Sumário
A ciência não está só nos laboratórios — ela passa pelas salas de aula, pelas publicações e experimentos, mas também impacta no empreendedorismo, no desenvolvimento de novos negócios e na criação de soluções capazes de solucionar dos problemas mais simples aos mais complexos. O dia 8 de julho é a data escolhida para lembrar a importância do incentivo precoce ao gosto pela pesquisa — missão que a Univale busca cumprir de diferentes formas — e também para homenagear aqueles que se dedicam a fazer ciência no Brasil.
A inserção de estudantes no universo da pesquisa, além de despertar o interesse para programas de pós-graduação stricto sensu, pode ser a porta de entrada para a formação de docentes e o ingresso na carreira acadêmica. É o que avalia a assessora de Pesquisa e Pós-Graduação da Univale, professora doutora Elaine Toledo Pitanga Fernandes. “É notória a importância da pesquisa para o desenvolvimento do aluno e, por consequência, de sua formação profissional, que pode emanar para uma carreira acadêmica, para o mercado de trabalho ou ainda para os egressos que optarem pelo caminho do empreendedorismo”, destacou Elaine.
Atualmente existem 31 projetos de pesquisa em andamento na Univale, sendo 24 deles mantidos exclusivamente pela Fundação Percival Farquhar e 7 mantidos pela universidade com apoio de agências de fomento, como Fapemig e CNPq. Esses projetos, conduzidos por docentes da instituição, além de contribuírem para o avanço da ciência, abrem espaço para que os estudantes tenham contato com o universo da pesquisa ainda na graduação, por meio da iniciação científica.
São dois programas: o PIBIC Univale, que oferece 15 bolsas anuais de iniciação científica financiadas pela universidade, e o programa de iniciação científica voluntária, nos quais estudantes dos mais diversos cursos de graduação têm a oportunidade de descobrir a afinidade com a ciência, ou se desenvolver academicamente, mesmo que não pretendam seguir pela carreira científica.
Aluna do 4º período de Publicidade e Propaganda, Luisa Helena Siqueira Pereira é bolsista no projeto de pesquisa sobre mídia e direitos humanos, coordenado pelo professor Franco Dani. A estudante, mesmo sem pretender seguir na carreira acadêmica, considera a pesquisa como uma oportunidade para acumular conhecimentos teóricos que nortearão a prática profissional. “Acredito que a participação em um projeto de pesquisa com certeza abre portas para essa possibilidade de carreira, e agrega valor ao profissional, mesmo se não for por esse caminho que ele deseja seguir”, ponderou Luísa.
Assim como Luísa, seu orientador, Franco Dani, também acredita que a importância da iniciação científica vai além da construção de uma carreira acadêmica. Franco é docente do curso de Jornalismo e do mestrado em Gestão Integrada do Território, e concluiu recentemente o doutorado.
Da mesma forma que buscou para si o mergulho na ciência, ele também impulsiona esse passo importante nos alunos, incentivando-os a produzirem e divulgarem pesquisas. “Tudo isso, no final das contas, se resume em democratização e publicização do conhecimento. É o mais importante quando se fala de ciência”, afirmou, enfatizando ainda que a produção científica deve reverberar temas relevantes para a sociedade e contribuir para a formação do pensamento crítico.
Outra forma de democratizar a ciência é criar espaços para discussão de pesquisas em andamento, abrindo espaço para debates e compartilhamentos. Essa é uma das missões do Simpósio de Pesquisa e Iniciação Científica da Univale, que acontece ininterruptamente há 20 anos. Desde 2020, o Simpósio tem acontecido em formato online, o que permite a participação de pesquisadores e estudantes de diversos lugares do Brasil e do mundo.
Para a 20ª edição, em 2022, o Simpósio traz como tema “Vale do Rio Doce e Univale: perspectivas e legados em 20 anos de produção da Ciência”. O evento acontecerá entre os dias 22 e 24 de setembro, e teve 811 trabalhos inscritos para avaliação. Para a assessora de Pesquisa e Pós-Graduação da Univale, professora doutora Elaine Toledo Pitanga Fernandes, a realização do simpósio, por 20 anos ininterruptos, reafirma o compromisso da instituição com a pesquisa e o desenvolvimento científico.
“Trata-se de um legado construído coletivamente, conectando alunos, professores, pesquisadores e funcionários impulsionados pelo desafio da reinvenção diante dos desafios contemporâneos de um Vale permeado por tantos percalços e singularidades históricas. Legado, aliás, que sempre se encontra aberto às participações em parceria com instituições locais e regionais”, observa a professora Elaine.
Ariela Werneck, egressa da Univale que hoje é professora na Universidade Federal do Oeste da Bahia, teve a oportunidade de participar do evento como aluna da graduação e depois como palestrante, e recomenda a experiência para os estudantes que querem conhecer o universo acadêmico mais a fundo. “Eu comecei a participar do Simpósio como ouvinte, depois enviei um trabalho para apresentar em pôster, depois entrei para a equipe de apoio do evento. E depois de formada na Universidade, um professor me convidou para participar como palestrante em uma mesa redonda. Eu sempre fui muito apaixonada por esse evento, só deixei de participar quando fui para Viçosa cursar o mestrado”, destaca Ariela.
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