A Orquestra Filarmônica UNIVALE de Governador Valadares emocionou mais uma vez o público presente ao Centro Cultural Hermírio Gomes da Silva, no campus II da universidade. Na noite de terça-feira (21), a Filarmônica se apresentou no formato Big Band, priorizando instrumentos de sopro e sem instrumentos de corda, executando um repertório com clássicos do jazz e da bossa nova. A próxima apresentação será em dezembro, no encerramento da temporada da Orquestra UNIVALE, com o concerto de Natal.
Sob regência do maestro Flávio Moreira, a Big Band começou a noite de terça-feira com “Emoções”, composição de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, interpretada por Jessé Iglesias. As cantoras Nêga Ágna e Érica Timóteo também abrilhantaram o concerto, com canções como “Can't take my eyes off you” e “Garota de Ipanema”, respectivamente. Jessé Iglesias subiu ao palco mais uma vez em “New York, New York”, e a noite ainda teve versões instrumentais de músicas como “Wave”, de Tom Jobim, e “Chega de Saudade”, de João Gilberto. A apresentação foi encerrada com um bis de “Can't take my eyes off you”.
Antes de cada tema tocado pela Big Band, a maestrina Nadyne Lima fez pequenas introduções sobre as obras, explicando o contexto de suas composições, gravações e releituras.
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“Este concerto é um tributo à força transformadora da música. Cada instrumentista aqui presente não apenas executa partituras. Eles contam histórias, constroem pontes entre gerações e mantêm viva a chama de um legado que não pode ser esquecido. A Big Band representa mais que um conjunto de instrumentos, é o encontro entre a tradição e a inovação. É a prova de que o talento floresce quando há dedicação, estudo e amor pela arte. Deixar um legado musical é mais que tocar bem, é plantar inspiração no coração de quem ouve”, afirmou Nadyne.
Público presente à apresentação da Big Band
A apresentação da Big Band foi prestigiada pelo público externo à UNIVALE e também pela comunidade acadêmica. Vários docentes e estudantes da universidade estavam na plateia, incluindo a reitora, professora Lissandra Lopes Coelho Rocha.
“A gente percebe o movimento da comunidade, que está gostando dos concertos e se envolvendo com as apresentações. Também temos visto a dedicação da Orquestra e seus artistas, que a cada vez se superam e preparam espetáculos ainda mais maravilhosos. E isso, para nós, é muito importante. Nosso compromisso com a comunidade é também um apoio à cultura e à arte, porque o conhecimento não acontece só nas salas de aula. O conhecimento acontece também em momentos ricos como esse, em que a gente sente o movimento da música e o envolvimento com a arte”, disse Lissandra.
A cada novo concerto, a Orquestra Filarmônica UNIVALE convida alguma entidade ou projeto que auxilia pessoas em algum tipo de vulnerabilidade. Para o concerto da Big Band, foram convidados assistidos pelo projeto Missão Vida, instituição filantrópica que trabalha com a reabilitação de homens em situação de rua.
“Participar de um momento de cultura proporciona a convivência e a reabilitação social de pessoas que estavam na rua, muitas vezes vistas com olhares de desconfiança. Muitos estavam há muito tempo longe de casa, e quando eles se recuperam eles podem retomar um convívio com as outras pessoas, sem serem vistos como moradores de ruas, mas novamente como pessoas engajadas na vida em sociedade”, comentou Thiago Batista, coordenador do núcleo do projeto Missão Vida em Governador Valadares.
A presidente da Associação Cultural que administra a Orquestra Filarmônica, Roberta Lima, considera que, ao ampliar o acesso das pessoas à música, a entidade está cumprindo seu papel na sociedade.
“A gente cumpre a função social da Associação Cultural Orquestra Filarmônica, juntamente com a Fundação Percival Farquhar, que mantém a UNIVALE. Nós não temos fins lucrativos, a função que nós temos é a de divulgar a cultura e a arte na cidade. Isso desperta sonhos, é uma forma de fazer com que essas pessoas, que muitas vezes não teriam condições de ter acesso a um concerto cultural ou à música erudita, agora tenham a oportunidade de se sentirem acolhidas e fazer parte desse grupo. A gente dá a oportunidade para essas pessoas desfrutarem da arte”, declarou Roberta.
