O hall do Edifício ED2, no campus II da UNIVALE, se tornou um espaço de divulgação da cultura popular na noite de quinta-feira (23), com a Feira de Cultura e Saúde. Estudantes do 6º período de Enfermagem demonstraram como a saúde se relaciona com saberes tradicionais, como o uso de ervas e plantas medicinais, e também houve mostra de poesias e cordéis produzidos pelos alunos.
A atividade, conforme explica o professor Micael Alves dos Santos, está ligada à disciplina Integração e Educação em Saúde II, cursada atualmente pelo 6º período do curso, e contou com participação também de alunos do programa de pós-graduação em Saúde da Família (do qual Micael é tutor), na modalidade de Residência, com profissionais de áreas que incluem Serviço Social, Enfermagem, Fisioterapia e Psicologia.
“A disciplina Integração e Educação em Saúde II é a que a gente trabalha temas como cultura e saúde, educação popular e ancestralidade. E também tem conteúdo da disciplina de Enfermagem Pediátrica, que está trabalhando orientações para evitar acidentes domésticos com crianças, na modalidade de educação popular em saúde. Temos demonstração de auriculoterapia, ventosas, aferição de pressão, e também espaço de ervas e plantas medicinais. Estamos mostrando tudo que representa a cultura dos alunos, foram eles que produziram cordéis e poemas sobre a cultura deles”, comentou o docente.
Micael destaca que as demonstrações da Feira valorizam a cultura e os saberes populares, que fazem parte das pessoas em qualquer ambiente. “Não tem como pensar a saúde dentro de uma caixinha, só pensando na doença, por exemplo. A proposta da disciplina é trabalhar a saúde em uma perspectiva integral e ampliada. Quando a gente compreende o indivíduo como um todo, a gente compreende a sua cultura, os seus saberes, a forma como ele percebe a saúde e como ele cuida da própria saúde. Quando a gente trabalha isso, é importante que o enfermeiro identifique isso. Porque, ao cuidar, não se cuida da doença, se cuida da pessoa. E a pessoa tem sua cultura, seus saberes, seus princípios. O que a gente quis trazer foi a cultura dos alunos, de onde eles vêm, e de como isso perpassa para a saúde integral”, observou o professor.
A aluna Ana Carolina Lessa Silva reconhece que a sabedoria popular é um conteúdo importante para a formação de enfermeiros. “A gente vai atender todo tipo de população, então a gente tem que saber sobre cultura e sobre como lidar com todos os tipos de conhecimento. Porque cada um traz o seu conhecimento e a gente precisa dessa noção”, avaliou a estudante de Enfermagem.
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