O programa de extensão Rede Solidária Natureza Viva, executado por cursos da UNIVALE para incentivar boas práticas ambientais e promover ações de saúde junto a trabalhadores de coleta seletiva, visitou a Associação de Catadores de Materiais Recicláveis Natureza Viva (Ascanavi) nesta quinta-feira (18) para levar orientações sobre saúde da mulher. Durante o encontro também houve uma confraternização para parabenizar as catadoras pelo Dia das Mães, celebrado no domingo (12).
A ação sobre saúde da mulher teve a participação de alunos e docentes dos cursos de Enfermagem, Fisioterapia, Biomedicina, Farmácia e Estética e Cosmética. “A gente traz educação em saúde com foco no tema do mês, e o tema deste mês é saúde da mulher. A grande maioria dos trabalhadores é composta por catadoras. Falamos da importância da mãe e da mulher, e trouxemos orientações em linguagem que todos possam entender. Não só as mulheres, mas os homens também, porque eles têm mulheres em casa. E algumas situações também acometem o homem, e às vezes ele nem sabe”, explicou a orientadora do curso de Enfermagem, professora Mônica Valadares.
A prevenção do câncer de colo de útero e a importância do exame preventivo Papanicolau estiveram entre os temas abordados sobre a saúde da mulher. “O Papanicolau deve ser feito a partir do momento em que a mulher inicia a vida sexual, até os 64 anos. Durante muito tempo a mulher deve fazer esse acompanhamento, especialmente se a mulher tem casos de câncer de colo uterino na família. Esse exame causa certa vergonha, mas é um exame simples. Pode ser feito por um enfermeiro ou um médico, e tem condições de identificar células alteradas no canal da vagina ou no colo do útero. E quanto mais precoce for a identificação, maior a possibilidade de intervenção no caso de um câncer ou de outras infecções sexualmente transmissíveis”, pontuou a professora.
Outros assuntos abordados sobre saúde da mulher foram a prevenção ao câncer de mama e a realização do autoexame das mamas como meio de conhecimento do corpo. “Existem exames de imagem que vão identificar lesões muito pequenas, que não são perceptíveis pela apalpação. Mas qual o público que tem acesso? Enquanto todos não tiverem esse acesso, o que pode ser feito é o autoexame das mamas. A mulher faz a apalpação, vai conhecer seu corpo e pode identificar alterações”, disse Mônica, acrescentando que homens também podem contrair câncer de mama – embora esses casos sejam mais raros, a docente frisa que em homens a doença é mais agressiva.
Mônica considera que as ações do Natureza Viva são uma importante forma de articulação com a comunidade, contribuindo também para a formação dos futuros profissionais de saúde.
“Além de fazer a orientação em saúde para as pessoas lá, que nem sempre têm condições de ir a uma Unidade de Saúde, a gente também oportuniza aos alunos o contato próximo com a comunidade. Os estudantes têm condições de propor uma ação que chega na forma de conhecimento para aquelas pessoas, construindo também o perfil do profissional para trabalhar com a comunidade, conhecendo os problemas que estão no nosso entorno. Estar naquele território vai aguçar nos alunos o senso crítico para saber ao que os catadores estão sujeitos, como esforço físico repetitivo, risco de acidentes com objetos perfurocortantes e riscos biológicos”, afirmou a coordenadora do curso de Enfermagem.
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