Sumário
Alunos do curso de Enfermagem de uma faculdade localizada no município de Teófilo Otoni participaram de uma capacitação durante o evento “Mamãe Bebê” no último dia 25. O tema discutido, “Sífilis congênita: um desafio na Saúde Pública”, foi abordado pela mestranda em Gestão Integrada de Território na UNIVALE (GIT), Aianne Caroline Pego, que palestrou para 112 estudantes inscritos no evento.
O encontro teve como objetivo destacar a relevância do diagnóstico precoce e do tratamento de gestantes com a enfermidade, visando a prevenção de casos de sífilis congênita, e promoveu discussões essenciais para a formação dos futuros profissionais da saúde. “Foi muito bom trabalhar esse tema, pois ele se relaciona com diversas disciplinas que leciono, como Saúde da Criança e Família”, contou.
O tema também faz parte de uma pesquisa que contou com a participação da mestranda e destaca a importância de um exame pré-natal adequado para prevenir a transmissão da sífilis congênita. A doença é sexualmente transmissível e pode ser passada verticalmente da mãe para o feto durante o período gestacional.
Com o tema: “A saúde em pauta: discussões teóricas e práticas em seus diversos níveis de atenção”, os pesquisadores Aianne Carolina Pego Silva, Leonardo Oliveira Leão e Silva, Valéria de Oliveira Ambrósio, Mariana Araújo e Silva, todos membros do GIT da UNIVALE, analisaram a incidência de sífilis congênita no município de Governador Valadares entre os anos de 2018 e 2023.
Com orientação da professora Marileny Brandão, a pesquisa teve como foco identificar os casos notificados da doença e fazer uma comparação com a quantidade de exames pré-natais realizados pelas gestantes no mesmo período.
Os resultados mostram que, entre 2018 e 2023, foram registrados 720 casos de sífilis congênita, com destaque para a variação no número de gestantes sem acompanhamento pré-natal. Em 2018, 3,3% das mães não realizaram pré-natal, número que caiu para 1,8% em 2019, apesar do aumento nas notificações. Em 2020, houve uma queda nos casos (84), mas o percentual sem acompanhamento subiu para 8,3%. O ano de 2021 registrou 147 casos, com 4,8% sem pré-natal.
A partir de 2022, as notificações diminuíram, com 5,5% das mães sem pré-natal, chegando a 2023 com 42 casos e 4,8% sem o devido cuidado. São números que reforçam a necessidade de implantação de programas de Educação em Saúde voltados à doença, visando a capacitação de equipes multidisciplinares da Atenção Primária à Saúde para diagnosticar precocemente e reduzir a transmissão vertical.
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