Estão cada vez mais comuns os casos de jovens vitimados por doenças cardiovasculares no Brasil, principal causa de morte no país. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, houve um aumento de 176% no número de óbitos por infarto no país, entre 1990 e 2019. Em entrevista para a UNIVALE TV, a cardiologista Tássia Assis falou sobre sintomas e prevenção das enfermidades que mais afetam o coração e os vasos sanguíneos.
“O termo doença cardiovascular é bem abrangente, porque inclui as doenças que acometem o coração e os vasos sanguíneos. Abrange desde a hipertensão arterial, a famosa pressão alta, que é uma das doenças mais prevalentes, até doenças que envolvem artérias do cérebro, no caso do AVC, por exemplo, e artérias que envolvem o coração. Temos aí o infarto e também as doenças arteriais periféricas, que causam dor e isquemia nos membros inferiores, e a insuficiência cardíaca também é uma doença cardiovascular. Também há embolia pulmonar e embolia periférica, e as arritmias. Essas são as doenças cardiovasculares mais frequentes na população”, exemplificou.
Os sintomas do infarto, conforme explica a cardiologista, incluem dores, geralmente no centro do peito, irradiando para o lado esquerdo, e nos braços, principalmente o braço esquerdo, podendo irradiar também para a mandíbula.
“Acontece ainda o quadro de cansaço, associado à falta de ar e às vezes com palidez e sudorese fria. O começo geralmente é relacionado ao esforço físico ou a um stress emocional muito grande. Mas em idosos, mulheres e diabéticos esses sintomas nem sempre são tão típicos, tão bem descritos dessa forma, e podem variar”, afirmou a médica.
O tratamento é aplicado de acordo com cada doença, e pode incluir medicamentos farmacológicos ou até mesmo intervenções cirúrgicas, mas Tássia Assis orienta a adoção de um estilo de vida saudável para reduzir o risco de contrair alguma das doenças cardiovasculares.
“A prevenção sempre é o melhor caminho, quando se adota um estilo de vida com alimentação saudável, prática regular de atividade física, manutenção do peso dentro do normal, abstenção de tabagismo e etilismo, e ausência de excesso de stress. Tudo isso faz parte de um estilo de vida saudável, que previne essas doenças e até mesmo ajuda no tratamento medicamentoso, quando é necessário fazê-lo. Mas, sem dúvida, o que vai ter maior impacto e melhora na sobrevida a longo prazo é um estilo de vida saudável”, disse a cardiologista.
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