Em palestra realizada na noite de segunda-feira (20), alunos de Medicina Veterinária participaram de debates sobre biologia e clínica de acidentes com animais peçonhentos. O evento foi realizado pela Liga Acadêmica de Fauna (Lafau), e quem conduziu as discussões foi a herpetóloga (bióloga que trabalha com anfíbios e répteis) Letízia Miriam Gomes de Jesus, formada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e atualmente mestranda pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
A palestrante abordou o impacto do envenenamento de animais peçonhentos (como serpentes, aranhas e escorpiões, entre outros) em animais de criação e de companhia. Letízia avalia que aprender mais sobre identificação e hábitos desses animais, permite entender mais sobre eles e diminuir a incidência de encontros que possam prejudicar os humanos e os próprios animais.
“Esse tema é muito importante para alunos de graduação e para a população em geral, pela grande proximidade que temos com esses animais, que podem ser perigosos. Para alunos de Medicina Veterinária a importância é maior, pois eles são os responsáveis por identificar e tratar os envenenamentos e doenças decorrentes desses, em animais de criação e companhia”, afirmou a herpetóloga.
Presidente da Lafau, o aluno Henrique Rocha Fonseca espera que, com os conhecimentos debatidos na palestra, os participantes saibam reagir ao contato com animais peçonhentos. Ao destacar a ausência em Governador Valadares de um órgão que estude animais silvestres e exóticos, ele salienta que o objetivo da Liga é formar um polo de cuidado com animais selvagens.
“A gente tem uma Mata Atlântica muito abrangente, tem a mata ciliar do rio Doce, e a gente tem muito animal que precisa de cuidado. Não só cuidar do animal, mas cuidado humano, com questões de zoonoses e febre amarela, que são um problema aqui de Valadares, de acordo com o Ministério da Saúde. A gente procura estudar isso”, pontuou Henrique.
A Lafau é orientada pelo professor Eduardo Costa Avila, que falou da relevância de aprender mais sobre a fauna da região. “É sempre importante conhecer os animais pertencentes à fauna silvestre. Com relação às serpentes e outros animais peçonhentos, atuando não só na questão de prevenção de acidentes, como também na preservação desses animais, que têm uma grande importância na natureza”, disse o professor.
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