Sumário
Foram três noites em que as aulas da UNIVALE saíram dos campi da universidade e aconteceram na cervejaria HaüsMalte da Ilha, com muita conversa sobre pesquisa e ciência na mesa de bar, e também com muita animação e música ao vivo. O Pint of Science de 2024 chegou ao fim, e durante o encerramento, na quarta-feira (15), já houve o anúncio das datas para a edição do ano que vem, nos dias 19, 20 e 21 de maio.
Ao celebrar o sucesso do festival neste ano, a reitora da UNIVALE, professora Lissandra Lopes Coelho Rocha, já traça a meta de que o Pint de 2025 seja ainda mais criativo e inovador. “Já temos data marcada para 2025. Então já podemos soltar a imaginação e a criatividade, e pensar no sucesso de 2025 para superar este ano. Porque a cada ano nosso povo inventa mais e se supera, a gente vê o quanto é um sucesso o Pint of Science”, afirmou a reitora.
Festival internacional de divulgação científica fora dos ambientes acadêmicos, o Pint Of Science aconteceu simultaneamente em cerca de 170 municípios brasileiros – em Governador Valadares, o evento é realizado desde 2019, sempre organizado pela UNIVALE.
O presidente da mantenedora da universidade, a Fundação Percival Farquhar (FPF), Rômulo César Leite Coelho, também comemora o bom comparecimento de público nas três noites do festival. “O balanço é altamente positivo. São três dias de ciência, com temas altamente relevantes, interessantes e de fácil entendimento. As pessoas se interessaram em vir, a casa ficou lotada nos três dias, com música boa e pessoas felizes. Sempre com muita interação entre alunos e professores. O evento foi sucesso absoluto. Para a UNIVALE, é maravilhoso poder mostrar nossas pesquisas para a população. É importante para os alunos essa conversa com a comunidade, e que a comunidade entenda o trabalho relevante que a universidade faz no ensino, na extensão e na pesquisa”, disse Rômulo.
Professores e estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo foram os responsáveis pela apresentação que abriu a terceira noite do Pint. Mobilidade urbana foi o foco da conversa “Desafio urbanístico: todas as cidades são iguais? Responde ou passa?”, realizada em formato de competição: com regras inspiradas no programa Passa ou Repassa, duas equipes disputaram para responder perguntas sobre temas como ciclovias, enchentes e descarte de lixo, entre outros.
“A gente levantou questões que são pertinentes à vida de todo mundo na cidade, sobre construção, planejamento urbano e mobilidade. Mas de uma maneira leve, com perguntas leves. E de uma maneira dinâmica, para pensar e refletir sobre a cidade, já que todo mundo mora nela”, comentou a coordenadora do curso, professora Marianna França.
Encerrando a edição deste ano do Pint Of Science, professores do curso de Direito conduziram a apresentação “Meus heróis morreram de overdose – o Direito no universo musical”, incluindo um repertório variado de canções, que foram analisadas sob a ótica dos diferentes campos de atuação jurídica. Utilizando recursos teatrais, o coordenador do curso, professor André Rodrigues, interpretou o papel do cantor Cazuza, que contraiu o vírus da aids e faleceu em 1990.
“O Direito se relaciona com tudo, com a música e com a arte não é diferente. Sabemos que, ao longo da história da música, muitas composições marcaram, inclusive histórias reais de cantores que estavam vivenciando algo. E esses dramas e histórias, muitas histórias lindas, vão dialogar com o Direito. Seja o Direito de Família, o Direito Penal, ou Civil. Nós fazemos essa abordagem do Direito à luz de músicas do Cazuza, músicas da Marília Mendonça, músicas que fizeram história. É para o público curtir a música, o teatro e os debates. Porque o principal é a aplicação do que passamos hoje”, explicou André.
O título da apresentação foi extraído de um verso da música Ideologia, de Cazuza. O professor Alexandre Pimenta analisou como a canção se relaciona com o contexto da época em que foi escrita, na década de 1980, durante a transição da ditadura militar para a redemocratização do Brasil.
“O Cazuza fala que aquele garoto que queria mudar o mundo agora estava em cima do muro. Era uma provocação, e a gente pode interpretar isso também no nosso contexto de transição do fim do regime militar. Era a redemocratização e o Cazuza se decepcionou. Ele buscava tanto os ideais de Democracia e de liberdade, e viu uma certa apatia do jovem e da sociedade. Ele tinha uma vida muito intensa, buscava uma ideologia e um valor para viver. Ele teria tido uma certa desilusão ao confessar que era soropositivo. Mas a mensagem que ele nos passa é de não deixar apagar os sonhos, não deixar de buscar nossas ideias, não deixar de discutir e pontuar a vida, viver com intensidade”, observou Alexandre.
Receba notícias sobre: vestibular, editais, oportunidades de bolsa, programas de extensão, eventos, e outras novidades da instituição.
"*" indica campos obrigatórios