientais, porque a literatura científica mostra que é mais fácil mudar as atitudes de uma criança que de um adulto. Se a gente quer construir um futuro mais sustentável, é melhor focar nas crianças, que não têm tantos vícios de consumo. Para mudança de longo prazo, uma sociedade menos consumista e mais sustentável, é melhor focar em crianças”, observou.
Orientadora de Samuel durante o mestrado, a professora do GIT, Renata Campos, celebra que o antigo aluno continue aplicando os conhecimentos em Ciência Cidadã. “O Samuel começou os estudos dele em Ciência Cidadã aqui no GIT. A gente começou essa empreitada ainda no mestrado e ele resolveu continuar os estudos nesta mesma perspectiva, nesse laboratório que está situado lá na Irlanda. De toda maneira, ele continua parceiro aqui do Laboratório Cidadão de Ecologia do Adoecimento e Saúde dos Territórios, o Leas. A gente ainda espera continuar parceiros por um longo tempo”, disse Renata.
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