Sumário
Por: Natalia Lima Amaral
Nesta quarta-feira (12/07), o Parque de Exposições José Tavares Pereira irá sediar a palestra “A Voz da Mulher Empreendedora”, com a comunicadora e produtora rural Camila Telles, eleita pela Forbes como uma das 100 Mulheres Poderosas do Agro. O principal objetivo é amplificar a confiança que toda mulher deve nutrir por si, ao ocupar espaços por suas competências, para dominar o mercado em todos os segmentos. O evento é gratuito e acontecerá às 16h, no bairro São Paulo.
O evento é organizado pelo Sebrae Minas, o Sicoob Crediriodoce, a Cooperativa Agropecuária Vale do Rio Doce, a União Ruralista Rio Doce e o Sindicato Rural, com o apoio da UNIVALE e da Prefeitura de Governador Valadares.
Janaína Gonçalves Gomes, professora do curso de Agronomia da UNIVALE, desempenha um papel importante na sua profissão. Além da sua contribuição como professora e pesquisadora, ela faz parte da representação das mulheres no agronegócio e contou um pouco mais sobre a sua perspectiva em relação à área. “Sou encantada pela Agronomia e, atualmente, estou como professora universitária, pesquisadora e extensionista. Já tive oportunidade de atuar de diferentes formas, principalmente pelo fato das possibilidades de atuação serem amplas. Acredito que, aos poucos, os espaços estão se abrindo e sendo mais acolhedores e inclusivos”, explica.
A professora também conta que as experiências também podem ser bastante desafiadoras. Como em muitas profissões, ainda são enfrentados problemas de discriminação de gênero e que não podem ser deixadas de lado. “As Ciências Agrárias, historicamente, foram ocupadas majoritariamente por homens e isso já atravessa décadas e décadas. Precisamos continuar avançando em um processo de mudança de valores e de hábitos com a intenção de promover ambientes mais éticos que valorizam o respeito mútuo e são mais igualitários. Afinal, uma mulher para conseguir um espaço na área ainda precisa fazer muito mais esforço que um homem com a mesma competência”, conta Janaína.
Para além das problemáticas, Janaína encontra sua realização profissional e relevância nas questões de representatividade das mulheres no agronegócio. “Muitas mulheres começaram a ocupar esses espaços e serviram de exemplo para mim. Espero também ser um exemplo positivo para outras mulheres que desejam ingressar nas Ciências Agrárias. As mudanças estão acontecendo. Hoje as mulheres já começaram a ocupar espaços de liderança em diferentes segmentos e esses números aumentam a cada ano. Entretanto, ainda temos um longo caminho pela frente e estamos distantes de nos aproximar da representatividade e domínio masculino no setor”.
É possível acompanhar iniciativas de políticas e programas que possuem o intuito de ampliar o protagonismo feminino em empresas rurais. Um exemplo disso é o Congresso Nacional de Mulheres no Agronegócio, que teve sua primeira edição em 2016, com 600 congressistas em mais de 10 estados no país. “Essas iniciativas são extremamente relevantes por possibilitar às mulheres maior acesso a crédito, a capacitações, tecnologia, assistência técnica, entre outros recursos. Já existem pesquisas que relatam que a maior atuação feminina promove efeitos positivos na realidade do agronegócio. Bobo é quem insiste em não querer ver”, comenta Janaína.
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