Por: Natalia Lima Amaral
Você já ouviu falar sobre a neuroarquitetura? Este estudo recente busca analisar o resultado que os ambientes físicos, como quarto, sala ou local de trabalho, podem gerar no comportamento do ser humano - e vice-versa. Esse método, que prioriza o bem-estar das pessoas, é capaz de auxiliar o arquiteto a criar ambientes planejados, personalizados e mais eficientes para as pessoas. Ana Flávia Dutra Silveira é arquiteta urbanista, egressa da Pós-graduação em Design de Interiores da Univale, e pesquisa essa área, além de encontrar referências e auxílio no Feng Shui: uma técnica milenar chinesa de arrumação de cômodos, que equilibra as energias e atrai harmonia.
“Enquanto empresária e dona do meu próprio escritório, eu sentia a necessidade de obter mais respostas em áreas que envolviam o relacionamento entre o cliente e o profissional arquiteto. A partir do momento que comecei a pesquisar sobre a neuroarquitetura, consegui verificar que o entendimento do universo do ser humano, de uma forma mais profunda, facilitava a minha comunicação com ele. Portanto, a partir do momento que eu conseguia identificar todos os desejos dos meus clientes de forma mais profunda, mesmo ele não conseguindo verbalizar e identificar nas referências de imagens que ele passava, por meio de perguntas relacionadas a psicologia, era possível identificar e direcionar o projeto para aquilo que estava em seu subconsciente”, explica Ana Flávia.
Termos como qualidade de vida, conforto, bem-estar e tecnologia da construção são amplamente discutidos dentro da neuroarquitetura, focando nas experiências e vivências humanas do dia a dia, para tornar o cotidiano mais saudável e produtivo. “As palavras de ordem são produtividade, descanso, desaceleração, conforto, segurança e todos os gatilhos mentais que podem proporcionar essas experiências. E nesse processo descobri que é possível ter uma maior assertividade na conclusão dos projetos. Entramos no entendimento do ser humano para realizarmos as aplicações em toda a extensão do projeto, conseguindo enriquecer ainda mais a entrega dele”.
Ana Flávia foi a convidada especial para ministrar a aula magna do curso de Arquitetura e Urbanismo da Univale nessa segunda-feira (29/08). Ela contou que o tema da neuroarquitetura entrou na sua vida no período em que ainda cursava a pós-graduação na universidade e receber o convite para ministrar a aula a deixou muito feliz e satisfeita.
Marianna França é professora no curso e acredita que a temática é extremamente relevante para a academia e para a comunidade falar sobre a neuroarquitetura. “Nós vivemos a arquitetura em tudo. Andamos em estradas, atravessamos pontes, entramos em nossas casas, estudamos, trabalhamos e isso tudo é arquitetura. Portanto, é de extrema importância que nós esmiucemos mais o que é o bem-estar de viver em diversos ambientes, por exemplo, se perguntar ‘por que em alguns lugares sinto mais calor? Por que me sinto mais confortável em determinados lugares e não em outros?’”, ressalta a professora.
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