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Neuroarquitetura: a ciência por trás de ambientes que impulsionam o bem-estar

09 agosto, 2023

Escrito por Isabela de Andrade Damacena, aluna do 4° período do curso de Jornalismo

Unindo ideais científicos complexos entre a estética e a funcionalidade do design de interiores, a Neuroarquitetura é uma área que vem ganhando espaço no mercado. Quebrando conceitos tradicionais acerca da decoração e da construção de novos ambientes emergindo da interseção entre a Arquitetura e a Neurociência.

Em um mundo onde nossas vidas são cada vez mais moldadas pelos espaços que habitamos, compreender como o design arquitetônico pode influenciar nosso bem-estar, comportamento e até mesmo nosso cérebro, é um passo crucial para a criação de ambientes verdadeiramente harmoniosos.

“A Neurociência desempenha um papel fundamental ao fornecer apoio aos arquitetos na criação de ambientes eficientes. Isso vai além dos parâmetros técnicos que normalmente consideramos, como legislação, ergonomia e conforto ambiental. Agora, também podemos contar com índices subjetivos, como emoção, felicidade e bem-estar, para embasar nossos projetos”, afirma Marianna França, professora do curso de Arquitetura e Urbanismo.

Neste texto, exploraremos os fundamentos desse emocionante campo, mergulhando nas maneiras pelas quais a estrutura física dos espaços que habitamos podem impactar a nossa mente, emoções e experiências cotidianas. Quer conhecer mais dessa área? Continue lendo!

O que é Neuroarquitetura?

Antes de tudo, é essencial entender sobre essa nova ciência e o que ela propõe. Então, vamos começar explicando a você o que é a neuroarquitetura e falar um pouco sobre a importância dessa nova forma de exercer a profissão de arquiteto.

A Neuroarquitetura funciona como um ‘mashup’ entre a ciência do cérebro e a arte de projetar prédios e interiores. Sua ideia principal é entender como os lugares em que nos ambientamos podem mexer com nossos sentimentos, nossa saúde mental e jeito de interagir com as coisas de forma geral.

“A Neuroarquitetura faz parte da Neurociência e enxerga a Arquitetura como um agente vital dentro do cérebro. Ela já demonstrou de forma convincente que o ambiente físico pode impactar diretamente o bem-estar dos usuários. Isso assume uma importância enorme para nós, profissionais da Arquitetura, que estamos envolvidos na criação de ambientes construídos”, complementa Marianna.

Mas não pense que ela se resume apenas em analisar um espaço parado. A Neuroarquitetura busca entender como esse espaço se conecta com a nossa mente, criando uma mistura interessante entre ciência e beleza.

Fundamentos e objetivos da área

Agora que você já tem mais familiaridade com o que é a Neuroarquitetura, vamos explicar quais são seus principais fundamentos e objetivos. Pelo fato de ela ser uma fusão de duas áreas, é possível entender que há um entendimento revolucionário sobre como nosso cérebro e os espaços físicos que habitamos estão intrinsecamente ligados.

Ao investigar os princípios da Neurociência aplicados à Arquitetura, desvendamos as formas pelas quais nossa mente responde e interage com os ambientes que nos cercam. Desta forma, a Neuroarquitetura se propõe a decifrar os intrincados mecanismos que conectam nossa percepção, emoções e bem-estar ao ambiente físico.

Ao entendermos que não somos meros espectadores passivos de nossos arredores e que nosso cérebro está constantemente processando e reagindo a cada detalhe do espaço ao nosso redor, conseguimos compreender que a Neuroarquitetura oferece uma visão reveladora das maneiras pelas quais nossas sensações e experiências são moldadas.

Marianna França conta um pouco sobre as áreas da ciência: “a Neuroarquitetura abrange princípios essenciais, indo da psicologia ambiental à biofilia, focando em conforto acústico e térmico, cores e até olfato e tato. Esses princípios orientam profissionais na criação de espaços que não apenas agradam visualmente, mas também evocam emoções, conectam com a natureza e consideram todos os sentidos, proporcionando experiências sensoriais enriquecedoras.”

Com base nesse conceito, elaboramos uma lista com algumas dicas que a Neuroarquitetura pode trazer para a sua casa ou qualquer ambiente que tenha relevância para você, a fim de criar uma sintonia com a sua mente e os seus sentidos. Confira a seguir!

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5 maneiras de inserir a Neuroarquitetura no seu dia a dia

Ao entender os elementos que definem a Neuroarquitetura, elaboramos algumas dicas que podem auxiliar na melhoria do ambiente em que você está, seja ele um escritório ou a sua própria casa. Com essas informações, é possível aprimorar tanto a qualidade de vida, quanto o seu desempenho pessoal.

  • Iluminação Consciente: a iluminação adequada não só influencia a estética do espaço, mas também afeta nosso humor, produtividade e ritmo circadiano. A luz natural é preferível sempre que possível, e quando se usa luz artificial é importante escolher lâmpadas que não causem desconforto ou fadiga visual.
  • Integração com a Natureza: explore os benefícios de incorporar elementos naturais nos projetos arquitetônicos. A presença de plantas, água, luz solar e materiais naturais cria conexões com a natureza, o que pode reduzir o estresse, melhorar a saúde mental e aumentar a sensação de bem-estar. Espaços que trazem a natureza para dentro têm um efeito calmante e restaurador.
  • Acústica Amigável: considerando como o som afeta nossa experiência em um ambiente, o controle consciente dos níveis de som é crucial para promover concentração e relaxamento. Isso envolve a escolha de materiais que absorvam ou dissipam o som, minimizando a reverberação e o ruído indesejado.
  • Estimulação Sensorial para Crianças: descobrir como criar ambientes que promovam o desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças é tão importante quanto qualquer outro item da lista. A atenção aos detalhes sensoriais, como cores, texturas e elementos interativos, pode enriquecer a experiência das crianças em ambientes, sejam eles educacionais ou de lazer.
  • Cores que Influenciam o Humor: as cores têm um poder surpreendente sobre nossas emoções e percepções. Cores quentes como vermelho e laranja podem aumentar a energia, enquanto tons frios como azul e verde podem trazer calma. A seleção cuidadosa das cores em um espaço pode criar atmosferas específicas, seja para relaxamento, concentração ou conforto.

Ótimos conselhos, não é mesmo? Ao aderir a essas dicas, você consegue, graças à Neuroarquitetura, melhorar seu desempenho e relaxar em momentos de estresse. E agora, se você tem interesse em Arquitetura ou está se graduando no curso, gostaria de ver como a Neuroarquitetura pode ser inserida na sua formação? Dá uma olhada!

Aplicações da Neuroarquitetura na formação do arquiteto

A introdução da Neuroarquitetura na formação do arquiteto não só prepara os estudantes para projetar espaços mais humanos e eficazes, mas também os capacita a se destacar em um campo cada vez mais consciente do impacto dos ambientes no bem-estar das pessoas.

Essa abordagem multidisciplinar enriquece a educação dos futuros arquitetos, permitindo-lhes criar projetos que vão além da estética, considerando a saúde mental e emocional daqueles que irão habitar esses espaços. Uma forma de começar é analisando projetos arquitetônicos existentes que aplicaram os princípios da Neuroarquitetura para que assim o aluno compreenda melhor a área.

Incorporar projetos baseados na Neuroarquitetura também é uma maneira eficaz de introduzir esses conceitos dentro da sua formação. Enfrentar desafios de design que consideram aspectos sensoriais, emocionais e cognitivos, podem ajudar a desenvolver habilidades criativas e críticas essenciais para projetar espaços verdadeiramente centrados no ser humano.

Por último, mas não menos importante, é possível incluir cursos especializados de Neuroarquitetura no seu currículo como arquiteto. Esses cursos podem abranger desde os fundamentos teóricos até estudos de casos reais, permitindo que os estudantes compreendam não apenas os princípios, mas também sua aplicação prática em projetos reais.

E adivinha só? A UNIVALE oferece um curso dedicado exclusivamente à Neuroarquitetura. Quer saber mais sobre ele e como se inscrever? É só rolar para baixo!

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Conheça nosso curso de extensão: Princípios Básicos da Neuroarquitetura

A UNIVALE oferece um curso totalmente novo sobre os Princípios Básicos da Neuroarquitetura! Com a duração de apenas 2 meses, arquitetos formados ou em período de graduação têm a oportunidade de adicionar esse novo aprimoramento ao seu currículo.

A professora Marianna França incentiva aqueles que têm interesse com as perspectivas sobre o mercado: “Eu acredito que a tendência é que o uso da Neuroarquitetura nos projetos aumente, considerando toda a sua contribuição para a qualidade de vida das pessoas. Com o passar dos dias, as cidades estão se tornando cada vez mais densas, tornando ainda mais crucial que olhemos para o ambiente construído com maior sensibilidade, buscando aprimorar nossa vida diária.”

As inscrições para o curso estarão abertas até 25 de agosto. O curso terá início em 02 de setembro, e até o final do ano você estará preparado para incorporar novos conhecimentos que enriquecerão os projetos futuros. Você vai arrasar!

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