Nas páginas do livro “Como um Arranha-Céu”, da escritora valadarense Alice Ribeiro, o leitor mergulha na jornada de Natalie, uma jovem cujo mundo foi sacudido por uma tragédia. Seus pais, renomados arqueólogos, faleceram em um trágico acidente de carro, deixando-a em meio a um mar de confusão e dor. Contudo, o que parecia ser apenas uma fatalidade revelou-se um segredo ainda mais sombrio.
O livro mistura elementos de mistério, aventura e um toque de magia. A trama se desenrola quando Natalie recebe a visita de Dakota, sua irmã mais velha, também arqueóloga, e recebe a notícia sobre o acidente. No decorrer da história, Natalie descobre que na verdade, seus pais foram assassinados.
Com 172 páginas repletas de suspense e reviravoltas, “Como um Arranha-Céu” mergulha o leitor em um mundo onde segredos ancestrais se misturam com o presente. A jornada de Natalie para descobrir a verdade por trás da morte dos pais a leva por caminhos inesperados, desafiando-a a enfrentar seus próprios medos e incertezas. “O livro não só trata da busca por justiça, mas também da reconstrução dos laços familiares e do amadurecimento da protagonista”, declara a autora, Alice Ribeiro.
A inspiração para o livro veio de sua paixão por filmes de aventuras e investigações. “Filmes como 007, Sherlock Holmes, Lara Croft, despertaram em mim a vontade de participar de alguma forma de uma grande aventura. Quando comecei a imaginar ‘Como um Arranha-Céu’, pensei: e se Lara Croft tivesse uma irmã? E se eu pudesse criar minha própria saga de arqueologia e mistério?”, afirma Alice.
A publicação não foi uma jornada fácil para Alice. Depois de finalizar o manuscrito, ela o deixou descansar por um tempo, buscando conselhos e orientação. “E aí veio a pandemia, a Lei Aldir Blanc em 2021, e eu vi a oportunidade de finalmente compartilhar essa história”, conta Alice, refletindo sobre o processo de produção do livro que teve o lançamento realizado em 2022, na casa de cultura Nelson Mandela.
O processo de criação em parceria com a irmã
Existem momentos que vão além das palavras escritas, que se revelam nas cores, formas e na arte que envolve uma obra. É nesse universo da produção de um livro que Aline Ribeiro, irmã da autora Alice Ribeiro, encontrou seu lugar.
Para Aline, ser parte do projeto do livro de sua irmã foi mais do que um simples trabalho, foi uma imersão em emoção. Como designer gráfico, formada também pela UNIVALE, coube a ela a missão de dar vida à capa e ao miolo da obra. “Receber o livro foi uma experiência única, uma mistura de emoções”, compartilha Aline. “Ver meu trabalho ali, lado a lado com a narrativa cuidadosamente feita por Alice, encheu meu coração de alegria e orgulho”.
Mais do que contribuir com sua experiência em design, Aline viu nesse projeto uma oportunidade de unir paixões. Enquanto sua irmã mergulhava no mundo da escrita, ela encontrava seu lugar na arte visual que envolveria o livro. “Foi gratificante e enriquecedor trabalhar ao lado dela, especialmente nas etapas finais da produção”, diz Aline. “Acompanhar de perto a finalização, desde a diagramação até os detalhes da capa, fortaleceu ainda mais os laços que nos unem como irmãs”.
E agora, com o primeiro livro concluído e o olhar já voltado para o próximo, Aline mal pode conter a ansiedade. “Estou profundamente honrada por ter feito parte desse projeto”, diz ela, com entusiasmo, “e já estou ansiosa pelo próximo”.
Relações entre Engenharia e literatura
A escrita não é a única paixão de Alice — ela também atua em sua área de formação, a Engenharia Elétrica. Formada em 2015 pela UNIVALE, ela vê profundas conexões entre as duas paixões. “Meu livro não é relacionado à tecnologia, mas sim de algo além. Algo a ver com sabedoria, magia e acaba que isso é interligado”, revela a autora. “É a vontade de ter mais, de saber mais, de aprofundar. Essa é a visão que tenho, parece que não é relacionado, mas no fundo é, porque você quer criar coisas novas, você quer fazer coisas novas, participar de grandes histórias”.
Para muitos, pode parecer um desvio entre as duas profissões, que fazem parte do dia a dia da jovem escritora, no entanto, para Alice, essa jornada é uma extensão natural de sua curiosidade e seu anseio por desvendar o inexplorado.
Ao longo das décadas, a Engenharia testemunhou grandes avanços, especialmente na era digital. A engenheira eletricista lembra os dias anteriores à explosão da tecnologia, quando mexer em computadores era uma novidade e o surgimento do celular era uma revolução. “A cada ano surgem novas tecnologias, é um avanço. Tudo é telemedido, telecomandado pela internet. Se a rede falha, muitas coisas são prejudicadas. É algo que sempre foi tido como futurístico, e a ficção é exatamente isso. Ambas estão avançando, buscando novas fronteiras”.
“Como um Arranha-Céu” é o primeiro capítulo de uma trilogia que promete envolver os leitores em uma trama cheia de mistérios e reviravoltas. Para coroar sua paixão pela literatura e compartilhar sua obra com outros buscadores de aventura, Alice doou recentemente três exemplares para a biblioteca da UNIVALE. Esse gesto solidifica não apenas seu compromisso com a arte, mas também sua vontade de inspirar novas mentes a explorar novos horizontes literários. “O livro traz um plot twist muito, muito interessante”, adianta a autora.
Assim, Alice, a engenheira que escreveu ficção, continua sua jornada de explorar novos terrenos, unindo o mundo concreto da engenharia com as infinitas possibilidades da imaginação. E como ela mesma diz: “Criar é buscar o novo, é participar das grandes histórias que ainda estão por vir”.
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