A atuação da equipe foi bastante elogiada pela coordenação do Samu e pela família do bebê
Com 34 semanas de gestação, Hérica Braga se assustou ao sentir dores na manhã de domingo (14) e, após notar sangramento, chamou uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O atendimento chegou com uma ambulância básica (USB), acompanhada por um técnico de Enfermagem e pela estagiária Karina Borges Chaves, aluna do 10º período de Medicina da UNIVALE. Foi Karina quem notou que Hérica estava prematuramente em trabalho de parto – são necessárias pelo menos 37 semanas de gravidez. Coube à estudante conduzir um nascimento, pela primeira vez, em duas semanas de estágio no Samu, e o bebê Heitor veio ao mundo em menos de 20 minutos, pouco antes da chegada de um médico e da equipe que encaminhou mãe e filho para o hospital.
Quando percebeu que o bebê estava prestes a nascer, Karina orientou Hérica a apertar a mão da estagiária com força, a cada vez que sentisse uma contração. “O técnico trouxe o kit de parto da USB. Nas próximas contrações, falei pra ela [Hérica] abrir as pernas e fazer força novamente. Coloquei minha mão pra ajudar a abrir o períneo e evitar a laceração, foi quando saiu a cabeça do bebê. Em seguida a orientei a colocar os pés nas minhas costas e a fazer força. Eu estava ao lado da cama, não tinha como ficar de frente. Ajudei o bebê a fazer a rotação pra poder retirar os ombros e puxar. Em seguida ele nasceu, chorando, e bem”, relatou a estudante da UNIVALE.


A atuação da equipe, composta também pela condutora socorrista Fernanda Mesquita e pelo técnico de Enfermagem Kassius Weder Martins, foi bastante elogiada pela coordenação do Samu e pela família de Hérica e Heitor. “A dor veio do nada. Eu estava dormindo quando a dor veio. Fui ao banheiro, comecei a sangrar e depois vim pro quarto, deitei na cama. Confesso que fiquei um pouco assustada, porque meu primeiro filho eu ganhei no hospital. Nunca tinha passado por isso. Ela [Karina] é maravilhosa, esteve comigo o tempo todo, me ajudando, me dando apoio e força. Ela é simpática demais e muito profissional, que Deus abençoe sempre ela e todos da equipe que esteve com ela também”, relembrou Hérica.
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A estudante de Medicina avalia que o nascimento de Heitor foi uma experiência no Samu que a permitiu praticar o conhecimento adquirido no curso. “Foi o meu primeiro parto sozinha, sem médico presente. Mas a equipe foi muito competente, tanto o técnico Kassius, quanto a condutora Fernanda. Saímos da base às 7h36 e o Heitor nasceu 7h55. Acredito que o rodízio na maternidade do Hospital Municipal foi de grande aprendizado, estávamos sempre nas salas de parto, assistindo, e já havia dequitado a placenta uma vez só. A UNIVALE tem uma base muito boa nas áreas de Ginecologia e Obstetrícia e de Pediatria. Fiquei muito feliz em ter colocado o aprendizado em prática, foi uma experiência única”, acrescentou Karina.


