Sumário
A 1ª Semana de Prevenção ao Assédio Moral e Sexual da Fundação Percival Farquhar (FPF) foi marcada por palestras com orientações a gestores, professores e pessoal técnico-administrativo, buscando um ambiente de trabalho que seja agradável a todos os colaboradores das entidades mantidas pela FPF (UNIVALE, ETEIT e UNIVALE TV), sem discriminação ou outras formas de violência. Entre as iniciativas de combate ao assédio, a FPF lançou o Código de Conduta a ser seguido pelos funcionários das mantidas, que pode ser acessado clicando aqui, e o canal de denúncias Contato Seguro, disponível pelo telefone 0800-800-1160, ou clicando neste link.
O presidente da FPF, Rômulo César Leite Coelho, enfatizou a necessidade da boa convivência no ambiente profissional. Ele ainda frisou o aspecto educativo, e não punitivo, da Semana de Prevenção ao Assédio.
“Nós passamos grande parte da nossa vida em nosso ambiente de trabalho. É muito importante viver bem no ambiente de trabalho, é disso que se trata. É sobre termos mais empatia, mais respeito mútuo e mais amor pelas pessoas que convivem conosco no dia a dia e no trabalho. Esse evento trata disso, de conviver melhor e viver mais feliz, para que o tempo aqui seja bom e se tenha prazer de estar aqui e conviver com as outras pessoas que trabalham aqui”, afirmou o presidente.
A reitora da UNIVALE, professora Lissandra Lopes Coelho Rocha, espera que as ações desenvolvidas ao longo da semana levem os funcionários das mantidas da FPF a refletirem sobre como podem zelar pela qualidade de vida no local de trabalho. “O momento é de fazer uma reflexão, cuidar dos nossos colaboradores faz parte da nossa missão. Essa é uma preocupação constante que a gente tem, de zelar para que o ambiente de trabalho tenha muita qualidade. É um momento importante para as pessoas conhecerem melhor o assunto e saber o que realmente é assédio, para a partir daí compreenderem o ambiente de trabalho”, disse Lissandra.
A primeira das palestras aconteceu na segunda-feira (25), voltada a diretores, coordenadores de cursos, professores e profissionais técnico-administrativos das mantidas da FPF. A palestrante foi Ana Duarte, advogada especialista em direito administrativo e com experiência em treinamentos corporativos, que frisou a necessidade de manter o respeito nas relações profissionais.
“Respeito é fundamental para que uma situação não configure assédio, não seja uma conduta inapropriada ou outra forma de violência. A gente combate o assédio, primeiramente, com esse momento de conscientização. Aquelas piadas e brincadeiras que se faziam antes, que geravam assédio, fizeram parte de um contexto cultural. E não quer dizer que eram apropriadas. Mas também não são permitidas no contexto cultural em que vivemos hoje. Tenha respeito e, se você fazia piada ou não combatia o assédio, descarte isso. E, a partir de hoje, tenha uma mudança de cultura”, observou Ana Duarte.
As orientações continuaram na quarta-feira (27), com o juiz do Trabalho, Lenício Lemos, que – ao falar com diretores, chefes de setores e coordenadores de curso – trouxe situações factíveis e casos concretos para pensar o problema do assédio. “Algumas situações podem caracterizar assédio moral e não são tão evidentes, outras não são caracterizadoras. As pessoas precisam interpretar, tendo como referência a prevenção, para evitar esse problema, que é muito grave nas relações de trabalho e às vezes pede estratégia de reajuste de conduta. A iniciativa da UNIVALE merece parabéns, porque é através de campanhas e de informações que se promove a prevenção e o reajuste de condutas do corpo docente, discente e pessoal administrativo”, disse o magistrado.
A palestra de encerramento aconteceu na quinta-feira (28), quando o assessor jurídico da FPF, Francisco Shimabukuro, se dirigiu a gestores e supervisores de equipe, e abordou conceitos e características do assédio, também com enfoque em questões práticas e fatos do cotidiano. O assessor jurídico destacou que, ao realizar essa 1ª Semana de Prevenção ao Assédio, a FPF promove um debate franco sobre como identificar e evitar possíveis práticas, para que não aconteçam na instituição.
“Nossa abordagem é sobre os fatos do cotidiano dos gestores que podem caracterizar assédio moral e sexual, e os fatos que não caracterizam. O que os gestores podem fazer e qual a limitação da atuação de cada gestor, para que não incida em assédio moral. O gestor pode continuar cobrando e pode aplicar sanções, por exemplo. São questões práticas do cotidiano de cada gestor, do que é e do que não é considerado assédio moral, principalmente. Porque, no assédio sexual, o conceito e as práticas são mais esclarecedoras. O assédio moral é que às vezes tem uma tênue linha divisória entre o que é legítimo e o que é considerado uma violência”, ponderou Francisco Shimabukuro.
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